Aprovado primeiro remédio que retarda avanço
do diabetes tipo 1
Droga revolucionária ajuda a impedir que
o sistema imunológico ataque erroneamente a produção de insulina
Um
medicamento desenvolvido pela biofarmacêutica Provention Bio, Inc. para o
diabetes tipo 1 recebeu aprovação dos órgãos reguladores nos Estados Unidos.
Este é o primeiro remédio aprovado capaz de retardar o desenvolvimento da
doença.
O
anticorpo monoclonal teplizumab, que será vendido sob a marca TZIELD,
estará disponível em todo o país até o final deste ano, de acordo com a
Sanofi .
O
tratamento é indicado para adultos em estágio 3 da doença e pacientes
pediátricos de 8 anos ou mais que atualmente têm diabetes do mesmo tipo em
estágio 2.
O
medicamento injetável por infusão intravenosa tem indicação para ser aplicado
uma vez ao dia durante 14 dias consecutivos.
O
diabetes tipo 1 é um distúrbio autoimune que causa a destruição das células que
secretam insulina do pâncreas. É diferente do diabetes tipo 2, causado quando o
corpo produz menos insulina ou se torna resistente à insulina, muitas vezes
devido ao excesso de gordura corporal.
A
droga funciona reprogramando o sistema imunológico para o impedir de atacar
erroneamente as células pancreáticas que produzem insulina.
Estágios
do diabetes tipo 1
Nos
três estágios do diabetes tipo 1, o estágio 2 é um passo antes do diagnóstico
clínico. Em ensaios clínicos, o tratamento recém-aprovado atrasou o início
da doença no estágio 3 por cerca de dois anos em comparação com o placebo.
O
estágio 2 é marcado por anticorpos relacionados ao diabetes e níveis anormais
de açúcar no sangue. Mas os pacientes normalmente não apresentam sintomas
até serem diagnosticados no estágio 3.
Especialistas
em saúde dizem que atrasar os estágios finais do diabetes tipo 1 pode salvar os
pacientes de anos tomando insulina e monitorando o açúcar no sangue.
Efeito
colateral do medicamento
Um
dos efeitos colaterais do TZIELD é uma diminuição na contagem de glóbulos
brancos, que, segundo especialistas em saúde, pode aumentar o risco de
desenvolver doenças graves por infecções oportunistas.
Porém,
o estudo mostrou que a contagem de células começou a subir novamente sete dias
após o tratamento e voltou à contagem de pré-tratamento alguns meses depois.
Especialistas
dizem que pode ser um pequeno preço a pagar pela redução do risco de
desenvolver complicações graves do diabetes, como doença renal ou cetoacidose.
Embora
os pacientes que fazem o tratamento provavelmente desenvolvam diabetes tipo 1
em algum momento de suas vidas, especialistas em saúde esperam que a aprovação
marque o início do aprendizado de como prevenir a doença, em vez de apenas
administrá-la.
https://catracalivre.com.br/saude-bem-estar/aprovado-primeiro-remedio-que-retarda-diabetes/
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