sábado, 29 de março de 2025

VII- REFLEXÃO DOMINICAL I- A MISERICÓRDIA E O PERDÃO RENOVAM A ESPERANÇA

 

 

VII-             REFLEXÃO DOMINICAL I-

 

A MISERICÓRDIA E O PERDÃO RENOVAM A ESPERANÇA

 

 

Este 4º Domingo da Quaresma é o “Domingo de júbilo”. Por qual motivo? Porque a misericórdia infinita e o perdão de Deus restauram a vida e renovam a esperança. A Quaresma é um tempo de penitência e de conversão a Deus, mas não deve ser um tempo de abatimento e tristeza. A perspectiva do perdão de Deus restaura a vida e renova a esperança. Como seria a vida, se não pudéssemos contar com o perdão de Deus? O Evangelho deste Domingo nos traz uma das parábolas da misericórdia: a do filho perdido e do pai misericordioso e rico no perdão (cf Lc 15, 1-3.11-32). O filho, de maneira irrefletida e irresponsável, fez a escolha errada na vida e quis viver longe do pai, “aproveitando a vida”. Pegou as suas coisas e foi-se embora, deixando o pai numa tristeza imensa. Longe da casa paterna, a vida boa nos prazeres durou pouco e o jovem começou a passar necessidades. Aí ele lembrou do pai e de quanto ele perdeu, ao abandonar a casa paterna. Então tomou a decisão de voltar, mesmo se fosse para ser tratado apenas como um dos empregados. A esperança do filho não foi em vão. O pai esperava todos os dias pelo reencontro com o filho e, quando o viu chegando, correu ao seu encontro, abraçou-o e cobriu-o de beijos. Nem quis ouvir os pedidos de perdão e logo mandou preparar uma grande festa, “pois o filho estava morto e tornou à vida; estava perdido e foi reencontrado” (15,23). O amor mise- ricordioso e o perdão do pai deram nova vida e renovaram a esperança e a dignidade do filho perdido. Por isso, a liturgia deste Domingo da Quaresma faz um forte apelo, usando as palavras do apóstolo Paulo: “em nome de Cristo, deixai-vos reconciliar com Deus!” (2Cor 5,20). Sim, vale a pena voltar-se para o Pai misericordioso e aceitar o seu abra- ço de perdão e reconciliação. Isso faz um bem imenso, restaura a vida e renova a esperança. É tempo de fazer uma boa confissão, de cora- ção arrependido e bem disposto, em preparação à celebração Páscoa, que se aproxima. Uma das principais propostas do Ano Jubilar é a busca do perdão e a renovação da vida cristã. A confissão sacramental é necessária para ganhar a indulgência do Ano Jubilar. O filho pródigo fez a sua peregrinação penitencial e restauradora de volta à casa paterna, confessou seu pecado ao pai e recebeu o perdão e a indulgência completa, junto com o abraço do pai misericordioso. Que tal, fazer a mesma experiência?

 

 Cardeal Odilo Pedro Scherer Arcebispo de São Paulo

 

https://arquisp.org.br/wp-content/uploads/2025/01/Ano-49C-23-4o-DOMINGO-DE-QUARESMA.pdf

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