sexta-feira, 22 de março de 2024

LEITURAS DA MISSA DOMINGO DE RAMOS E DA PAIXÃO- ANO B

 

LEITURAS DA MISSA

                DOMINGO DE RAMOS E DA PAIXÃO- ANO B

PRIMEIRA LEITURA (Is 50,4-7)

Leitura do Livro do Profeta Isaías.

4 O Senhor Deus deu-me língua adestrada, para que eu saiba dizer palavras de conforto à pessoa abatida; ele me desperta cada manhã e me excita o ouvido, para prestar atenção como um discípulo. 5 O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhe resisti nem voltei atrás. 6 Ofereci as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba; não desviei o rosto de bofetões e cusparadas. 7 Mas o Senhor Deus é meu Auxiliador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado. –

Palavra do Senhor. T. Graças a Deu

SALMO 21(22)

Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?

1. Riem de mim todos aqueles que me veem, * torcem os lábios e sacodem a cabeça: / ao Senhor se confiou, ele o liberte * e agora o salve, se é verdade que ele o ama!

2. Cães numerosos me rodeiam furiosos * e por um bando de malvados fui cercado. / Transpassaram minhas mãos e os meus pés * e eu posso contar todos os meus ossos.

3. Eles repartem entre si as minhas vestes * e sorteiam entre eles minha túnica. / Vós, porém, ó meu Senhor, não fiqueis longe, * ó minha força, vinde logo em meu socorro!

4. Anunciarei o vosso nome a meus irmãos * e no meio da assembleia hei de louvar-vos! / Vós que temeis ao Senhor Deus, dai-lhe louvores, + glorificai-o, descendentes de Jacó! * e respeitai-o, toda a raça de Israel!

 SEGUNDA LEITURA (Fl 2,6-11)

 Leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses.

6 Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, 7 mas ele esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens. Encontrado com aspecto humano, 8 humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até à morte, e morte de cruz. 9 Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o Nome que está acima de todo nome. 10Assim, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, 11e toda língua proclame: “Jesus Cristo é o Senhor”, para a glória de Deus Pai.

 - Palavra do Senhor. T. Graças a Deus

 

 

 ACLAMAÇÃO (L.: [Fil 2,8-9] Reginaldo Veloso | M.: Pe. Silvio Milanez)

  Salve, ó Cristo obediente! / Salve, amor onipotente, / que te entregou à cruz / e te recebeu na luz!

1. O Cristo obedeceu até a morte, / humilhou-se e obedeceu o bom Jesus, / humilhou-se e obedeceu, sereno e forte, / humilhou-se e obedeceu até a cruz. 2. Por isso o Pai do céu o exaltou, / exaltou-o e lhe deu um grande nome, / exaltou-o e lhe deu poder e glória, / diante dele céus e terra se ajoelhem!

ANÚNCIO DA PAIXÃO DO SENHOR (Mc 14,1-15,47: + longo)

 P. (padre): Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo Marcos. L1. (leitor 1): 1 Faltavam dois dias para a páscoa e para a festa dos ázimos. Os sumos sacerdotes e os mestres da lei procuravam um meio de prender Jesus à traição, para matá-lo. 2 Eles diziam: Gr. (grupo): Não durante a festa, para que não haja um tumulto no meio do povo. L1. 3 Jesus estava em Betânia, na casa de Simão, o leproso. Quando estava à mesa, veio uma mulher com um vaso de alabastro cheio de perfume de nardo puro, muito caro. Ela quebrou o vaso e derramou o perfume na cabeça de Jesus. 4 Alguns que estavam ali ficaram indignados e comentavam: Gr. Por que este desperdício de perfume? 5 Ele poderia ser vendido por mais de trezentas moedas de prata, que seriam dadas aos pobres. L1. E criticavam fortemente a mulher. 6 Mas Jesus lhes disse: P. Deixai-a em paz! Por que aborrecê-la? Ela praticou uma boa ação para comigo. 7 Pobres sempre tereis convosco e quando quiserdes podeis fazer-lhes o bem. Quanto a mim não me tereis para sempre. 8 Ela fez o que podia: derramou perfume em meu corpo, preparando- -o para a sepultura. 9 Em verdade vos digo, em qualquer parte que o Evangelho for pregado, em todo o mundo, será contado o que ela fez, como lembrança do seu gesto. L1. 10Judas Iscariotes, um dos doze, foi ter com os sumos sacerdotes para entregar-lhes Jesus. 11Eles ficaram muito contentes quando ouviram isso, e prometeram dar-lhe dinheiro. Então, Judas começou a procurar uma boa oportunidade para entregar Jesus. 12No primeiro dia dos ázimos, quando se imolava o cordeiro pascal, os discípulos disseram a Jesus: Gr. Onde queres que façamos os preparativos para comeres a Páscoa? L1. 13Jesus enviou então dois dos seus discípulos e lhes disse: P. Ide à cidade. Um homem carregando um jarro de água virá ao vosso encontro. Segui-o 14e dizei ao dono da casa em que ele entrar: “O mestre manda dizer: onde está a sala em que vou comer a Páscoa com os meus discípulos?” 15Então ele vos mostrará, no andar de cima, uma grande sala, arrumada com almofadas. Ali fareis os preparativos para nós! L1. 16Os discípulos saíram e foram à cidade. Encontraram tudo como Jesus havia dito, e prepararam a páscoa. 17Ao cair da tarde, Jesus foi com os doze. 18Enquanto estavam à mesa comendo, Jesus disse: P. Em verdade vos digo, um de vós, que come comigo, vai me trair. L1. 19Os discípulos começaram a ficar tristes e perguntaram a Jesus, um após outro: L2. (leitor 2): Acaso serei eu? L1. 20Jesus lhes disse: P. É um dos doze, que se serve comigo do mesmo prato. 21O Filho do Homem segue seu caminho, conforme está escrito sobre ele. Ai, porém, daquele que trair o Filho do Homem! Melhor seria que nunca tivesse nascido! L1. 22Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, tendo pronunciado a bênção, partiu-o e entregou-lhes, dizendo: P. Tomai, isto é o meu corpo. L1. 23Em seguida, tomou o cálice, deu graças, entregou-lhes e todos beberam dele. 24Jesus lhes disse: P. Isto é o meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos. 25Em verdade vos digo, não beberei mais do fruto da videira, até o dia em que beberei o vinho novo no Reino de Deus. L1. 26Depois de terem cantado o hino, foram para o monte das Oliveiras. 27Então Jesus disse aos discípulos: P. Todos vós ficareis desorientados, pois está escrito: “Ferirei o pastor, e as ovelhas se dispersarão”. 28Mas, depois de ressuscitar, eu vos precederei na Galileia. L1. 29Pedro, porém, lhe disse: L2. Mesmo que todos fiquem desorientados, eu não ficarei. L1. 30Respondeu-lhe Jesus: P. Em verdade te digo, ainda hoje, esta noite, antes que o galo cante duas vezes, três vezes tu me negarás. L1. 31Mas Pedro repetiu com veemência: L2. Ainda que tenha de morrer contigo, eu não te negarei. L1. E todos diziam o mesmo. 32Chegados a um lugar chamado Getsêmani, disse Jesus aos discípulos: P. Sentai-vos aqui, enquanto eu vou rezar! L1. 33Levou consigo Pedro, Tiago e João, e começou a sentir pavor e angústia. 34Então Jesus lhes disse: P. Minha alma está triste até à morte. Ficai aqui e vigiai. L1. 35Jesus foi um pouco mais adiante e, prostrando-se por terra, rezava que, se fosse possível, aquela hora se afastasse dele. 36Dizia: P. Abá! Pai! Tudo te é possível: Afasta de mim este cálice! Contudo, não seja feito o que eu quero, mas sim o que tu queres! L1. 37Voltando, encontrou os discípulos dormindo. Então disse a Pedro: P. Simão, tu estás dormindo? Não pudeste vigiar nem uma hora? 38Vigiai e orai, para não cairdes em tentação! Pois o espírito está pronto, mas a carne é fraca. L1. 39Jesus afastou-se de novo e rezou, repetindo as mesmas palavras. 4 40Voltou outra vez e os encontrou dormindo, porque seus olhos estavam pesados de sono e eles não sabiam o que responder. Ao voltar pela terceira vez, Jesus lhes disse: P. 41Agora podeis dormir e descansar. Basta! Chegou a hora! Eis que o Filho do Homem é entregue nas mãos dos pecadores. 42Levantai- -vos! Vamos! Aquele que vai me trair já está chegando. L1. 43E logo, enquanto Jesus ainda falava, chegou Judas, um dos doze, com uma multidão armada de espadas e paus. Vinham da parte dos sumos sacerdotes, dos mestres da lei e dos anciãos do povo. 44O traidor tinha combinado com eles um sinal, dizendo: L2. É aquele a quem eu beijar. Prendei-o e levai-o com segurança! L1. 45Judas logo se aproximou de Jesus, dizendo: L2. Mestre! L1. E o beijou. 46Então lançaram as mãos sobre ele e o prenderam. 47Mas um dos presentes puxou a espada e feriu o empregado do Sumo Sacerdote, cortando-lhe a orelha. 48Jesus tomou a palavra e disse: P. Vós saístes com espadas e paus para me prender, como se eu fosse um assaltante. 49Todos os dias eu estava convosco, no templo, ensinando, e não me prendestes. Mas isto acontece para que se cumpram as Escrituras. L1. 50Então todos o abandonaram e fugiram. 51Um jovem, vestido apenas com um lençol, estava seguindo a Jesus, e eles o prenderam. 52Mas o jovem largou o lençol e fugiu nu. 53Então levaram Jesus ao Sumo Sacerdote, e todos os sumos sacerdotes, os anciãos e os mestres da lei se reuniram. 54Pedro seguiu Jesus de longe, até o interior do pátio do Sumo Sacerdote. Sentado com os guardas, aquecia-se junto ao fogo. 55Ora, os sumos sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam um testemunho contra Jesus, para condená-lo à morte, mas não encontravam. 56Muitos testemunhavam falsamente contra ele, mas seus testemunhos não concordavam. 57Alguns se levantaram e testemunharam falsamente contra ele, dizendo: Gr. 58Nós o ouvimos dizer: “Vou destruir este templo feito pelas mãos dos homens, e em três dias construirei um outro, que não será feito por mãos humanas!” L1. 59Mas nem assim o testemunho deles concordava. 60Então, o Sumo Sacerdote levantou-se no meio deles e interrogou a Jesus: L2. Nada tens a responder ao que estes testemunham contra ti? L1. 61Jesus continuou calado, e nada respondeu. O Sumo Sacerdote interrogou-o de novo: L2. Tu és o Messias, o Filho de Deus bendito? L1. 62Jesus respondeu: P. Eu sou. E vereis o Filho do homem sentado à direita do Todo-Poderoso, vindo com as nuvens do céu. L1. 63O Sumo Sacerdote rasgou suas vestes e disse: L2. Que necessidade temos ainda de testemunhas? 64Vós ouvistes a blasfêmia! O que vos parece? L1. Então todos o julgaram réu de morte. 65Alguns começaram a cuspir em Jesus. Cobrindo-lhe o rosto, o esbofeteavam e diziam: Gr. Profetiza! L1. Os guardas também davam-lhe bofetadas 66Pedro estava em baixo, no pátio. Veio uma criada do Sumo Sacerdote, 67e, quando viu Pedro que se aquecia, olhou bem para ele e disse: L2. Tu também estavas com Jesus, o Nazareno! L1. 68Mas Pedro negou, dizendo: L2. Não sei e nem compreendo o que estás dizendo! L1. E foi para fora, para a entrada do pátio. E o galo cantou. 69A criada viu Pedro, e de novo começou a dizer aos que estavam perto: L2. Este é um deles. L1. 70Mas Pedro negou outra vez. Pouco depois, os que estavam junto diziam novamente a Pedro: Gr. É claro que tu és um deles, pois és da Galileia. L1. 71Aí Pedro começou a maldizer e a jurar, dizendo: L2. Nem conheço esse homem de quem estais falando. L1. 72E nesse instante um galo cantou pela segunda vez. Lembrou-se Pedro da palavra que Jesus lhe havia dito: “Antes que um galo cante duas vezes, três vezes tu me negarás”. Caindo em si, ele começou a chorar. 15,1Logo pela manhã, os sumos sacerdotes, com os anciãos, os mestres da lei e todo o Sinédrio, reuniram-se e tomaram uma decisão. Levaram Jesus amarrado e o entregaram a Pilatos. 2 E Pilatos o interrogou: L2. Tu és o rei dos judeus? L1. Jesus respondeu: P. Tu o dizes. L1. 3 E os sumos sacerdotes faziam muitas acusações contra Jesus. 4 Pilatos o interrogou novamente: L2. Nada tens a responder? Vê de quanta coisa te acusam! L1. 5 Mas Jesus não respondeu mais nada, de modo que Pilatos ficou admirado. 6 Por ocasião da Páscoa, Pilatos soltava o prisioneiro que eles pedissem. 7 Havia então um preso, chamado Barrabás, entre os bandidos, que, numa revolta, tinha cometido um assassinato. 8 A multidão subiu a Pilatos e começou a pedir que ele fizesse como era costume. 9 Pilatos perguntou: L2. Vós quereis que eu solte o rei dos judeus? L1. 10Ele bem sabia que os sumos sacerdotes haviam entregado Jesus por inveja. 11Porém, os sumos sacerdotes instigaram a multidão para que Pilatos lhes soltasse Barrabás. 12Pilatos perguntou de novo: L2. Que quereis então que eu faça com o rei dos Judeus? L1. 13Mas eles tornaram a gritar: Gr. Crucifica-o! L1. 14Pilatos perguntou: L2. Mas que mal ele fez? L1. Eles, porém, gritaram com mais força: Gr. Crucifica-o! 5 L1. 15Pilatos, querendo satisfazer a multidão, soltou Barrabás, mandou flagelar Jesus e o entregou para ser crucificado. 16Então os soldados o levaram para dentro do palácio, isto é, o pretório, e convocaram toda a tropa. 17Vestiram Jesus com um manto vermelho, teceram uma coroa de espinhos e a puseram em sua cabeça. 18E começaram a saudá-lo: Gr. Salve, rei dos judeus! L1. 19Batiam-lhe na cabeça com uma vara. Cuspiam nele e, dobrando os joelhos, prostravam-se diante dele. 20Depois de zombarem de Jesus, tiraram-lhe o manto vermelho, vestiram-no de novo com suas próprias roupas e o levaram para fora, a fim de crucificá-lo. 21Os soldados obrigaram um certo Simão de Cirene, pai de Alexandre e de Rufo, que voltava do campo, a carregar a cruz. 22Levaram Jesus para o lugar chamado Gólgota, que quer dizer “Calvário”. 23Deram-lhe vinho misturado com mirra, mas ele não o tomou. 24Então o crucificaram e repartiram as suas roupas, tirando a sorte, para ver que parte caberia a cada um. 25Eram nove horas da manhã quando o crucificaram. 26E ali estava uma inscrição com o motivo de sua condenação: “O rei dos judeus”. 27Com Jesus foram crucificados dois ladrões, um à direita e outro à esquerda. 29Os que por ali passavam o insultavam, balançando a cabeça e dizendo: Gr. Ah! Tu que destróis o templo e o reconstróis em três dias, 30salva- -te a ti mesmo, descendo da cruz! L1. 31Do mesmo modo, os sumos sacerdotes, com os mestres da lei, zombavam entre si, dizendo: Gr. A outros salvou, a si mesmo não pode salvar! 32O Messias, o rei de Israel... que desça agora da cruz, para que vejamos e acreditemos! L1. Os que foram crucificados com ele também o insultavam. 33Quando chegou o meio-dia, houve escuridão sobre toda a terra, até as três horas da tarde. 34Pelas três da tarde, Jesus gritou com voz forte: P. Eloi, eloi, lamá sabactâni?, L1. que quer dizer: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” 35Alguns dos que estavam ali perto, ouvindo-o, disseram: Gr. Vejam, ele está chamando Elias! L1. 36Alguém correu e embebeu uma esponja em vinagre, colocou-a na ponta de uma vara e lhe deu de beber, dizendo: L2. Deixai! Vamos ver se Elias vem tirá-lo da cruz. L1. 37Então Jesus deu um forte grito e expirou. (Todos se ajoelham um instante) L1. 38Neste momento a cortina do santuário rasgou-se de alto a baixo, em duas partes. 39Quando o oficial do exército, que estava bem em frente dele, viu como Jesus havia expirado, disse: L2. Na verdade, este homem era Filho de Deus! L1. 40Estavam ali também algumas mulheres, que olhavam de longe; entre elas, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago Menor e de Joset, e Salomé. 41Elas haviam acompanhado e servido a Jesus quando ele estava na Galileia. Também muitas outras que tinham ido com Jesus a Jerusalém, estavam ali. 42Era o dia da preparação, isto é, a véspera do sábado, e já caíra a tarde. 43Então, José de Arimateia, membro respeitável do Conselho, que também esperava o Reino de Deus, cheio de coragem, veio a Pilatos e pediu o corpo de Jesus. 44Pilatos ficou admirado, quando soube que Jesus estava morto. Chamou o oficial do exército e perguntou se Jesus tinha morrido há muito tempo. 45Informado pelo oficial, Pilatos entregou o corpo a José. 46José comprou um lençol de linho, desceu o corpo da cruz e o envolveu no lençol. Depois colocou-o num túmulo, escavado na rocha, e rolou uma pedra à entrada do sepulcro. 47Maria Madalena, e Maria, mãe de Joset, observavam onde Jesus foi colocado.

– Palavra da salvação. T. Glória a Vós, Senhor

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