PRA COMEÇO DE CONVERSA...
1-
Festa do Batismo do Senhor
O profundo significado do Batismo de Nosso Senhor nas águas do rio
Jordão manifesta a meticulosidade do seu amor por nós.
No Brasil, como a Solenidade da Epifania é transferida para o
domingo, e neste ano ocorre no dia 8 de janeiro, a Festa do Batismo do Senhor é
transferida para a segunda-feira seguinte e se escolhe somente uma leitura para
ser proclamada antes do Evangelho. (cf. Lecionário Dominical, p.102).Mas eu estou colocando os Atos dos Apóstolos também.
02- Liturgia do Batismo do
Senhor –Ano A
Encerrando
o tempo do natal, recordamos o dia em que Jesus foi batizado e manifestou
publicamente a sua adesão ao Pai e à missão que lhe foi confiada. Fazendo
memória do batismo do Senhor, renovamos o nosso batismo e nos propomos a um
maior engajamento na missão.
Celebramos
a páscoa de Jesus Cristo que acontece em todas as pessoas e grupos que,
ultrapassando os seus próprios limites, continuam hoje a missão de Jesus entre
os pobres e pequenos.
Na primeira leitura, extraída do livro do profeta Isaías (Is 42, 1-4,
6-7), o servo de Deus é chamado a levar à terra a justiça e o direito, ele é o
escolhido e nele está o Espírito do Senhor. Sem fazer barulho, e sem arrefecer
a esperança que ainda perdura, ele selará uma aliança com o povo e será a luz para
as nações. É por meio do Espírito de Deus, que ele cumprirá sua missão. Curará
a cegueira espiritual e libertará o povo. Os cristãos, ao fazer uma releitura
dessa narrativa, reconheceram em Jesus o perfeito cumprimento da esperança de
Israel.
O salmo 28 (29), 1-3ac-4.3b.9b-10 é uma
oração de louvor a Deus que age na natureza. A voz do Senhor se faz ouvir em
toda parte; e o salmista presta uma homenagem de louvor a Deus, em sua
presença. O nome de Deus é glorificado nas forças da natureza e no povo que será
assistido por sua providência. O poder de Deus é manifestado através dos
fenômenos da natureza, a fim de recordar a sua ação nos acontecimentos da
história, para que assim seja glorificada a sua majestade.
A segunda leitura, retirada dos Atos dos
Apóstolos, 10, 34-38, narra o discurso de Pedro na casa do centurião romano
Cornélio, após a visão que teve enquanto rezava. Nesta visão lhe é revelado que
Deus não faz distinção entre puros e impuros, judeus e gentios, pois a
distinção não faz parte do seu projeto criador. Pedro teve dificuldades em
superar as barreiras mentais e religiosas, mas o Espírito Santo o conduziu à
compreensão da vontade divina. Desse modo, o apóstolo compreendeu que a
salvação é um dom para todos e, portanto, não é necessário tornar-se judeu para
ser salvo.
Deus manifesta-se a Pedro revelando-se a ele e
a Cornélio com o envio do Espírito Santo. A vinda do Espírito sobre a casa de
Cornélio confirma as palavras de Pedro e legitima o batismo que imediatamente
será conferido aos pagãos.
A narrativa de Mateus, 3, 13-17,
integra o primeiro livro (3, 1 -7,29) que marca o início da atividade pública
de Jesus. No início deste capítulo, João
Batista prega um batismo de conversão, de arrependimento,
em preparação à vinda do Senhor e ao acolhimento de sua mensagem. Jesus se
deixa batizar por João, marcando o começo da sua atividade pública; o batismo
assinala o início de uma nova etapa, na qual Jesus, o servo escolhido pelo Pai,
faz-se próximo aos pecadores e excluídos. Ao deixar-se conduzir pelo Espírito,
ele busca cumprir a vontade de Deus.
O batismo de João é realizado com água, gesto
simbólico; o de Jesus, provém do Espírito Santo. João reconhece que Jesus é o
Messias, por isso protesta em dar a ele o seu batismo. Mas Jesus deseja
realizar toda a justiça, obedecer ao plano divino. Com esse gesto, Jesus dá os
primeiros passos de sua vida pública até à cruz. Para o povo, o batismo era
sinal de arrependimento, para Jesus é a plenitude da justiça, obediência ao
Pai, que o leva a aceitar o seu destino e assumir sua missão.
Com o batismo Jesus é ungido para o ministério
messiânico. Ele não precisava receber o batismo para o arrependimento dos
pecados, mas o recebeu para que se cumprisse toda a justiça. Com esse gesto,
ele mostrou que não era o Messias que Israel esperava, um messias cheio de
triunfo e poder político, mas o Messias que serve, que testemunha em
palavras e ações, e realiza em sua própria vida a vontade do Pai.
Em Jesus estão presentes as duas figuras
anunciadas pelos profetas, a do Filho de linhagem real, e a do Servo sofredor.
Na narrativa, a expressão “os céus se abriram”
designa o retorno da profecia e representa a manifestação divina no batismo de
Jesus.
“Ele viu o Espírito de Deus descer como pomba e
vir sobre ele”, a pomba simboliza a ação do Espírito de Deus que no princípio
dos tempos “pairava sobre a superfície das águas” (Gn 1,2; 8, 8-19), evocando a
nova criação que se inicia em Jesus e em sua missão.
“Este é o meu Filho amado, nele me comprazo
(3,17)”, “meu Filho” é a mesma proclamação que aparece em Isaías 42,1: “Eis o
meu servo a quem amparo, meu bem-amado, no qual a minha alma se compraz”. A
filiação é atribuída pelo próprio Pai. No batismo Jesus é conduzido pelo
Espírito que desce sobre ele, levando-o a assumir a missão que lhe foi
confiada.
Podemos observar que a narrativa é construída
sobre uma estrutura trinitária: a descida do Espírito; a voz do Pai; e o título
de Filho, de modo que as três pessoas da Trindade estavam presentes: o Filho,
recebendo o batismo; o Pai, reconhecendo-o como Filho; e o Espírito Santo,
ungindo-o para que possa assumir sua missão messiânica.
Como batizados, precisamos atuar conforme o Espírito Santo: ele é a
força que Deus nos dá para anunciarmos a justiça e o direito dos mais fracos.
Não podemos usar o Espírito Santo só para nosso gozo pessoal, num
espiritualismo dobrado sobre si mesmo e fechado em nosso comodismo. É
necessário “rasgar” o comodismo, o individualismo e o egoísmo, para denunciar as
injustiças presentes em todos os setores da nossa sociedade. Só assim poderemos
“ver o Espírito de Deus presente”, e ouvir a voz de Deus ecoar na sociedade.
Como batizados, precisamos atuar conforme o Espírito Santo: ele é a força que
Deus nos dá para anunciarmos a justiça e o direito dos mais fracos. Não podemos
usar o Espírito Santo só para nosso gozo pessoal, num espiritualismo dobrado
sobre si mesmo e fechado em nosso comodismo. É necessário “rasgar” o comodismo,
o individualismo e o egoísmo, para denunciar as injustiças presentes em todos
os setores da nossa sociedade. Só assim poderemos “ver o Espírito de Deus
presente”, e ouvir a voz de Deus ecoar na sociedade.
Oração do dia
Ó Deus do universo, força de consolação,
quando o teu filho Jesus mergulhou nas águas do Jordão
e o Espírito desceu sobre ele, tu o proclamaste teu filho amado.
Dá aos teus filhos e filhas, renascidos da água e do Espírito, a graça
de permanecerem sempre na tua comunhão.
Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
03- Assuntos abordados neste Blog Especial:
1.
Liturgia da Palavra;
2.
Reflexão: Batismo do Senhor;
3.
Renovação das promessas batismais;
4.
Santo Agostinho e o Batismo do Senhor;
5.
EM FOCO: “O absolutismo de uma democracia ab:strata é justamente aquilo
que a ameaça”. O autor Pe. José Eduardo afirma categoricamente: “Estamos
caminhando para a ditadura total”;
6.
Algumas Notícias da Igreja Católica:
6.1- Vaticano e Papa
Francisco;
6.2- Igreja Católica do
Brasil:
a) Prazo para a Formação
Ecumênica até o dia 15 de janeiro de 2023;
b) Dom Salm e uma
Entrevista sobre o Ano Vocacional.
7.
Notícias do Novo Governo: Um resumo da Primeira Reunião de Lula com os 37
novos Ministros.
8.
ÚLTIMAS NOTÍCIAS: A INVASÃO ÀS SEDES DOS TRÊS
PODERES- STF, CONGRESSO NACIONAL E PALÁCIO DO PLANALTO.
Mais de 150
manifestantes já foram presos e o Presidente Lula já decretou a Intervenção
Federal no Distrito Federal. Ele disse que os terroristas serão punidos.
Estando em Araraquara(SP), ele chegou a acusar o culpado de tudo isso: o
ex-Presidente Jair Bolsonaro. Voltou a chama-lo de “genocida”. A coisa vai
piorar ainda muito mais com repressões e autoritarismo.
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