Câncer tem cura?
As taxas de cura para
o câncer variam muito de acordo com o tipo de tumor, sua localização, o estágio
em que é diagnosticado e as condições gerais de saúde do paciente.
"Podemos dizer que, considerando todos os tipos de câncer, mais da metade
dos pacientes têm oportunidade de ficar curados", afirma Alexandre
Palladino, chefe de oncologia clínica do HC I, do Inca, no Rio de Janeiro.
Infelizmente, alguns tumores são mais agressivos e crescem muito rápido, ou
então só geram sintomas quando já estão avançados, por isso nem sempre o
diagnóstico precoce é possível.
Em geral, um paciente
é considerado curado se depois de cinco anos continuar sem sinais do câncer.
Mas não quer dizer que a cura é para sempre. Algumas pessoas podem nunca mais
ter a doença de novo, enquanto outras terão recidivas ou tumores em outras
partes do corpo, por isso o acompanhamento deve ser regular.
O que muda depois do câncer
Após um tratamento
bem-sucedido contra o câncer, alguns desafios podem persistir e precisam ser
acolhidos. Os exames de rotina futuros podem causar um enorme estresse, e o
suporte psicológico pode ser necessário, por exemplo. É preciso aprender a
lidar com eventuais problemas relacionados à cirurgia ou aos quimioterápicos,
como doenças, alterações no corpo, fadiga ou baixa autoestima.
O câncer afeta a vida sexual?
"Alguns
pacientes podem ter dificuldades sexuais em decorrência dos tratamentos e às
vezes não conseguem falar sobre o assunto", comenta o oncologista Diogo
Bugano, que integra o ambulatório de sexualidade do centro de oncologia e
hematologia da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein.
"Mudanças no cabelo ou o uso da bolsa de colostomia podem interferir muito
na autoimagem", acrescenta a psicóloga Alyne Braghetto, também do
Einstein. Todas essas questões podem ser tratadas com abordagens específicas e
fazem uma enorme diferença na qualidade de vida, mas nem sempre são abordadas
pelos médicos ou pelos próprios pacientes por causa da preocupação maior em
curar o câncer.
Cuidados paliativos
São os cuidados de saúde física e mental
prestados aos pacientes que sofrem com doenças graves, como o câncer, com o
objetivo de melhorar a qualidade de vida. Eles devem ser oferecidos o quanto
antes, e são prioritários nos casos terminais. Esse tipo de assistência envolve
profissionais de diferentes especialidades, e engloba desde o tratamento da dor
e de outros sintomas, bem como assistência psicológica, social e espiritual.
Direitos sociais de um paciente com câncer
Pacientes com câncer
e seus familiares devem se informar sobre benefícios como auxílio-doença, saque
do FGTS e do PIS/Pasep, licença por motivo de doença em pessoa da família,
testamento vital, aposentadoria por invalidez e outros. Uma cartilha com informações
atualizadas podem ser obtidas no site do Inca.
Como ajudar uma pessoa com câncer
Ajudar um familiar ou
amigo que está com uma doença grave é fundamental para proporcionar conforto e
o suporte necessário para enfrentar a emoção do diagnóstico, a agressividade do
tratamento, e, algumas vezes, a aceitação de uma doença sem cura. Mais do que
dizer as palavras certas, é importante oferecer auxílio prático, como
acompanhar a pessoa em procedimentos e consultas, anotar dúvidas para o médico,
ajudar nas compras, cuidados com a casa em assim por diante. Muitas vezes os
próprios familiares precisam de suporte psicológico para ajudar o paciente da
melhor maneira possível.
Nenhum comentário:
Postar um comentário