domingo, 28 de março de 2021

REFLEXÃO DOMINICAL I

DOMINGO DE RAMOS E DA PAIXÃO DO SENHOR

- Com o Domingo de Ramos entramos na Semana Santa, também chamada de Semana Maior, já que nessa semana acontecem os maiores fatos da história da Salvação. Nestes dias vamos celebrar a paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo.

- As leituras de hoje se misturam em dois fatos: A entrada triunfal de Jesus Cristo em Jerusalém, como rei pacífico e libertador do homem, e sua paixão e morte, como geradoras de libertação e de paz. Então a história da paixão e morte não é apenas a história da paixão e morte de Jesus. É também a nossa história. Este assunto também é nosso, porque Jesus morre por nós e nesse seu comportamento de doação até o extremo, Ele se torna modelo de doação e de combate a tudo o que se opõe à construção do Reino de Deus. Por conseguinte, esta semana, não pode ser santa apenas de nome, nem somente uma repetição de fatos passados ou de coisas conhecidas. Não podemos, nem devemos nesses dias olhar apenas para os fatos históricos. É preciso neles enxergar o sentido salvador que trazem. Temos de viver a Semana Santa comparando a nossa vida com a vida de Jesus, pois o cristão deve ser 'outro Cristo'.

- O caráter histórico desta semana nos recorda ao que Jesus viveu há mais de dois mil anos. Já sua atualização nos faz reviver a sua paixão e morte atualizando seu sentido e eficácia em tempos atuais. A Paixão de Cristo ainda não terminou! Ele continua sofrendo as dores humanas e com todos os homens e mulheres busca libertar, curar e salvar a todos. Ao passarmos por nossas cidades, por exemplo, vemos que o calvário ainda existe. Ele está presente na pandemia, na violência, no desemprego, na polarização política e econômica, nas divisões familiares e comunitárias. O caminho do calvário é longo e penoso! Ao revivermos o mistério pascal de Cristo, buscamos ser instrumentos em nós e a partir de nós do Reino de vida nova que Ele veio trazer.

- Sobre os ramos lembramos que eles simbolizam a paz. Somos agentes da paz. Devemos construir uma cultura de paz. Essa é uma missão contínua, atual e necessária em um mundo onde a diferença e o diverso gera a morte, a violência e a polarização. Os ramos também enfeitam a imagem dos mártires. Ao mesmo tempo em que nos fala de sofrimento, também nos fala de vitória. Ao levarmos conosco estes ramos queremos expressar a nossa adesão e entrega à pessoa de Jesus Cristo. Queremos também abraçar a sua causa, ser suas testemunhas pela aplicação de seus ensinamentos na nossa vida prática.

 - No Domingo de Ramos experimentamos a alegria do triunfo de Jesus Cristo e, ao mesmo tempo, as dores e sofrimento de sua paixão e morte. Sua caminhada nos recorda o caminho definitivo para a ressurreição. Nossa vida também é assim: experimentamos a alegria e a tristeza, a noite e o dia; dias de humilhação ou de glorificação; a saúde e a doença, momentos em que celebramos a vida ou a morte; a queda do pecado e o resgate feito pela graça de Deus. Enfim, entre as adversidades da vida é que o cristão reconhece o mistério da Páscoa do Senhor que nos garante a vitória sobre o pecado e a morte. É a graça de Deus que nos conduz das trevas para a luz! Somos convidados a aprender com Jesus Cristo a aceitar e assumir a nossa vida com seus desafios, descobrindo em tudo a mensagem de Deus que é Pai e que nos leva sempre para o bom caminho. Ele nos motiva a querer um mundo mais justo e fraterno para todos. - Que nesta Semana Santa possamos contemplar o amor de Deus, revelado em Cristo que se ofereceu por nós. Que a alegria de celebrarmos a Ressurreição do Senhor, sua máxima vitória sobre a morte, desperte e alimente em nós a esperança de que não é a morte que reina sobre o mundo, mas a vida. Sigamos em paz, sabendo que a última palavra quem tem é o Pai, o Deus da vida.

http://diocesedesaomateus.org.br/wp-content/uploads/2021/02/28_03_21.pdf

 

 

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