OLÁ! PRA COMEÇO DE CONVERSA...
Bem vindos, irmãos e
irmãs, à celebração do Dia do Senhor. Somos a nação santa, o povo eleito e
sacerdotal que, ao redor deste altar, eleva sua ação de graças ao Pai, por
Jesus, na força do Espírito Santo. Como todos os domingos, o Senhor nos
congrega para ouvir a sua voz e para nos dispor a obedecê-lo. Neste domingo,
como Bom Pastor, Ele olha para nós e sente compaixão. Agradeçamos o consolo que
o Senhor nos dá por meio dos pastores que Ele colocou à frente do seu rebanho.
.(Folheto Dominical Povo
de Deus-SP).
Meus irmãos,
Estamos caminhando no
tempo comum, o quotidiano de nossa liturgia que coloca lições diárias de vida
cristã para que todos os cristãos procurem a conversão e a mudança de vida,
caminhando para a meta de santidade e missão que permeia a vida de discípulos
de Nosso Senhor Jesus Cristo para sermos no mundo seus missionários.
A liturgia de hoje
nos fala do discipulado ou do apostolado. Dentro desta novidade devemos
considerar dois pontos básicos: 1) é o próprio Cristo que convoca os seus
apóstolos, daí a afirmação de que o discipulado é uma graça que provém do
Onipotente. O discípulo tem que ter o coração gratuito, generoso, desapegado
das coisas do mundo e voltado para as coisas do Alto, deixando de lado a
auto-suficiência, colocando o seu ministério a serviço da edificação do Reino
de Deus. 2) O discípulo que vai ser enviado deve estar munido de um coração
aberto e compreensivo, sempre tendo presente que é necessário ter compaixão e
grande compaixão pelo pecador, nunca tendo medo de odiar o pecado, mas sempre
receber o pecador de braços abertos, sentindo com o pecador a miséria de sua
condição, anunciando-lhe as maravilhas que provém do Senhor da Vida e do
Seguimento de Seu projeto de edificação da civilização do amor. Aqui cabe
lembrar que Jesus assumiu nossa condição humana para anunciar o tempo da graça.
01- 11º
Domingo do Tempo Comum – Ano A
Neste domingo, a Palavra que vamos refletir recorda-nos a
presença constante de Deus no mundo e a vontade que Ele tem de oferecer aos
homens, a cada passo, a sua vida e a sua salvação. No entanto, a intervenção de
Deus na história humana concretiza-se através daqueles que Ele chama e envia,
para serem sinais vivos do seu amor e testemunhas da sua bondade.
A primeira leitura apresenta-nos o
Deus da “aliança”, que elege um Povo para com ele estabelecer laços de comunhão
e de familiaridade; a esse Povo, Jahwéh confia uma missão sacerdotal: Israel
deve ser o Povo reservado para o serviço de Jahwéh, isto é, para ser um sinal
de Deus no meio das outras nações.
O Evangelho traz-nos o “discurso da
missão”. Nele, Mateus apresenta uma catequese sobre a escolha, o chamamento e o
envio de “doze” discípulos (que representam a totalidade do Povo de Deus) a
anunciar o “Reino”. Esses “doze” serão os continuadores da missão de Jesus e
deverão levar a proposta de salvação e de libertação que Deus fez aos homens em
Jesus, a toda a terra.
A segunda leitura sugere que a
comunidade dos discípulos é fundamentalmente uma comunidade de pessoas a quem
Deus ama. A sua missão no mundo é dar testemunho do amor de Deus pelos homens –
um amor eterno, inquebrável, gratuito e absolutamente único.
https://www.dehonianos.org/portal/11o-domingo-do-tempo-comum-ano-a0/
02- Liturgia do 11.º Domingo do Tempo Comum – Ano
1ª Leitura: Ex 19,2-6a
Salmo Responsorial:
Sl 99
2ª Leitura: Rm
5,6-11
Evangelho: Mt
9,36–10,8
Caros irmãos e irmãs em Cristo!
Após percorrer este tempo riquíssimo do Tempo Pascal e
outras Solenidades sublimes como Pentecostes, a Santíssima Trindade, Corpus
Christi, que acentuam dimensões fortes do Mistério Divino, retornamos ao Tempo
Comum, ou como podemos também chamar: “Tempo Ordinário da Vida da Igreja”.
O Tempo Comum é indispensável na vida da Igreja, pois,
por mais que os “tempos fortes” acentuam dimensões essenciais do mistério da
salvação, é necessário que o quotidiano da nossa vida e de nossas comunidades,
seja celebrado a “partir de todo o mistério de Cristo e da obra da sua
salvação”. É um tempo em que a Igreja proclama através do Evangelho os
ensinamentos e as obras de Cristo no seu quotidiano durante sua vida terrena; e
na relação com o ao Antigo Testamento, faz-nos perceber que a história da
salvação se dá no grande arco da história da humanidade. Sem perder de vista o
centro de toda a história da salvação que acabamos de celebrar: a Páscoa de
Cristo, plenitude da revelação de Deus e de onde brota a força que ilumina toda
nossa caminhada como Igreja.
A Primeira Leitura nos coloca no início do “coração do
Antigo Testamento”, ou seja, a Aliança do Sinai (Ex 19–24). É aqui que
propriamente Israel nasce como “povo consagrado” a Deus. A Aliança é dom de
Deus. No itinerário destes capítulos o Senhor se dá a conhecer e ao mesmo tempo
sela um compromisso mútuo com o povo.
Na marcha dos quarenta anos pelo deserto, o “Sinai” foi o
lugar mais importante da caminhada. No livro dos Números, diz que “acamparam”
ali dois anos, dois meses e vinte dias (cf. Nm 10,11). Esta longa permanência
indica a importância deste tempo para Israel.
No mesmo dia em que chegam, Moisés sobre à presença de
Deus na Montanha Sagrada, e Deus lhe fala. Depois Moisés desce da Montanha e
comunica as Palavras de Deus ao povo. O “subir” e “descer” de Moisés tem um
sentido espiritual: o início de uma relação de amor entre Deus e o povo,
mediado pelo profeta escolhido. É o diálogo de Deus com o ser humano e com o
povo eleito; Seu desejo é de comunicar, não somente leis e decretos, mas a si
mesmo. Se observamos um pormenor no texto, ou seja, os pronomes eu e vós que se
repetem frequentemente, indicam quão estreita e próxima começa a se estabelecer
esta relação de Deus com seu povo.
É muito interessante ler com atenção os vv. 4-6 desta
Primeira Leitura de hoje: cada versículo contempla um tempo: o passado, o presente e o
futuro. No v.
4, o passado: os grandes feitos divinos dos quais foram
testemunhas o povo – “Vistes
o que fiz aos egípcios…”, que indica seu poder libertador. E não
menos a sua assistência amorosa: “…e
vos trouxe até mim”.
O v.
5 indica o presente: o convite de Deus para escutar e cumprir sua Aliança
– “Agora, pois, se obedecerdes à
minha voz e guardardes minha aliança…”. Deus considera o ser humano
como um TU, do qual ele quer relacionar-se de forma pessoal e livre. O v. 6 indica o futuro:
“E vós sereis para mim um reino
de sacerdotes e uma nação santa”. Um reino de sacerdotes, quer
dizer, que este povo não será uma elite, mas ministros da presença divina. Além
desta função sacerdotal, terão também uma função profética: ser nação santa
significa que Israel constituirá um espaço sagrado, consagrado ao único Deus;
seu comportamento exigirá revisão e renovação contínuas, para estarem à altura
da eleição divina.
O Evangelho de Mt 9,36–10,8 é o início do “Discurso
Missionário” de Jesus. Todo o capítulo 10, a grosso modo, trata da missão dos
apóstolos, que continuam a missão de Jesus de curar e proclamar o Reino.
Se damos um pequeno passo atrás, ou seja, lendo o v. 35
temos sinteticamente em três verbos a missão de Jesus: “ensinar, proclamar e curar”.
Sobre estes três “modelos de ação” que os discípulos deverão exercer sua
missão. Depois em 9,36, quando inicia a leitura do Evangelho deste domingo,
Jesus “se enche de compaixão do povo,
porque estão como ovelhas sem pastor”! Jesus se revela como a
“misericórdia do Pai”! O que nos chama a atenção é que ‘ensinar, proclamar e
curar’ não são num primeiro momento uma reflexão teológica, mas uma ação dos
discípulos que se inspira na misericórdia de Jesus. A misericórdia de Jesus
refletida nos discípulos, e nossa hoje, deve terminar com o ‘tempo do
abandono’ e o começo de um novo tempo, onde o ‘pastor zeloso’ de ‘coração
misericordioso’, cuida das ovelhas, ou seja, do povo de Deus.
A messe é grande, diz Jesus no Evangelho de hoje (v. 37). Algo de
importante os discípulos e nós não devemos nos enganar: podemos ajudar no
despertar das vocações para o Reino, mas quem escolhe é Deus: “pedi ao
Senhor da
messe que envie operários para a sua messe”!
Neste sentido, logo em seguida, em 10,1-5, Jesus escolhe
os Doze, ‘a nova comunidade da aliança’, para que sejam seus cooperadores na
missão. E podemos entender que ‘o poder de Jesus’ é comunicado aos Apóstolos,
discípulos e a todos aqueles que hoje na história são escolhidos como operários
da messe para: “ensinar,
proclamar e curar”! (cf. também o v. 8). Os apóstolos são os colaboradores
de Jesus, continuam a sua obra, não apenas mensageiros de “belas palavras de
autoajuda”! Por isso, são designados apóstolos: significa que o enviado
representa fisicamente diante do destinatário aquele que o enviou! Neste
caminho, os apóstolos e nós, colaboradores da missão de Jesus, atualizamos o
Reino concretamente iniciado por Ele.
A segunda leitura é tirada da Carta de São Paulo aos
Romanos 5,6-11, que exalta o amor desinteressado de Jesus por nós! O que somos
interiormente muitas vezes? escravos de nossos pecados! E mesmo assim, Cristo
morreu por nós! Sua morte revela o amor incondicional de Deus por cada pessoa:
um amor doado até o extremo, não por nossa boa conduta, pelo contrário. Não
podemos nos orgulhar, no fundo, de nossos atos de piedade e caridade. Nosso
orgulho reside em Deus, no seu amor que nos dá gratuitamente vida em
abundância.
Já concluindo, estamos no mês do Sagrado Coração de
Jesus, e podemos proclamar: Eis
o Coração que tanto ama os homens!
Lembra-nos São Paulo no capítulo 13 da Primeira
Coríntios: “mesmo que eu fale a língua dos
anjos, o dom da profecia, tenha a fé mais plena, se me falta amor, nada sou”!
Neste tempo em que estamos vivendo de tantas incertezas,
continuemos a meditar com Paulo, Apóstolo: “o
amor é paciente, o amor é serviçal […] não procura o próprio interesse, não se
irrita, não guarda rancor. Ele tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo
suporta” (cf. 1Cor 13s). Muitas pessoas na dor, sofrimento, morte,
desespero e tantas outras mazelas, encontram sempre na Palavra de Deus que
transpira Amor, o seu conforto e esperança!
“Eu sei em quem coloquei minha confiança”! (2Tm 2,12).
“Seu amor é fiel eternamente” (Sl 99,5)
Abençoado Dia do Senhor!
Pe. Claudio Roberto Buss,scj
https://paroquiaamparopvh.org.br/noticia/reflexao-do-11o-domingo-do-tempo-comum-ano-a/
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