À IMPRENSA, BISPOS RESSALTAM ASPECTOS
DE COMUNHÃO E ESCUTA EM MEIO À REALIDADE PLURAL E INDIVIDUALISTA
A terceira coletiva
de imprensa da 61ª Assembleia Geral (AG) da Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil (CNBB), realizada na manhã do sábado, dia 13, teve como pautas a análise
de conjuntura eclesial, o Ano Jubilar, o processo sinodal e a missão do
Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM).
“Nossa meta é Cristo…”
Sobre o Jubileu da
Esperança, com início na noite do Natal de 2024, à imprensa, o arcebispo de
Goiânia (GO) e primeiro vice-presidente da CNBB, dom João Justino de Medeiros
Silva, destacou que “a esperança da humanidade é Jesus Cristo morto e
ressuscitado” e, que, num mundo marcado pela violência e pela guerra, é
importante que os católicos, com o testemunho profético e coerente, “proclamem
a esperança de quem acolhe o Evangelho”.
Dom João Justino
explicou que a Igreja no Brasil aguarda as indicações do Papa Francisco para a
celebração jubilar, mas que já começou a articulação, a fim de dinamizar
pastoralmente a iniciativa por meio de um encontro que ocorreu em Brasília
(DF), para representantes das dioceses, nos dias 29 e 30 de janeiro, com a
assessoria do prefeito do Dicastério para a Evangelização e também coordenador
do Jubileu de 2025, dom Rino Fisichella.
Escuta e proximidade
“Será uma grande
festa do povo de Deus que celebra sua fé e o mistério da redenção”, explicou o
arcebispo de Goiânia ao afirmar que o Papa Francisco presenteia a Igreja com a
oportunidade de olhar a realidade vivida e descobrir os campos que precisam ser
tocados pelo anúncio de Jesus Cristo, “a alegria de nossa esperança”, e
concluiu: “a peregrinação jubilar é uma metáfora do que é a vida. Nossa meta é
Cristo, a vida eterna!”.
O bispo de Camaçari
(BA) e membro da comissão brasileira do Sínodo sobre a Sinodalidade, dom Dirceu
de Oliveira Medeiros, disse que as dioceses do país continuam a caminhada
sinodal a partir da acolhida pastoral do Relatório de Síntese, amplamente
divulgado. Ele enfatizou “que a sinodalidade é novo modo da Igreja se portar no
terceiro milênio”. Retomando o método ‘Conversa no Espírito’, iniciado na 61ª
edição da AG, ele relatou que a dinâmica “tem se mostrado eficaz para o
discernimento eclesial”.
O representante da
CNBB no Sínodo disse que os membros da Igreja estão desafiados a caminhar como
irmãos e irmãs e que também toda a sociedade “é convidada a aprender com método
de escuta e de proximidade”.
Realidade plural
Com o binômio
‘individualização’ e ‘pluralização’, o bispo de Petrópolis (RJ), Joel Portella
Amado, discorreu sobre a análise de conjuntura eclesial enfatizando que os
fiéis e os ministros ordenadores vivem “num mundo marcado por profundas
transformações” e que na realidade plural e individual apresentada, “a
proximidade, o convívio e a cumplicidade”, características das comunidades
eclesiais, evidenciam o testemunho evangélico e realçam o modo solidário de ser
Igreja, “na escuta e no diálogo de todos”.
Renovar as estruturas
No que tange o papel
do CELAM, o bispo auxiliar de Cusco, no Peru, e secretário-geral da entidade,
dom Lizardo Estrada, ressaltou que o episcopado latino-americano, composto por
22 conferências episcopais, “reafirma a comunhão, a fraternidade e a
colegialidade entre si e com o Papa Francisco” e que por meio de cursos e
motivações pastorais, o CELAM “quer renovar as estruturas por meio da conversão
pastoral como discípulos missionários de Jesus Cristo!”, finalizou.
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