Pós-pandemia: como serão os novos hábitos de consumo?
Foto: iStock/AndreyPopov
Reduções de carga horária, cortes de
salários, diminuição do consumo, suspensões de projetos e investimentos. Esses
são apenas alguns dos muitos efeitos econômicos da pandemia de covid-19
percebidos mundo afora. Não à toa, estamos vivendo um período de cautela e
incertezas. Porém, o momento é também de estudo e pesquisa para entender as
consequências da crise em curto e longo prazo.
Por um lado, parte das tendências
empresariais para 2020 parecem inalteradas, bem como as habilidades
profissionais exigidas no mercado. Por outro, modelos
de negócios precisarão ser adaptados à nova realidade, considerando especialmente
as mudanças nos hábitos de consumo. Afinal, com a quarentena e o distanciamento
social, muita gente está revendo seus padrões de gastos.
Nova realidade, novos
hábitos
Para desacelerar o avanço do novo
coronavírus, uma das principais recomendações das autoridades de saúde é que as
pessoas fiquem em casa. Com a pandemia, aliás, inúmeras empresas liberaram seus
funcionários para
trabalhar em home office. Esse maior tempo de permanência nas residências
logo surtiu efeito nos hábitos de consumo. A busca por serviços online e de
tele-entrega, por exemplo, disparou. E tudo indica que essa prática será
mantida após a crise. Será parte do “novo normal”.
Além disso, consumidores parecem estar
tendo maior critério com suas despesas. Segundo um levantamento feito pelo app
Olivia, voltado a finanças pessoais, entre fevereiro e março houve queda na
renda de seus clientes. Os gastos fixos e essenciais também sofreram cortes,
proporcionais, mas o valor economizado mensalmente pelos usuários aumentou. Ou
seja, com a quarentena, as pessoas estão redescobrindo como fazer economia.
Consumo focado em
experiências
Outro fenômeno que pode ocorrer entre os
consumidores é a revisão de suas prioridades de consumo. Em tempos
pré-pandemia, os gastos não essenciais mais frequentes costumavam ser com itens
como vestuário e calçados. Porém, sem poder sair de casa, faz pouco sentido
adquirir roupas ou tênis que excedam as necessidades básicas.
Por outro lado, o investimento em
experiências tende a ganhar espaço. Mesmo porque, com o isolamento social, as
pessoas percebem mais necessidade de vivenciar situações diferentes.
Consequentemente, após a pandemia podem ganhar preferência os gastos voltados a
cursos, viagens e experiências de bem-estar, conforto e produtividade.
Portanto, cabe às empresas e seus
gestores encontrar meios de incorporar criativamente aos seus negócios essa
tendência de consumo. Afinal, quem o fizer deverá obter boa vantagem
competitiva no mercado com a retomada das atividades.
Fonte: https://www.iplacecorp.com.br/pos-pandemia-como-serao-os-novos-habitos-de-consumo/
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