Guia da vacina: tudo o que você precisa saber sobre a campanha de vacinação
Quais serão os grupos prioritários?
Conforme o
Ministério da Saúde, os primeiros a receber as vacinas são os profissionais de saúde
da linha de frente do combate à covid-19, idosos que vivem em asilos e indígenas.
Essas pessoas vão receber a imunização nos locais onde vivem/trabalham, sob a coordenação
de cada município. O governo estadual de São Paulo já iniciou a vacinação com profissionais
de saúde e deve começar a imunizar os outros grupos prioritários nos próximos dias:
indígenas e quilombolas a partir do dia 25 de janeiro e idosos acima de 75 anos
no dia 8 de fevereiro.
É necessário fazer cadastro para se vacinar?
Cada Estado
definirá a necessidade ou não de cadastro. Em São Paulo, é possível fazer um pré-cadastro
no vacinaja.sp.gov.br, que não é um agendamento, mas ajudará os profissionais a
organizar o esquema de vacinação e evitar aglomerações. Quem não fizer o pré-cadastro
também poderá ser vacinado.
Quais serão os locais de vacinação?
Cada Estado
definirá os postos de vacinação. O Governo de São Paulo divulgou neste domingo a
operação que começa oficialmente nesta segunda-feira com a imunização de trabalhadores
de saúde de seis hospitais de referência: HCs da Capital e de Ribeirão Preto (USP),
HC da Campinas (Unicamp), HC de Botucatu (Unesp), HC de Marília (Famema) e Hospital
de Base de São José do Rio Preto (Funfarme). Ou seja, ainda não é hora de se dirigir
a postos de vacinação em busca de vacinação ou até mesmo de informações complementares.
Quais vacinas serão aplicadas no Brasil?
A Anvisa liberou
no domingo o uso emergencial de 6 milhões de doses da Coronavac, desenvolvida pelo
laboratório Sinovac em parceria com o Instituto Butantã, e de 2 milhões de doses
da vacina da Universidade de Oxford, desenvolvida pela AstraZeneca, em parceria
com a Fiocruz. Não há, porém, doses do imunizante britânico no Brasil ainda - o
governo federal tenta importar dois milhões de doses do produto da Índia.
A vacina será gratuita?
Sim. Inicialmente,
a vacina será aplicada apenas pelo Sistema Único de Saúde, de forma gratuita a toda
população.
A taxa geral de eficácia da Coronavac se revelou
de 50,38%. O que isso significa?
Significa que,
de cada cem pessoas vacinadas que tiverem contato com o vírus, 50,38% não vão manifestar
a doença graças à imunidade conferida pela vacina. Para quem acabou ficando doente,
a vacina reduziu em 78% a chance de ter uma doença leve que precise de assistência
médica.
A vacina de Oxford tem melhor eficácia?
As duas vacinas
têm eficácia suficiente para ajudar no combate à pandemia. Nos testes, a vacina
de Oxford foi administrada de duas formas diferentes: na primeira delas, os voluntários
receberam metade de uma dose e, um mês depois, uma dose completa. Nesse grupo de
voluntários, a eficácia foi de 90%. Já no segundo grupo, que recebeu duas doses
completas da vacina, a eficácia foi reduzida a 62%. Esses dois resultados permitiram
obter eficácia média de 70%.
Quanto tempo após tomar a vacina a pessoa pode
se considerar imunizada?
A imunidade
depende de cada vacina. Um imunizante geralmente demora de duas a três semanas para
fazer efeito. As duas vacinas (Coronavac e Oxford/AstraZeneca) precisam de duas
doses para atingir a eficácia total. No caso da Coronavac, as vacinas devem ser
aplicadas com intervalo de 28 dias. Já a vacina de Oxford pode ter espaço de 21
dias a 3 meses entre as aplicações.
Quem está com febre pode tomar a vacina? E quem
está tomando antibiótico?
As pessoas
com febre devem aguardar para receber a vacina. Quem está tomando antibiótico deve
conversar com o seu médico antes.
Por que a vacinação é importante?
Quanto maior
o número de pessoas vacinadas, mais rápido terminará a pandemia. Isso porque diminuirá
a circulação do vírus e maior parte da população fica protegida.
À medida que a imunização ocorra as medidas de
isolamento podem ser relaxadas?
Os próprios
técnicos da Anvisa que realizaram reunião pública e aprovaram o uso emergencial
de ambas as vacinas - a Coronavac e a produzida por Oxford - ressaltaram que o País
ainda está longe de vislumbrar um cenário em que as medidas de restrição impostas
com base na ciência deixem de ser necessárias. Por isso, ainda é fundamental manter
o isolamento sempre que possível e usar máscara e álcool em gel.
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