REFLEXÃO DOMINICAL III
“Crescer devagar, porém sempre!”
Essa
é uma das leis de vida nesta terra: sempre estamos nos desenvolvendo! Em
efeito, todos os viventes estão em constante crescimento até o momento cume da
própria vida, depois começa a senectude que, pouco a pouco, vai levando as
nossas forças. Contudo, enquanto estivermos bem pegados à raiz da vida,
estaremos aqui com os nossos amigos e companheiros celebrando a vida e tantas
coisas boas que ela nos oferece. Também é verdade: bem unidos a Jesus,
conservaremos sempre a jovialidade do nosso existir cristão.
”
Disse-me ele: – “ainda bem que é a pequena”.?Faz tempo, um padre, amigo meu, ligava
e dizia-me que estava com a minha cruz. O que acontece é que eu uso uma pequena
cruz quando estou no confessionário. Chamou-me a atenção a maneira como ele se
expressou e começamos a brincar. Dizia eu: – “eu esqueci a minha cruz, a deixei
com você. É uma pequena, não é
Eu
fiquei pensando depois como é bom ter um irmão que nos ajuda a carregar a cruz,
nem que seja a pequena: é ótimo ter alguém que nos ajude! “Meus filhinhos, não
amemos com palavras nem com a língua, mas por atos e em verdade” (1 Jo 3,18).
Amamos por atos e em verdade quando as nossas palavras são vivas, são vida;
explicam aquilo que fazemos ao mesmo tempo em que as ações mostram aquilo que
falamos. A coerência… como falta na nossa vida de cristãos! Um discípulo de
Cristo tem que semear a paz, o amor, a alegria por onde passa; um discípulo de
Cristo por vezes incomodará, é normal! A sua vida santa será para muitos um
martelo na própria consciência.
Para
que possamos viver assim, tão fiéis a Cristo, é necessário que estejamos muito
unidos a ele. “Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanecer em mim e eu
nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (Jo 15,5). Nós
somos os ramos na videira. Isso significa que não temos vida por nós mesmos, a
temos daquele que é a Vida, a seiva nos vem da videira, que é Cristo. A graça é
o que nos vivifica, que nos anima e nos capacita para que possamos dar frutos
de vida eterna. SEM JESUS NÃO PODEMOS FAZER NADA. Seríamos inúteis,
sobrenaturalmente falando, sem a graça que nos vem do alto. Se não estivéssemos
unidos ao Senhor, seríamos ineficazes, já que toda a nossa eficácia vem de
Deus.
São Paulo escreve aos gálatas falando da
diferença das obras da carne e dos frutos do Espírito; “as obras da carne são
estas: fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, superstição, inimizades,
brigas, ciúmes, ódio, ambição, discórdias, partidos, invejas, bebedeiras,
orgias e outras coisas semelhantes. [...] os que as praticarem não herdarão o
Reino dos céus!” (Gl 5,19-21). Continua o mesmo apóstolo: “o fruto do Espírito
é caridade, alegria, paz, paciência, afabilidade, bondade, fidelidade,
brandura, temperança” (Gl 5,22-23). Como são contrárias as obras da carne dos
frutos do Espírito! As primeiras são para escravizar-nos, trazem a
infelicidade, ainda que no começo pareçam dar a felicidade. Enganam-se aqueles
que pensam assim! Apenas por um momento trazem algum prazer, depois… O que fica
senão a dor de consciência, a angústia, a escravidão no vício, a infelicidade?
Os frutos do Espírito Santo aparecem em todo bom cristão consciente de sua
vocação à santidade e que se esforça para estar unido ao Senhor. A nossa vida
será muito mais saborosa com esses frutos de caridade, paz, alegria etc. Como
as pessoas desejam a paz, desejam ser alegres, desejam a felicidade! O problema
é que vão buscar tudo isso em “outras árvores” que não são videiras
verdadeiras. Jesus é a verdadeira videira, para dar bons frutos que sirvam para
a vida eterna é preciso estar unido a ele.?Nós precisamos dar frutos. Quais
A
paciência é uma virtude importante na vida espiritual. Não esperemos que uma
semente de abacate plantada ontem venha a florescer e produzir abacates hoje.
Não podemos entregar-nos ao desalento na vida interior. Precisamos lutar para
viver o plano de Deus nas nossas vidas. Se quisermos produzir frutos para a vida
eterna é preciso que sejamos podados, que recebamos o adubo; que resistamos a
várias temperaturas, a aridez do vento, as chuvas torrenciais e o sol que chega
a queimar. Virá a primavera, sairão as folhas e as flores, virão os frutos. Só
quem persevera até o fim receberá a salvação, isto é, quem permanece no Senhor.
Pe. Françoá Rodrigues Figueiredo Costa
http://www.npdbrasil.com.br/religiao/rel_hom_gotas0281.htm#msg02
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