REFLEXÃO DOMINICAL IV
JESUS
NOS DEIXA UMA MISSÃO
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A leitura dos Atos dos Apóstolos é o
início do segundo escrito de São Lucas e nos apresenta a história da Igreja
nascente. Jesus teve sua missão concluída com sua paixão, morte, ressurreição e
ascensão. De Jerusalém, a Igreja parte para o mundo e é encarregada de ser luz
para o mundo, ser povo de Deus que peregrina rumo à pátria celeste. Jerusalém
será o berço da Igreja nascente e da pregação apostólica para aqueles
escolhidos por Jesus.
-
A Ascensão do Senhor é um acontecimento que está para além dos nossos sentidos.
Lucas, nos Atos dos Apóstolos, nos mostra um cenário da ação divina, uma
teofania, em que a manifestação de Deus acontece de forma gloriosa. O Senhor se
eleva aos céus e deste mesmo lugar vem a força que ajudará os apóstolos em sua
missão: o Espírito Santo. Esses homens serão testemunhas do Ressuscitado e o
Paráclito os cumulará do necessário para a missão. Daqui em diante, o próprio
Espírito Santo será o grande protagonista da Igreja nascente e todos nós
seremos chamados a testemunhar com alegria e entusiasmo o nosso Batismo, pelo
qual recebemos o dom desse Espírito.
- A Carta
de São Paulo aos Efésios traz consigo um pedido pela sabedoria. Não se
trata de algo humano, mas que só pode vir de Deus. É preciso que o nosso
coração se abra a graça dos céus para que assim a esperança realize em nós o
desejo de nos voltar para o Senhor. Cristo é a Cabeça da Igreja e todos nós os
seus membros numa perfeita unidade. Jesus estando à direita do Pai revela para
nós a vitória da vida sobre a morte, na qual a ressurreição é a nossa esperança
sobre o pecado. O velho homem não vive mais, pois em Cristo, o Ungido de Deus,
temos a certeza de que novas são todas as coisas.
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O Evangelho de Mateus encerra sua
mensagem de forma grandiosa. Jesus é o mediador entre nós e o Pai. Sua
autoridade revela sua missão aqui em nosso mundo. Em virtude disso, ele envia
seus discípulos para a missão universal. Todos deverão ser batizados nesta fé
trinitária, ou seja, no Pai, no Filho e no Espírito Santo. Jesus é o Deus
conosco, o Emanuel que sempre estará conosco, até o fim, mesmo que ninguém
saiba quando isso se dará. Assim, inaugura-se o tempo da Igreja, o nosso tempo.
Jesus nos ordena a observar seus mandamentos e a cumprir a sua vontade.
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Jesus deixa para nós sinais de sua presença e não nos abandona. Sua ascensão é
a esperança de nossa vitória, pois aquele que se fez humano, provou para todos
que a salvação é possível. Participantes todos do mesmo corpo, Cristo Cabeça
nos diz a direção a ser tomada para que já aqui, nesta esperança, participemos
da glória eterna. A comunhão com Deus deve ser nosso desejo último e esta
solenidade marca este caminho percorrido por Cristo, dado também para cada um
de nós. Sendo a Igreja missionária por essência, sua finalidade deverá
testemunhar no mundo a proposta de salvação dada por Jesus antes de voltar ao
Pai.
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Jesus nos deixa uma missão. Aclamado, ao toque da trombeta, sobe para junto de
Deus. Tornar-se seu discípulo é ter a certeza de que nem tudo serão
"aclamações", mas sim um contínuo processo de conversão. Por vezes
com momentos difíceis. A vida do cristão não deve ser algo inerte, sem vida.
Não se baseia numa mera passividade, esperando Jesus voltar, mas cristãos que agem
e testemunham os valores do Reino, na família, no trabalho e no mundo. Os
primeiros seguidores de Jesus deram a própria vida em favor daquilo deixado
pelo Mestre. Que tenhamos a mesma coragem em anunciar a Cristo como fizeram
esses nossos irmãos na fé e assim um dia termos a alegria de contemplar face a
face aquilo que o Pai tem reservado para cada um de nós
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