Vaticano divulga nota sobre a Semana Santa em tempos de pandemia
Congregação
para o Culto Divino indica disposições para as celebrações da Semana Santa
frente à pandemia; decreto de 25 de março de 2020 permanece válido
Da
Redação, com Vatican News
A
Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos divulgou, nesta
quarta-feira, 17, orientações para a Semana Santa em tempos de pandemia. Uma nota foi
enviada aos bispos e às Conferências episcopais de todo o mundo. O documento é
assinado pelo prefeito do dicastério, Cardeal Robert Sarah, e pelo secretário,
Dom Arthur Roche.
O organismo vaticano recorda que a
pandemia trouxe muitas mudanças também na forma usual de celebrar a liturgia.
“Em muitos países ainda estão em vigor rígidas condições de fechamento, que
impossibilitam a presença dos fiéis nas igrejas, enquanto em outros é retomada
uma vida de culto mais normal”, informa a nota.
Uso das redes sociais
O texto afirma que “o uso das redes
sociais ajudou muito os pastores a oferecer apoio e proximidade às suas
comunidades durante a pandemia”.
“Para as celebrações da Semana Santa
sugere-se facilitar e privilegiar a difusão midiática das celebrações
presididas pelo bispo, encorajando os fiéis impossibilitados de frequentar a
própria igreja a acompanhar as celebrações diocesanas, como sinal de unidade”.
Em todas as celebrações, em acordo com a
Conferência Episcopal, é necessário “prestar atenção a alguns momentos e gestos
particulares, em conformidade com as exigências sanitárias”. Também é
incentivada “a preparação de subsídios adequados para a oração familiar e
pessoal, valorizando também algumas partes da Liturgia das Horas”.
Em vigor o Decreto do
ano passado
Na nota
da Congregação para o Culto Divino, também é recordado que continua válido
o Decreto do Dicastério,
a pedido do Papa Francisco, de 25 de março de 2020. Continuam valendo,
portanto, as indicações do ano passado para as celebrações do Domingo de Ramos,
da Quinta-feira Santa e da Vigília Pascal.
Domingo de Ramos
Conforme afirma o decreto de 25 de março
passado, a celebração do Domingo de Ramos deverá ser realizada “dentro do
prédio sagrado”. Pede-se que as catedrais adotem “a segunda forma prevista pelo
Missal Romano, enquanto nas igrejas paroquiais e noutros locais a terceira”.
Missa do Crisma
A Missa Crismal ou Missa do Crisma pode
ser transferida para outra data mais adequada se necessário, porque convém que
seja assistida por “uma significativa representação de pastores, ministros e
fiéis”.
Missa in Coena Domini
Para a Quinta-feira Santa, fica
estabelecido que seja omitido o “Lava-pés”, já opcional. A Procissão final
também não será realizada e o Santíssimo Sacramento será guardado no
Tabernáculo. Excepcionalmente, é concedida aos presbíteros a faculdade de
celebrar a Missa “sem a participação do povo, em local adequado”.
Sexta-feira Santa
Durante a oração universal da
Sexta-feira Santa, caberá aos bispos “preparar uma intenção especial para quem
se encontra em situação de desorientação, os doentes, os defuntos”.
Modificado também o ato de adoração à
Cruz. O beijo, conforme especificado no decreto de 25 de março de 2020, “é
limitado apenas ao celebrante”.
Vigília pascal
Por fim, no que se refere à Vigília
Pascal, pede-se que seja celebrada “exclusivamente nas igrejas Catedrais e
Paroquiais”, e que para a liturgia batismal “se mantenha apenas a renovação das
promessas batismais”.
Decisões no respeito
pelo bem comum e a saúde pública
Por fim, a Congregação agradece aos
Bispos e às Conferências Episcopais por terem respondido pastoralmente a uma
situação em rápida mudança. E isso na consciência de “que as decisões tomadas
nem sempre foram facilmente aceitas por parte dos pastores e fiéis leigos.
Todavia – conclui a nota – sabemos que foram tomadas com o objetivo de garantir
que os santos mistérios https://noticias.cancaonova.com/igreja/vaticano-divulga-nota-sobre-a-semana-santa-em-tempos-de-pandemia/bem
comum e a saúde pública”.
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