CATEQUESE
SOBRE A SEMANA SANTA
O
sentido do Lava-Pés
No tempo de Jesus, quando o patrão chegava em
casa com os pés suados e empoeirados, quem tinha de lavar os pés dele era o
escravo. Ou então a mulher. Jesus, Mestre e Senhor, inverte as coisas. Ele lava
os pés dos seus súditos. Ele assume o papel do escravo... O gesto expressa todo
o sentido de sua missão. Pois Ele “não veio para ser servido, mas para servir e
dar a sua vida...”. Nisto consiste o seu ser Senhor. Ele é Senhor precisamente
na arte de fazer-se servo, escravo de todos. Assim deve ser também o apóstolo e
discípulo dele. Jesus deu o exemplo para que façamos a mesma coisa que Ele fez:
sermos servos e escravos uns dos outros, como Ele o foi e é até hoje! Ceia do
Senhor Eis que é chegada a hora de Jesus. Diante da proximidade de sua paixão,
naquela última quinta-feira em que esteve conosco, e que daquele momento em
diante tornou-se santa, Jesus amou a todos nós, amando-nos até o fim. Essa
plenitude do amor se expressa no gesto humilde e serviçal do lava-pés. Assim,
Jesus leva até as últimas consequências seu projeto de amor e doação. Que não
sejamos como Pedro, o discípulo que ainda não tinha compreendido o que
significava tal gesto, sentindo-se incomodado com a capacidade que Jesus tinha
de amar. Após esse gesto profético do lava-pés, Jesus nos convida a imitá-Lo:
“Dei-vos o exemplo para que, como eu vos fiz, também vós o façais”.
Paixão
do Senhor
Este dia é todo centrado na Cruz do
Senhor. Hoje começamos a celebração verdadeira e própria da Páscoa. É a hora da
verdade. Jesus, fiel ao amor de Deus, vai até o fundo, até aceitar a morte. Por
isso, hoje, contemplamos a sua Cruz, agradecemos pelo seu sacrifício,
proclamando nossa fé nele, em que a humanidade inteira, com todas as dores e
angústias, encontrará a luz, a vida e a salvação. Ao escutarmos, hoje, a
narração emocionante da sua Paixão, quando o evangelista João oferece o sentido
profundo dos acontecimentos de que fora testemunha, rezemos para que a força de
seu amor renove toda a humanidade e adoremos a Cruz, que é salvação e vida para
todos. Deixemos que o silêncio invada o nosso coração! Adoramos a vossa Cruz,
Senhor, e glorificamos a vossa santa ressurreição!
Vigília
Pascal
Eis a noite gloriosa da libertação.
Cristo ressuscitou. Ele venceu a morte, o pecado e a cruz. Portanto, “não
tenhais medo”. A esperança deve brilhar! Jesus Cristo, o Senhor que é a Luz do
mundo, ressuscitou e está vivo entre nós. Para quem tem fé e acredita, o medo
já não prevalece, pois aquele que estava morto, agora vive. E o próprio
ressuscitado nos envia a anunciar a Boa Notícia da ressurreição a todas as
criaturas, fazendo discípulos dele todos os povos. Cristo confia a nós, ainda
hoje, a missão de sermos testemunhas vivas da Sua Ressurreição e de sua
presença entre nós. Eis o Mistério da nossa fé e da nossa esperança. Felizes
são os que creem neste Mistério, mesmo sem ter visto. Deles é o Reino dos Céus.
Páscoa do Senhor Jesus ressuscitou! Está vivo e presente no meio de nós! Páscoa
é a passagem das trevas para a luz, da morte para a vida de conversão. Não há
mudança comunitária e social sem a mudança pessoal. Páscoa que é sempre uma
passagem atinge a todos e a cada um de nós. Por isso, é preciso celebrar a
passagem do isolamento para a convivência, do desânimo para a esperança.
Acender a esperança em cada coração humano é realizar a Páscoa. Páscoa é passar para a fé do
Ressuscitado. Crer no Vencedor e na vitória da vida. Acreditar na vida. Crer
que o mundo e a vida têm conserto. Isso é celebrar a Páscoa. A descrença é a
morte de Deus no coração. A fé nos lembra que o Ressuscitado está e continua
conosco no mundo, Ele é nossa vida.
Lembretes
Litúrgicos: Para celebrarmos
profundamente a Páscoa, é importante nos lembrarmos de alguns símbolos e
cuidados.
- Círio
Pascal: durante os 50 dias da Páscoa, o Círio aceso no centro de nossas
celebrações é o sinal do Cristo vivo, ressuscitado, luz de nossas vidas. É
importante que ele seja bem feito e enfeitado.
- A
alegria pascal: a alegria pascal é a característica mais destacada do Tempo
Pascal. A cor branca ou dourada, as flores, tudo é orientado para expressar o
sentimento de festa. Uma das expressões mais fortes é o “Aleluia”. É o canto
novo da vitória do Cristo e das comunidades dos filhos e filhas de Deus.
- Água
batismal: consagrada na noite da Vigília Pascal, permanece nesse tempo como
lembrança do Batismo e da nossa recriação em Cristo. É importante que seja
elemento de todas as celebrações da Páscoa.
- Quinta-feira
Santa: o ambiente de festa e alegria deve estar expresso nos paramentos
litúrgicos do altar, da Mesa da Palavra, nas flores e nas velas, na cor branca.
Na celebração deve aparecer claramente a dimensão da refeição. A comunidade
pode trazer alimentos para partilhar.
- Sexta-feira
Santa: dia de jejum, abstinência, silêncio e recolhimento. O ambiente deve
expressar isto. O altar fica sem toalhas, candelabros... A cor das vestes é
vermelha, sinal do sangue do Senhor derramado na cruz.
- Vigília
Pascal: por meio do fogo, do Círio, das velas, do incenso, adoramos o
Ressuscitado, luz de nossas vidas.
Para
meditar: - Por que o Tríduo e o Tempo Pascal
são importantes para nós? - De que maneira a comunidade o celebra? - Como
valorizar os cânticos, gestos, símbolos e cores na liturgia
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