CURIOSIDADE
CURIOSIDADES
Geração
"nem-nem": o que é, causas e consequências
Umas das gerações, menos adotada formalmente,
mas constantemente vista em pesquisas e estudos, é a chamada “Geração
Nem-Nem”, formada basicamente por indivíduos que nem estudam, nem
trabalham. Quer saber mais detalhes desse grupo, suas características, causas,
consequências e soluções para suas lacunas? A Revista Quero te explica cada um
desses pontos agora mesmo.
O
que é geração nem-nem?
Como exemplificado brevemente acima, a
expressão “geração nem-nem” foi criada para denominar o grupo de jovens, entre
18 e 24 anos, que nem estudam, nem trabalham. De modo sintético, essa geração é
formada pelos indivíduos que não conseguem seguir seus estudos ou encontram
dificuldades em serem inseridos no mercado de trabalho, pelas mais diversas
razões.
Características
da geração nem-nem
Para te ajudar a entender com maior
aprofundamento quais são as características partilhadas entre as pessoas que a
colocam na mesma geração, separamos uma pequena lista com essas particularidades.
Confira:
·
Enfrentam
dificuldades em serem inseridos no mercado de trabalho;
·
Não
conseguem prosseguir com os estudos;
·
São
financeiramente dependentes;
·
Residem
com familiares;
·
Muitas
vezes são resultado de uma educação precária.
Causas
do aumento da geração nem-nem
De acordo com dados de uma pesquisa realizada
em 2022 pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE),
35,9% dos jovens brasileiros não estudam, nem trabalham. A porcentagem é alta,
colocando o Brasil na segunda posição mundial, atrás apenas da África do Sul.
Esse número pode ser explicado quando observamos algumas causas da geração
nem-nem.
Mudanças
no mercado de trabalho
Com o número de pessoas especializadas e com
experiência disponíveis para contratação, cada vez mais o mercado de trabalho
exige formação e aprimoramento superiores, o que restringe o acesso daqueles
que não prosseguiram com os estudos. Essas mudanças constantes, que podem ir
além da formação e chegar ao formato de atuação e a relação entre os profissionais
e os contratantes, fazem com que atualizações nas habilidades e o investimento
em novas ferramentas de trabalho também sejam requeridas.
Crise
econômica e social
Diferente do que pode parecer, o fenômeno da
geração nem-nem é recente, podendo ser observado desde o final dos anos 90. A
sequência de crises econômicas e sociais pelo qual passamos desde a entrada no
novo milênio refletiu severamente sobre esses jovens, alterando a maneira como
eles encaram o mercado de trabalho tradicional e questões como estabilidade
financeira e satisfação profissional.
Falhas
no sistema educacional
Outro ponto que contribui para o aumento da
falta de oportunidades às quais os jovens podem acessar são as falhas do
sistema educacional em qual eles são inseridos desde a infância. Ausência de
mecanismos de incentivo e inclusão tardia no mercado de trabalho fazem com que,
muitas vezes, esses indivíduos cheguem despreparados para o que os espera na
vida profissional e na sequência de sua formação.
Quais
as consequências da geração nem-nem?
Após procurar entender as causas da geração
nem-nem, é importante se debruçar sobre as consequências desses
motivadores.
Desemprego
Falta de formação, combinada as mudanças
sociais, fazem com que a dificuldade em ser absorvido pelo mercado de trabalho
aumente. Como um ciclo que se retroalimenta, falhas na formação profissional e
ausência de experiência colocam os jovens da geração nem-nem em uma posição de
difícil mudança. Existem vagas de emprego disponíveis, mas não para indivíduos
relativamente novos no mercado de trabalho.
Desigualdade
e exclusão social
Sem acesso à formação de qualidade ou fora da
rota de contratações, muitos jovens que fazem parte da geração nem-nem acabam
sendo empurrados para a exclusão social, contribuindo para o aumento da
desigualdade. Pode se dizer que, o número de jovens que fazem parte da geração
nem-nem é um reflexo direto dessas duas consequências.
Problemas
de saúde mental
Resultado direto do aumento da sobrecarga e
de pressões impostas cada vez mais cedo, muitos jovens começam a perceber os
sintomas de questões de saúde mental antes mesmo de começar a investir em sua
formação ou procurar uma posição de trabalho. Se por um lado a percepção
precoce desses problemas facilita o tratamento adequado, o aumento da recorrência
dessas questões é mais uma consequência da geração nem-nem.
Soluções
para a geração nem-nem enfrentar os desafios do mercado de trabalho
Apesar do alto número de jovens incluídos
nessa geração, muitos deles são empurrados para o grupo dos que nem estudam,
nem trabalham, mesmo sem querer. Por esse motivo, existem algumas questões que
podem ser atacadas para diminuir as chances de ser incluído nesse grupo.
Formação
profissional e técnica
Investir em formação profissional e técnica,
adequada a sua realidade, é um dos primeiros pontos a ser trabalhados e
facilitar a possível inclusão no mercado de trabalho. Com uma infinidade de
cursos disponíveis, em diversas modalidades de ensino e com algumas opções
gratuitas, é possível começar a investir em sua formação ainda hoje e sem sair
de casa.
Empreendedorismo
e inovação
Diante da falta de posições de trabalho que
acolham novos profissionais, muitos jovens veem no empreendedorismo uma
oportunidade de gerar renda e driblar as altas exigências das vagas disponíveis.
Apostando em negócios pautados na inovação, o empreendedorismo jovem já
representa uma parcela significativa dos novos empreendimentos do Brasil.
Políticas
públicas de inclusão social e emprego
A criação e fortalecimento de políticas
públicas de inclusão social e acesso ao emprego tem papel fundamental para
retirada de diversos jovens da geração nem-nem. Com a construção de mecanismos
que facilitem o acesso e assegurem o suporte para a conclusão de formações
voltadas para o mercado de trabalho e a trilha de caminhos profissional, alguns
dos problemas observados nessa geração poderão ser superados.
O
papel das empresas na inclusão da geração nem-nem
Além do protagonismo dos indivíduos que
compõem a geração nem-nem e do papel do poder público com o objetivo de
possibilitar sua formação e inclusão no mercado de trabalho, também cabe as
empresas parte desta responsabilidade.
Programas
de treinamento e desenvolvimento
Contratar indivíduos recém-formados e ainda
sem experiência e vícios de empregos passados, treinando e desenvolvendo esses
profissionais, é um dos papéis que as empresas precisam assumir para contribuir
para a inclusão desses indivíduos em seu quadro de profissionais.
Ações
de diversidade e inclusão
Procurar atuar com grupos excluídos socialmente,
construir ferramentas de inclusão efetivas é outra função que cabe as empresas.
Além de contribuir para a criação de uma cultura organizacional socialmente
diversa, essas ações irão ajudar a desenvolver novas maneiras de encarar velhos
desafios da organização.
Responsabilidade
social
Muito mais que o lucro, ainda é essencial que
as empresas coloquem seu capital a serviços de ações de responsabilidade
social. Além de contribuir para a construção de uma sociedade mais justa,
nessas ações a organização pode encontrar indivíduos fundamentais para o seu
desenvolvimento. Programas de voluntariado e projetos sociais são hoje uma das
principais maneiras de se posicionar no mercado corporativo.
Ter
um curso superior pode mudar isso! Mas, como fazer faculdade pagando barato?
Investir em formação é um dos primeiros
pontos citados para aqueles que querem sair da geração nem-nem e encontrar uma
posição boa no mercado de trabalho. No entanto, durante muito tempo, o acesso
ao ensino superior foi restringindo a um grupo de pessoas com melhores
condições financeiras ou com tempo disponível para cursar uma formação em
período integral.
Hoje, com o fortalecimento de modalidades de
ensino hibrido a distância e a abertura de cursos tecnólogos e de outros tipos
que possibilitam a formação em tempo acelerado e com foco no mercado de
trabalho, esse acesso foi facilitado. Se você tem interesse em iniciar uma
graduação e tem recursos financeiros limitados, você precisa conhecer o Quero
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