sexta-feira, 10 de março de 2023

“'MERITOCRACIA' EM FOCO: SERÁ ESTA A MELHOR EXPLICAÇÃO PARA O SUCESSO E O FRACASSO NA VIDA DO SER HUMANO?"

 

“'MERITOCRACIA' EM FOCO: SERÁ ESTA A MELHOR EXPLICAÇÃO PARA O SUCESSO E O FRACASSO NA VIDA DO SER HUMANO?"

Por Lindolivo Soares Moura (*)

     "Quando  Deus coroa  nossos méritos,  nada mais  faz  que coroar  seus  próprios dons"

       [S. Agostinho]

Sempre fico curioso e particularmente interessado, quando me vejo em meio a um bate-papo ou uma roda de conversa em que a chamada "meritocracia" ocupa o foco das atenções. Os ânimos costumam ficar acalorados, por vezes acirrados, com o termômetro emocional subindo às alturas. É sem dúvida um assunto que mexe com nossas emoções e nossas paixões mais profundas. Mas, como sabemos, a melhor ocasião  para se refletir e avaliar, sobretudo quando assuntos relevantes e decisões importantes estão em jogo, não é quando estamos emocionalmente exaltados, alterados, e menos ainda "possuídos" pela paixão. "A curto prazo - afirma Lou Marinoff - a paixão vence a razão, e quase sempre para o mal; a médio e longo, a razão supera a paixão, e quase sempre para o bem". Uma antiga trovinha popular traz consigo lição parecida, ainda que com diferentes palavras: "cinco sentidos temos, dos cinco necessitamos, mas os cinco nós perdemos, quando nos apaixonamos". A paixão só é boa companheira de viagem quando está sob as rédeas da razão, dizia Benjamin Franklin. Sozinha, ela costuma ser perigosa, produzir consequências das quais muitas vezes acabamos tendo que nos arrepender mais tarde. Isso quando o arrepender-se ainda permite a aquisição de algum tipo de benefício. Mas, da paixão falemos em outro momento! A presente reflexão se debruça sobre outro tema, que buscando ser conciso vou resumir numa única pergunta: será a meritocracia, defendida com "unhas e dentes" nas discussões e rodinhas de bate-papo, a melhor e mais adequada explicação para o sucesso, por um lado, e o fracasso, por outro, na vida do ser humano?

Para refletir sobre esta questão, obviamente outras perguntas precisam ser colocadas. "Texto fora de contexto é pretexto", reza o ditado, e em razão de tal princípio somos obrigados a colocar outras questões em foco, se não quisermos incorrer no risco de responder de forma imprecisa e inadequada a questão principal. A primeira delas, como não poderia deixar de ser, diz respeito ao significado de "meritocracia" que trazemos conosco, quando fazemos uso desse termo em situações diversas. Uma das formas de responder a esta pergunta é verificando quais sinônimos são compatíveis com o termo "mérito" ou "meritocracia". Se formos em busca dessa informação, provavelmente encontraremos um bom número de sentidos e significados à nossa disposição. "Cratos", como sabemos, além de significar a personificação da força e do poder, na figura do titã que leva esse mesmo nome, Cratos, significa também "governo", "forma de governo ou de administração da 'pólis' ou da 'res' pública". Já em relação a mérito, dentre os sinônimos encontrados os dois seguintes parecem ser os mais interessantes: "merecimento" e "qualidade de quem faz jus a reconhecimento". Cabe aqui uma primeira observação: por mais nobre que ele seja, mérito é antes de tudo uma questão de "merecimento", e não de "reconhecimento". A vida está repleta de exemplos de pessoas que "merecem", e que jamais virão a obter reconhecimento, enquanto outras obtêm notório reconhecimento, inclusive público, ainda que muitas vezes sem merecê-lo. Essa observação coloca em cena a questão envolvendo o conceito do "justo", tema que tampouco será objeto de nossa consideração nesse momento, deixando-o quem sabe para uma outra oportunidade.

Feito esse adendo, há que se confrontar com uma nova e correlata questão:  "afinal, o que é merecimento?", ou, melhor dizendo, "que razões ou motivos podem levar um pessoa a se tornar merecedora de reconhecimento"?  Ao buscar responder essa questão, encontramos vários quesitos dentre aqueles que preenchem a pergunta feita. Selecionei vinte deles, considerados como mais relevantes; uma seleção um tanto aleatória, naturalmente, mas não há muito como escapar da aleatoriedade, nesse caso. São eles: aptidão, competência, "normalidade" mental, dom, excelência, talento, oportunidade, idoneidade, inteligência, o próprio merecimento, superioridade, virtude, esforço, "normalidade" física, destreza, experiência, qualificação,  conhecimento, qualidades diversas, e capacidades diversas. Observe-se que "mérito" pode também ser um termo relacionado a outros contextos, como por exemplo: o mérito entendido como "o que há de bom em alguma coisa", ou ainda, a "questão central que orienta uma decisão judicial", e assim por diante. Sugiro que fiquemos apenas com o primeiro sentido, o de "qualidade de quem merece reconhecimento", deixando as demais conotações por conta dos saberes ou disciplinas que para com elas possam ter particular interesse. No nosso caso, as razões ou motivos que podem ser invocados como justificativa do merecimento, podem se resumir nos vinte quesitos elencados  anteriormente.

Agora convido você a fazer um exercício simples, de reflexão e análise. Vamos retomar os vinte motivos ou razões que escolhemos como justificativa para o reconhecimento do mérito - suficientes como  "amostragem" - e classificá-los em três grupos diferentes: primeiro, o grupo em que os motivos ou razões DEPENDEM "MAIS" DE NÓS E DO NOSSO ESFORÇO; em seguida, o grupo daqueles que DEPENDEM "MENOS" DE NÓS E DO NOSSO ESFORÇO; e por fim, aquele grupo em que os motivos ou razões de nosso merecimento DEPENDEM TANTO DE NÓS E DO NOSSO ESFORÇO, QUANTO DE ALGUM DOM OU GRAÇA. Feito isso, e analisado com objetividade e imparcialidade o quadro, poderemos nos perguntar se faz sentido invocar e defender a meritocracia, como sendo a mais justa e adequada forma de justificar tanto o sucesso como o fracasso na vida das pessoas, ou se não seria o caso de  ressignificarmos ou mesmo rematrizarmos nossas crenças e convicções meritocráticas. Pronto para a tarefa? Então vamos lá! A classificação ficaria mais ou menos assim: grupo das razões e motivos que dependem MAIS de nós e do nosso esforço: qualificação, merecimento, virtude, excelência,esforço, experiência,  e...Acho que podemos parar por aqui. Perceba que uma ou outra razão, aqui apontada, poderia sem dúvida ser deslocada para o segundo ou terceiro grupo; decisão favorável a você, portanto, caso seja defensor da meritocracia. Segundo grupo: razões e motivos que dependem MENOS de nós e de nosso esforço: dom, talento, qualidades, inteligência, aptidões físicas, aptidões mentais, "superioridade" conhecimento, e... Também creio que podemos parar por aqui. Finalmente, o terceiro grupo, aquele em que as razões e os motivos do merecimento parecem depender tanto de nós e do nosso esforço, como também de algum dom ou graça que tenhamos recebido: aptidão, competência, idoneidade, capacidade, destreza, e oportunidades. Ufa!!! Nada fácil, não é verdade!?

Feito isso, hora de uma primeira computação sumária dos dados. Vamos lá!? No cômputo geral, temos  06 razões ou motivos que só dependem de nós e do nosso esforço, 08 que não dependem de nós e do nosso esforço diretamente, e 06 que dependem tanto de uma coisa como de outra. Veja que, pelos dados,  aproximadamente setenta por cento  das razões e disposições necessárias para se alcançar o sucesso na vida, NAO DEPENDEM SOMENTE DE NÓS E DO NOSSO ESFORÇO. Como, portanto, poderíamos afirmar que o sucesso é, antes de tudo, mérito nosso? A julgar pelos critérios selecionados e os dados obtidos,  até que se prove o contrário a defesa da "meritocracia", como sendo a melhor explicação e justificativa para o sucesso de uns, e o fracasso de outros, é no mínimo equivocada e injustificada. Puro "achismo"! E como se sabe, "achismo" não é ciência! "Tampouco eu sou cientista!", talvez você contra-argumente! Tudo bem! Ainda assim não podemos nos esquecer da advertência de Gramsci, de que apenas o "bom senso" constitui a parte saudável do senso comum, e não todo ele. Uma coisa é portanto "crer" ou "achar" algo simplesmente por achar, irreflexiva e acriticamente, e outra bem diferente é ter uma percepção ou opinião sobre algo, obtidas por via de análise e reflexão. Afinal, vale lembrar mais uma vez o ensinamento socrático de que "uma vida não refletida não vale a pena ser vivida". Os dados sugerem que temos bons motivos e boas razões para ressignificar, e até rematrizar, se for o caso, nosso conceito de "meritocracia"! A máxima de Oliver Holmes é sem dúvida um ótimo incentivo para que tomemos tal iniciativa: "a mente que se abre para uma nova ideia - diz ele - nunca retorna às suas antigas dimensões". O lembrete de Sólon vem como uma espécie de fechamento: "envelheço aprendendo sempre coisas novas"!

Se formos capazes de deixar por um momento de lado, a paixão exacerbada que costuma entrar em cena quando perguntas provocativas nos são direcionadas, conseguiremos encarar, de frente, a seguinte  interrogação: que tipo de princípio se encontra no cerne da mensagem cristã: "dar ou distribuir a cada um segundo seu mérito, competência e capacidade", ou "dar e distribuir a cada um segundo sua real carência e necessidade"? A primeira comunidade cristã, aquela que acabou não evoluindo por uma série de razões e motivos sobre os quais pouco se fala, mas se imagina, pautava-se ela por qual desses dois princípios: o da meritocracia, isto é, das capacidades  e competências de cada um, ou a real necessidade das pessoas e famílias que faziam parte da comunidade? Seja franco na resposta! Numa certa parábola proferida pelo "Mestre", os egrégios defensores da meritocracia chegaram a se indignar com o patrão porque ele pagava a cada trabalhador "segundo suas carências e necessidades", e não segundo "o número de horas trabalhadas", lembra-se!? O raciocínio que norteava-lhes a mente era puramente "estatístico-matemático": se os primeiros trabalhadores haviam "recebido tanto", apesar de terem trabalhado "tão pouco", eles que haviam "trabalhado tanto", com certeza deveriam  receber o que aqueles haviam recebido, acrescido de "outro tanto". Chegaram até a repreender o patrão, quando viram frustradas suas expectativas e as contas que não "casavam"! Demoraram a perceber que não eram suas contas que estavam erradas, mas suas convicções e seus princípios "meritocráticos"! Estes sim, é que estavam equivocados. "Caíram do cavalo", como acontecera com São Paulo. Só que, no caso de Paulo, a queda significou conversão e mudança de mentalidade! No caso dos reivindicadores "da hora", da parábola, até hoje não se sabe!

Quando defendemos "com unhas e dentes" o princípio da meritocracia, como sendo ele o mais justo e adequado instrumento de regulação das relações humanas, da partilha dos bens de sobrevivência, e da distribuição das riquezas, cometemos um equívoco crasso, ao embasar nosso raciocínio e nossos  argumentos numa presumida igualdade de condições e de oportunidades, a todos facultada. Não é esse o testemunho da vida e da realidade dos fatos. A vida, a natureza, assim como a realidade ou "o que" ou "quem quer" que seja, que no mundo distribua a justiça, de justo tem muito pouco ou quase nada! Ao negar os fatos, malgrado a evidência em contrário dos mesmos, nosso ato de "racionalização" acaba provocando danos irreparáveis. Primeiro, porque nos sentimos como que "justificados" pelo lugar, os privilégios e os benefícios com que somos contemplados. Segundo, porque a racionalização e a negação "naturalizam" e intentam justificar "a qualquer preço e custo" o abismo da desigualdade de bens e de direitos que nos cerca. E por fim, porque ao nos "isentar" de responsabilidade e "culpa", para com a existência desse abismo, isenta-nos também da responsabilidade tanto pela busca de solução do problema, como do efetivo quinhão que para com a solução nos cabe. Essa "equação" é terrivelmente egocêntrica e egoísta, além de  desconhecer e ignorar princípios básicos de empatia, sensibilidade, e solidariedade. Se a "dignidade" entra em cena, então, o absurdo ganha ainda mais em profundidade. A teoria meritocrática fere de morte os princípios basilares da convivência humana, princípios de "liberdade", "igualdade" e "fraternidade". Princípios meramente utópicos? Sim, tudo bem, mas isso não os diminui em nada! Utopia não se entende apenas no sentido de algo "irrealizável", mas também como algo "inesgotável", como inexauríveis e inesgotáveis são os grandes sonhos, expectativas e projetos humanos. Contrariamente a tudo isso, o sentimento que impulsiona a meritocracia sequer atinge a estatura de "Philos", cuja regra de ouro é a "reciprocidade", passando mais distante ainda de "Ágape", cuja regra de ouro são a gratuidade e a incondicionalidade, pois flerta o tempo todo com "Eros", cuja razão primeira e última são o prazer e o gozo a qualquer preço ou custo. "Ágape" também não deixa de ser um amor utópico, humanamente difícil de ser praticado, mas estará sempre lá,  no frontispício do horizonte, como um convite e um chamado: "sêde misericordiosos como vosso Pai Celestial é misericordioso"! Haverá sonho ou utopia maior do que esta!? A mentalidade meritocrática não só ignora, como funciona como um "banho de água fria", para com sonhos e projetos de magnitude utópica. Ela é na verdade uma mentalidade mesquinha e sovina, e por isso mesmo, pequena e passível de ser desprezada.

À guisa de conclusão: considerados por Hegel como os dois maiores "mestres" que a humanidade já possuiu - campo filosófico, naturalmente - é difícil aceitar que Platão e Aristóteles tenham justificado a servidão humana - incluindo a escravatura - a partir de premissas filosófico-racionais tidas por ambos como "evidentes". A principal delas consistia em afirmar que os seres humanos nascem desiguais por natureza e essência. Uns -  afirmavam mestre e discípulo - nascem com "alma de ouro": são os pensadores e administradores das "póleis" e da "res-pública"; outros nascem com "alma de prata": são os vigias em tempos de paz e os guerreiros em tempos de guerra; outros, por fim, nascem com "alma de bronze": são os servos e escravos em qualquer tempo e lugar. Pronto! Tudo aparentemente muito bem explicado! Apenas "aparentemente", com certeza! Ainda hoje ouro, prata e bronze, continuam sendo formas de classificação e premiação em diversos desportos e olimpíadas, e isso certamente não é fruto do acaso. Olímpia, cidade grega onde surgiram as famosas "olimpíadas", foi fundada ao que se sabe em 753 a.C., mesma data da fundação de Roma. Avance século ou século e meio mais, e o que temos? - o surgimento da Filosofia! Platão, Aristóteles e outros mais -  gigantes, sem dúvida alguma -  lamentavelmente não refletiram "sobre" a servidão e a escravidão de seu tempo, e sim "refletiram-nas", "espelharam-nas", simplesmente. Seria pedir demais que refletissem "sobre", e não apenas  espelhassem "a" situação social de seu tempo!? Parece fácil, a princípio, mas há pensadores e sociólogos que não conseguem fazer isso dois mil e quinhentos anos depois! Como cobrar ou exigir que eles o fizessem há dois milênios e meio atrás? Para se "julgar" bem, justa e adequadamente, há que se "compreender". "Das ações humanas - dirá mais tarde Espinoza - não se deve zombar, não se deve lamentar, nem tampouco detestar, mas sim compreender". Sem compreensão a condenação é quase sempre inevitável.

O mesmo pode-se dizer em relação a qualquer crença, convicção, ou "verdade", e a  "meritocracia" é apenas uma dentre elas. Uma percepção ou convicção que, como vimos, não se sustenta frente a uma reflexão e uma análise mais profundas. Até que tal reflexão e análise sejam levadas a cabo, entretanto, é certo que muitas posturas iníquas e práticas injustas   estarão sendo assumidas e operadas. É possível que convicções meritocráticas sejam resquícios de crenças bem mais antigas, incrustradas no inconsciente coletivo de certas culturas, quiçá da própria humanidade. A vétero-testamentária "Lei do Talião", por exemplo,   poderia ser compreendida como uma aplicação prática da crença de que "Deus dá ou recompensa a cada um de acordo com seu merecimento": bênçãos e riqueza ao homem justo e temente a Deus, maldições e miséria ao ímpio e incrédulo. A história de  Jó - real ou fictícia, pouco importa - representaria uma ponte entre essa antiga concepção da justiça divina, e uma maneira essencialmente nova de "rematrizá-la", usando palavra da moderna Psicologia. Jó de fato  tinha consciência de não haver pecado nem prevaricado contra Deus, e ainda assim tudo lhe havia sido retirado, exceto a vida, como havia Deus ordenado. Mais tarde ficaria sabendo, pela boca de Eliu, que estava sendo "provado", e não "punido" em decorrência de qualquer injúria ou pecado.

A experiência "arquetípica" de Jó transcende a natureza "bíblico-religiosa" do relato, para se inserir na própria história da humanidade. Ela representa um marco na evolução da concepção de justiça, atribuída a um "Logos" ou Razão Superior", que se supõe ter criado, governar e reger o universo. Revela a percepção mais tardia e aprimorada de que, na história humana, a dor e o sofrimento são aleatórios e universais, sem nenhum mérito em jogo a atrair bênçãos e riquezas, e tampouco nenhum demérito a atrair maldição e miséria. Em Jó, e com ele, a antiga lógica de justiça divina, tida até então como certa e infalível, está como que "em trânsito" para uma concepção nova e melhor elaborada. O Deus justiceiro que distribui de forma justa e rigorosa a cada um segundo seu mérito, sai de cena para dar lugar a uma espécie de "caos e desordem" momentâneos, que exigirão nova elaboração com a evolução da consciência, do tempo e da história.

O fato de Eliu ser um jovem adolescente de apenas dezesseis anos, parece ser também sintomático, como se seu personagem prefigurasse uma nova era e uma nova mentalidade, em que a meritocracia começava a perder de vez, e em definitivo, seu lugar na história. Assim, é possível que as percepções e convicções meritocráticas, que nos tempos atuais ainda insistem e vigoram, possam ser consideradas como uma espécie de resquício ou até mesmo retrocesso dessas crenças e práticas antigas, quiçá imemoriais, da história do gênero humano. Quando diante de um cego ou de um leproso, o discípulo pergunta: "quem pecou, ele ou seus pais?", crenças e percepções meritocráticas estão insistindo em reentrar e retomar a cena. Quando o Mestre responde: "nem um nem outros, nem ele nem seus pais", a intenção é clara e não deixa mais espaço para dúvidas: "meritocracia", já não faz mais, parte da história! Ao menos "nesse mundo", não é assim que as coisas funcionam!

E como para vinho novo são necessários "odres novos", mentalidades novas requerem também crenças e práticas renovadas. Na linguagem do saber psicológico, "rematrizadas e ressignificadas"; na linguagem da espiritualidade, "crescimento espiritual"; e no jargão de algumas religiões, "conversão"  e mudança de vida. Termos e expressões que não são certamente o mais importante! "Evolução", sim,  esse é o nome e o que realmente importa! No presente caso - crenças meritocráticas -  evoluir significa "rematrizar", pois  "ressignificar" é já insuficiente, não basta. Objetivo posto, o desafio está lançado!

 

                     L.S.M.

(*) Reflexão enviada de Vitória(ES) por whatsapp

 

 

 

 

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