sábado, 16 de novembro de 2024

X-REFLEXÃO DOMINICAL IV: “O SOL VAI SE ESCURECER, E A LUA NÃO BRILHARÁ MAIS, AS ESTRELAS COMEÇARÃO A CAIR DO CÉU”

 

X-REFLEXÃO DOMINICAL IV: “O SOL VAI SE ESCURECER, E A LUA NÃO BRILHARÁ MAIS, AS ESTRELAS COMEÇARÃO A CAIR DO CÉU”

Essas são palavras pronunciadas por Jesus e não podemos fazer pouco caso delas. Que as estrelas não são eternas a própria ciência humana o afirma. Que a lua não tem luz própria e que, sem o sol, ela não poderia brilhar, todos sabemos. Que o sol um dia vai se apagar, também a física pode prever: Já que se trata de uma massa incandescente, então, deve existir um combustível. No dia em que o combustível acabar o fogo se apagará. Alguns estudiosos estimam que isso possa acontecer daqui a uns cinco bilhões de anos. Mas, as palavras de Jesus não pretendem nos dar lições sobre física ou fazer previsões futurísticas. De nada adiantaria algum conhecimento prévio de coisas que não se podem evitar ou controlar. O que Jesus ensina está muito claro no mesmo trecho: “O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão”. Sobre a previsões de tempo e de lugar, Ele diz: “Quanto àquele dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas somente o Pai”. E sobre os muitos que, de tempos em tempos, aparecem fazendo previsões catastróficas para o nosso tempo, vale outra palavra de Jesus que diz: “Cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu!’, e ainda: ‘O tempo está próximo’. Não andeis atrás deles!” (Lc 21, 8). O que realmente vale mais a pena é atentar-se à revelação sobre a segunda vinda de Cristo: “Então vereis o Filho do Homem vindo nas nuvens com grande poder e glória”. Interessa, de fato, saber enxergar os sinais dos tempos: “Aprendei, pois, da figueira esta parábola: quando seus ramos ficam verdes e as folhas começam a brotar, sabeis que o verão está perto”. Mais importante do que saber o que vai acontecer com o sol, a lua ou as estrelas é saber o que vai acontecer com os filhos de Deus, conforme a profecia: “Mas os que tiverem sido sábios, brilharão como o firmamento; e os que tiverem ensinado a muitos homens os caminhos da virtude, brilharão como as estrelas, por toda a eternidade” (Dn 12,3). Conforme também a imagem maravilhosa e inspiradora da mulher na visão de São João, que traz consigo esses mesmos astros que deverão extinguir-se: “Então apareceu no céu um grande sinal: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos pés e, sobre a cabeça, uma coroa de doze estrelas” (Ap 12,1). Para isso, o que importa não é adivinhar ou prever os acontecimentos! O que importa é aprender a viver como quem espera, como ensina São Paulo: “Fazei tudo sem murmurar nem comentar, para que sejais irrepreensíveis e íntegros, filhos de Deus sem defeito, no meio de uma geração perversa e corrupta, na qual brilhais como luzeiros no mundo, apegados firmemente à palavra da vida. Assim, no dia de Cristo, terei a glória de não ter corrido em vão, nem trabalhado inutilmente” (Fl 2,14-16). Nesse contexto, a única previsão que nos interessa é a de estarmos com Cristo, conforme nos ensinava também São João: “Verão sua face, e seu nome estará sobre suas frontes. Não haverá mais noite: não se precisará da luz da lâmpada, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus vai iluminá-los e eles reinarão pelos séculos dos séculos” (Ap 22,5). Dom Rogério Augusto das Neves Bispo Auxiliar de São Paulo

https://arquisp.org.br/sites/default/files/folheto_povo_deus/ano-46b-62-33o-domingo-do-tempo-comum.pdf

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