sexta-feira, 21 de março de 2025

I- LLITURGIA DO TERCEIRO DOMINGO DA QUARESNA-

 

 

I-         LLITURGIA DO  TERCEIRO  DOMINGO DA QUARESNA-

 

- Neste domingo o Senhor intensifica o convite à conversão. A liturgia da Palavra ressalta a urgência da con duz na resposta de fé à paciência de Deus. Ele nos dá tempo para que produzamos os frutos da justiça e da fraternidade. A fé se revela com a mudança de atitudes. Converter-se implica voltar para Deus e produzir frutos do amor, da solidariedade e da paz.

 

 - Na primeira leitura, Moisés é convidado para ser o líder do povo, o rosto visível da ação libertadora que o Senhor realizará em favor de Israel oprimido. Moisés tinha fugido do Egito e se abrigado no deserto do Sinai após assassinar indignado, um egípcio que maltratava um hebreu. É acolhido por uma tribo de beduínos. Casa e refaz sua vida numa experiência de tranquilidade. É precisamente nesse oásis de paz que o Senhor se revela e escolhe Moisés para uma nova missão no Egito. O chamado de Moisés ressalta a iniciativa de Deus libertador, apostando na salvação de seu povo. Na segunda parte do texto (vv. 13-15), ante às indagações de Moisés, Deus se revela: "Eu sou aquele que sou". Uma espécie de sinal que confirma que Moisés foi convidado por Deus e enviado por Ele em missão. Nome que acentua a presença contínua de Deus na vida do seu povo. Uma presença viva, ativa e dinâmica, no presente e no futuro, como libertação e salvação.

 

- Na segunda leitura, Paulo lembra que os israelitas foram conduzidos por Deus, passaram pelas águas libertadoras do Mar Vermelho, alimentaram-se do maná e da água que jorrou da rocha. Para o Apóstolo, esse rochedo é o símbolo de Cristo já presente na caminhada do êxodo do antigo povo. Apesar de todos esses sinais, a maior parte dos israelitas não foi fiel a Deus e acabou morrendo no deserto. Isto nos faz compreender que, apesar da importância de nossa participação nas ações rituais, o que conta é a adesão sincera à vontade de Deus. Paulo recorda o fundamental na vivência da fé: levar uma vida coerente e viver em comunhão com Deus.

 

- No Evangelho, Jesus continua sua viagem para Jerusalém com seus discípulos. Acabava de lhes falar sobre o discernimento dos sinais que manifestam a vontade de Deus. Sinais do cotidiano que explicitam o projeto salvífico do Pai. Falando à multidão e, em particular, aos discípulos, enfatiza em duas partes distintas, a urgência da conversão. Na primeira (Lc 13,1-5), Jesus refere-se aos dois fatos da repressão a um grupo de galileus enquanto se preparavam para sacrificar suas vítimas e da queda de uma torre perto da piscina de Siloé. Os que relatam a Jesus as duas tragédias desejam ouvir sua opinião e provoca dele uma posição. O Mestre sai pela tangente. Desconstrói a crença popular de que as desgraças sejam uma forma de punição divina e que Deus poderia impedir tais tragédias, mas prefere permanecer surdo e mudo aos gritos dos sofredores. Rechaça a doutrina da retribuição que vincula a desgraça ao pecado cometido. Para o Mestre, diante de Deus, todos necessitam mudar de vida. Mas, se não vos converterdes, perecereis todos do mesmo modo. A única maneira para escapar à ruína é a conversão. Na segunda (Lc 13,6-9), temos a parábola da figueira. Ela é imagem do povo de Israel. Durante três anos de ministério, Jesus procurou frutos de arrependimento e de conversão. E nada! Na palavra de Jesus, a caminho de Jerusalém, a todos é oferecida uma nova chance de mudança de vida. Ele espera, portanto, que os que o acompanham deem frutos, isto é, aceitem converter-se à Boa Nova que lhes anuncia. É a paciência de Deus! Apesar do tom ameaçador, há esperança, Jesus confia em que a resposta à Boa Nova seja positiva.

 

- A quaresma é um tempo para avaliarmos a qualidade de nossas respostas aos projetos da vontade de Deus. Pode ocorrer que os frutos não estejam à altura do esperado. Quem planta e cultiva determinada árvore frutífera, é natural que almeje colher bons frutos. "Foi lá procurar figos e não encontrou. Então disse ao agricultor: Já faz três anos que venho procurando figos e nada encontro". Desilusão! A paciência parece estar se esgotando. O impulso humano é dar um basta: "corta-a!". Apesar de nossas infidelidades, Deus não age assim. Mesmo que sua paciência esteja no limite, "o Senhor é piedade e compaixão, lento na cólera e cheio de amor" (Sl 145,8). Cristo, por sua vez, intercede constantemente por nós junto do Pai, dilatando e ampliando sua paciência. O amor misericordioso torna possível o êxito dos projetos de Deus. Converter-se a Deus é voltar-se para Ele; é caminhar com Ele e viver o seu projeto de vida e salvação. Conversão é convite à vida. Mais do que anúncio de ameaças, é proclamação de uma boa nova. Jesus apela à conversão, anunciando a proximidade do Pai amoroso e misericordioso.

 

 

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