REFLEXÃO DOMINICAL I
O
ESPÍRITO SANTO É O PARÁCLITO, O CONSOLADOR, O DEFENSOR...
- Jesus oferece a todos respeito, amor
e perdão. Todo cristão pode perceber isso no seu íntimo ao sentir, experimentar
e acreditar que recebeu o Espírito Santo de amor. Ele é o paráclito, o
consolador, o defensor que nos move em direção ao Reino. Por Cristo e nele,
toda a humanidade pode sentir-se abraçada e acolhida por Deus. Ele mesmo disse:
"vinde a mim todos vocês que estão cansados, eu lhes darei descanso.
Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração". Quanto carinho e amor
estão embutidos nesse convite do Senhor!
- No Evangelho de São João, logo depois do livro dos sinais, Jesus deixa
seu testamento. São palavras consoladoras para os discípulos. Também nós
precisamos revisitar essas palavras para sermos autênticos cristãos e vencer as
tentações e perseguições originadas do seguimento. Hoje, ele disse para nós:
"não vos deixarei órfãos". Ele continua conosco para nos sustentar,
defender e consolar por meio do Espírito Santo. A comunidade cristã não está
sozinha, por sua conta e risco. Deus, continuamente, nos visita, reúne e
comunica seus dons.
- Na segunda leitura, vemos o Evangelho se espalhar a partir de
Jerusalém para outras cidades e regiões. Aonde chega a Palavra de Deus, chega
também alegria. E a nossa Comunidade, é lugar de amor e acolhida? Ela revela,
propõe e vive a comunhão, participação e missão como nos sugere o Sínodo dos
Bispos?
- O apóstolo Pedro escreve para os
cristãos que estão em situação de perseguição e sofrimento. Por isso, ele
recorda o exemplo de Jesus Cristo quando este era perseguido e torturado. Nós
devemos dar a razão de nossa esperança com mansidão, respeito e boa
consciência. O cristão não pode usar as armas do diabo. Devemos viver como
Cristo viveu para sermos fiéis e boas testemunhas. Só em Cristo é que
venceremos as tentações da divisão e da discórdia na família, comunidade e
sociedade!
- O amor dos cristãos dá testemunho do
Cristo ressuscitado, de dois modos. Primeiramente, o amor dos cristãos entre
si. "Vede como se amam" diziam os pagãos sobre os primeiros cristãos.
Hoje, os que não seguem o Cristo poderão dizer o mesmo ao olhar-nos? Ou o nosso
comportamento só levará a menosprezar e desconfiar do cristianismo e de sua
insistência sobre o amor? Certamente, falamos demais de amor, dele fazendo
quase um gênero literário; mas não o vivemos sinceramente entre nós, divididos
como somos por preconceitos, sectarismos, guetos diversos. Em segundo lugar, o
amor dos cristãos pelo mundo. Em cada época, a Igreja é chamada a dar uma
contribuição específica. Nos séculos passados empenhou-se em salvaguardar e
difundir a cultura, entregou-se às obras assistenciais em benefício dos pobres
e indigentes, fundou hospitais, cuidou da instrução do povo, criou os primeiros
serviços sociais. Hoje, tudo isso é em geral assumido pelo Estado, e a obra que
a Igreja ofereceu durante séculos tende a terminar. O Estado deve preocupar-se
com a difusão da cultura, com a instrução, a escola, a assistência e todo tipo
de serviço social. Liberada dessas tarefas, cabe agora à Igreja oferecer à
humanidade sua contribuição original e única: o sentido e o valor construtivo
do amor. Mas a Igreja não finalizará seu cuidado com a vida, pois isso é viver
o amor. O Espírito paráclito suscitará novas formas de cuidar e zelar da pessoa
humana e da nossa Casa Comum. Em cada tempo a vivência do amor se renova, pois
o Cristo está vivo em sua Igreja e sempre envia seus discípulos para a missão
no mundo.
http://diocesedesaomateus.org.br/wp-content/uploads/2023/04/14_05_23.pdf
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