REFLEXÃO DOMINICAL I
NA
CRUZ, A VITÓRIA!
Os discípulos buscam
respostas aos últimos acontecimentos. Enquanto rezam, vivem uma expectativa.
Rezar, e esperar... é atitude do bom cristão. Tomé - por algum compromisso ou
desculpa – não participou da primeira reunião. Faltamos também nós, algumas vezes,
à Santa Missa, e damos razões diversas. Será que ainda não passamos pela
experiência com Jesus como os apóstolos? Na próxima reunião, eis que Tomé
estava lá. Ele teve um encontro pessoal com Jesus. Arrependido, “atirou- -se”
na misericórdia do Senhor e exclamou: meu Senhor e meu Deus! Na proximidade com
o Ressuscitado, compreendemos que Jesus é Deus. Mas isto o demônio também sabe!
A diferença é que nós somos de Jesus, enquanto que o anjo decaído é inimigo. Na
Igreja, podemos participar da comunhão com os irmãos. O mundo nos mal- trata,
ridiculariza nossa fé; deseja que acendamos uma vela a Deus e outra ao príncipe
das trevas. Renunciemos essas armadilhas; proclamemos que Jesus ressuscitou:
primeiro, com o testemunho e, depois, com palavras. A tarefa é laboriosa: as
pessoas ficam uma hora na Missa, ouvem a homilia de alguns minutos e, em casa,
veem televisão por quinze horas. Quem mais lhes fala não pensa os pensamentos
de Jesus. Então, acabam optando pelo cami- nho do mundo e não o da Igreja: o
apelo do âncora da TV faz mais adeptos. Há Católicos que “surfam na onda” do
médico que orienta a fazer aborto, da feminista que apedreja a Igreja, da
apresentadora contrária à sã doutrina. Os inimigos da fé desmoralizam a Igreja
que defende a vida. Não raro, querem decidir entre a vida e a morte conforme
seu proveito; e desejariam que o Estado pagasse a conta. Não há contrição para
a morte dos fracos. É a cultura de morte, como chamou São João Paulo II, na
Carta Encíclica Evangelium Vitae. Nós defendemos a vida. É nosso modo Católico
de passar pelo mundo: carregando a Cruz, na Igreja da Cruz! Foi do coração
ferido, na Cruz, que brotaram a misericórdia e os Sacramentos. Neste símbolo,
no madeiro, Deus marcou a salvação. A Festa da Exaltação da Santa Cruz, em seu
prefácio diz: Pusestes no lenho da Cruz a salvação da humanidade, para que a
vida ressurgisse de onde a morte viera. E o que vencera na árvore do paraíso,
na árvore da Cruz fosse vencido. Antes de ser dor, a cruz é sinal de amor. Um
pregador disse: Não foram os cravos que prenderam Jesus àquela Cruz: foi o
amor! Veneramos o símbolo não pelo que é, mas pelo que representa. Quando
fazemos o Sinal da Cruz, indicamos ao demônio a nossa pertença a Deus.
Pertencemos a Deus... na Igreja da Cruz! Por isso somos d’Ele! Tenhamos a
bravura de testemunhar. Os discípulos de Emaús, quando se juntam aos demais,
encontram Jesus outra vez. Ele toma uma refeição com eles e lhes transmite a
paz. O medo dá lugar à alegria, porque a ressureição de Jesus afasta o mal,
vence a morte e dá coragem para o testemunho. Fica conosco, Senhor!
Dom Jorge Pierozan Bispo Auxiliar de São Paulo
https://arquisp.org.br/sites/default/files/folheto_povo_deus/ano-48b-28-3o-domingo-de-pascoa.pdf
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