XVII-SANTO AGOSTINHO –
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Santo
Agostinho -
filósofo, teólogo, místico, pastor e defensor dos pobres - é também fonte de
inspiração do estilo de vida da Ordem dos Agostinianos
Recoletos. Mas você conhece sua história? Sabe como um pecador
tornou-se um dos grandes santos de todos os tempos da Igreja Católica? Vamos compartilhar alguns fatos
importantes sobre seu testemunho de conversão, que continua inspirando milhares
de jovens na decisão de viver intimamente unidos a Deus.
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Quem foi Santo Agostinho?
Nasceu
Aurélio Agostinho, em 13 de novembro de 354, em Tagaste, aldeia norte-africana
do Império Romano. Pertenceu a uma família de classe social humilde. O pai,
Patrício, era pagão e de posses que no final da vida se converteu. A mãe,
Mônica, era cristã, ela foi seu principal mestre (depois sendo canonizada).
Teve
formação cristã, mas se desviou da igreja, chegando a participar do
maniqueísmo, doutrina que afirmava existir o dualismo entre o bem e o mal.
Com ajuda
de um mecenas fez estudos superiores de Retórica e Artes Liberais em Cartago.
Também fez curso universitário, aprofundando seus conhecimentos na arte da
retórica.
Viveu uma
vida com fortes atrações carnais, apaixonando-se por uma moça com quem teve um
filho, Adeodato.
Foi
professor em Milão, onde envolvido pela intercessão de Santa Mônica, acabou
frequentando, por causa da oratória, os profundos e famosos Sermões de Santo
Ambrósio. Até que, por meio da Palavra anunciada, a verdade começou a mudar sua
vida.
Converteu-se
com 33 anos, quando foi catequizado e batizado por Santo Ambrósio.
Ordenou-se
Padre (391) em Hipona e, em 395, foi nomeado coadjutor do bispo Valério. Um ano
depois tornou-se bispo de Hipona.
Ordenado sacerdote, conseguiu uma
chácara em Hipona, onde construiu um mosteiro para sua comunidade de irmãos.
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Morte e frutos de sua espiritualidade
Santo Agostinho faleceu com 76
anos de idade (no ano 430).
Foi canonizado e reconhecido como Doutor da Igreja, em 1292, pelo papa
Bonifácio VIII.
O ideal agostiniano estendeu-se a outras partes da África. Alguns dos Irmãos
foram ordenados bispos e levaram, assim, o monacato de Agostinho a outras
Igrejas locais, disseminando pelo mundo a ordem religiosa católica de frades
mendicantes.
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Quais suas principais contribuições para a Igreja?
Foi um dos maiores filósofos e
teólogos cristãos.
Escreveu 232 livros, além de inúmeros tratados, sermões e cartas.
É - junto com São Jerônimo, São Gregório e Santo Ambrósio - um dos quatro
padres mais importantes da Igreja Latina.
Santo Agostinho teve papel importante na fixação da hierarquia na Igreja
Católica e fez a síntese entre a filosofia grega e o pensamento cristão. Fixou
a ideia da vida interior do homem como o palco essencial da construção da
identidade.
Tudo o que viveu e produziu em pouco mais de sete décadas de existência,
permanece, ainda hoje, vibrante e atual. Sua memória continua viva e sua obra
ainda influencia grandes homens do século presente.
Além de incontáveis livros, cartas e sermões, o Bispo de Hipona também deixou
registrado um conjunto de princípios que, posteriormente, fora chamado de
“Regra de Santo Agostinho”.
Poucos escreveram como ele sobre o amor e a caridade. Basta entrar em contato
com quaisquer de seus escritos para perceber, quase que de imediato, que as
palavras mais torneadas por sua pena são justamente estas: amor/“caritas”. Não
por acaso que ele também é conhecido como o “Doutor do amor” ou o “Doutor da
caridade”.
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