OLÁ! PRA COMEÇO DE
CONVERSA...
Este
Domingo recebe dois nomes: “Domingo de Ramos” e “Domingo da Paixão”.
“Domingo de Ramos” porque na procissão
celebramos a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, que foi aclamado pelo Povo
como o Filho de Davi, com ramos de oliveiras e palmas na mão (Jo 12,13).
“Domingo da Paixão” por
que na Missa celebramos o mistério da Paixão e da morte de Cristo. Dizemos
então que a Procissão é a de Ramos, mas a missa é a da Paixão do Senhor, pois
ela marca o início da Semana Santa.
A
aclamação que se faz à Jesus na procissão de Ramos com “Hosana! Bendito o
que vem em nome do Senhor! e as palmas verdes na mão, são um
reconhecimento de que, nas palavras e obras Jesus, se manifestam a presença de
Deus, do Filho de Deus. É um gesto que reconhece que Jesus é Rei, descendente
do Rei Davi, o Messias. Ninguém pode calar esta verdade, pois como diz
Jesus «se eles se calarem, as pedras gritarão» (Lc 19, 40).
As
Palmas que colocaremos nas portas das casas depois de abençoadas, querem nos
lembrar que Jesus é o nosso Rei e que devemos sempre dar-lhe as boas-vindas em
nosso lar. Participar da Procissão significa que queremos nos colocar debaixo
do senhorio desse Messias pobre e humilde e que desejamos ir com ele até a cruz
para participar da sua vitória: “Fiel é esta palavra: se sofrermos com
ele, com ele reinaremos; se morrermos com ele, com ele viveremos!” (2Tm
1,11s). Significa reconhecer Jesus como o Messias que vem para servir e
dar a vida: seu trono será a cruz; a sua coroa, de espinhos. Podemos dizer
que esta é a mais antiga celebração que proclama Cristo nosso Rei.
“Hosana” era uma oração que indicava que o
reino de Davi e, portanto, o reino de Deus sobre Israel, seria restaurado.
Significa que a vinda de Cristo é o início do cumprimento das promessas de Deus
ao seu Povo, é o cumprimento das Sagradas Escrituras que anunciam a vinda do
Messias, do Filho de Deus. O Hosana é cantado em todas as missas através do
Santo: “Hosana nas alturas... bendito o que vem em nome do Senhor”.
Celebrar
a paixão e a morte de Jesus Cristo na Missa é dar-se conta de quão grande é o
amor de Deus pelo ser humano a tal ponto de enviar o seu Filho ao mundo para
salvá-lo. Por amor, Jesus veio ao nosso encontro (Jo 1,14), assumiu os nossos
pecados e fragilidades sobre si, experimentou a fome, o sono, o cansaço, passou
pelas tentações, tremeu perante a morte, suou sangue antes de aceitar a vontade
do Pai. Mesmo traido, abandonado e incompreendido, continuou a amar o ser
humano: “Pai perdoai-lhes porque não sabem o que fazem”.
Jesus
disse que o seu alimento era fazer a vontade do Pai. Ora, a vontade de Deus não
era que seu Filho morresse numa cruz, mas que amasse o ser humano até as
últimas consequências. Esta consequência foi dar a sua vida pela salvação da
humanidade que o rejeitou. Jesus foi um apaixonado pelo ser humano, por isso
fez de tudo para salvá-lo. Neste sentido venerar a Cruz de Cristo
significa contemplar o amor e a entrega total de Jesus a cada um de nós para
nos fazer voltar à comunhão com a Trindade Santa. Significa que somos chamados
também a ser solidários com aqueles que são crucificados neste mundo através de
seus sofrimentos.
A carta aos Filipenses nos afirma que
Jesus foi obediente até morte e morte de Cruz. Obediência não significa abrir
mão da liberdade, mas significa “prestar-lhe ouvidos”, ou seja, somos
convidados a ouvir e viver o que Deus nos diz sobre a nossa missão e vocação,
pois através da obediência a Deus seremos instrumento de salvação do mundo e
quem sabe o que é preciso para salvar o mundo é Deus. Obedecer Deus é unir a
nossa vontade à vontade de Deus Pai, que não quer que nenhum de seus filhos se
percam. Assim obedecer é realizar o projeto divino de amor e salvação do mundo
através de nossas palavras e ações enquanto Povo de Deus.
Deus
Pai não desejou a morte de Cristo, só esperava Dele a fidelidade a seu plano de
amor e salvação. Jesus foi fiel a esta missão até o fim e morreu na cruz
através das mãos daqueles que O rejeitaram e que continuam rejeitando-O nos
dias de hoje. Jesus nos mostra que para enfrentar os momentos difíceis da vida
é preciso abandonar-se confiante nas mãos de Deus Pai, dar espaço para que Ele
possa agir em nossa vida, pois Ele é fonte de salvação, de vida e de
misericórdia.
Pe.
Valdir Luiz Koch.
https://www.pspedrosorriso.com.br/noticias/homilia-dominical--domingo-de-ramos-1149/
Iniciamos a Semana Santa comemorando a entrada messiânica de Jesus em Jerusalém, montado em um jumentinho, como um pobre, e aclamado pela multidão, como um rei. É o Filho do Homem, cuja realeza tem sua manifestação mais plena na cruz. Por isso, esta semana culmina com o Tríduo Pascal, que comemora a morte e ressurreição de Cristo. Imitando o povo de Jerusalém, festejemos a entrada triunfal de Jesus na cidade Santa, e, com Maria, fiquemos junto a Ele ao pé da cruz.
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