sábado, 26 de outubro de 2024

III- Liturgia do 30.º Domingo do Tempo Comum– Ano B

 

III-       Liturgia do 30.º Domingo do Tempo Comum– Ano B

Pouco antes de sua Paixão, Jesus inicia o último trajeto de seu caminho de Jericó a Jerusalém, acompanhado dos seus discípulos e grande multidão. Trata-se do grande retorno do resto do Povo de Deus de que participam o cego e o coxo, a mulher grávida e a que dá à luz, motivo de alegria e exultação para o profeta Jeremias (cf. 1ª leit., Jr 31,7-9). Este retorno da humanidade para Deus é realizado em Cristo Jesus, o sumo sacerdote, tirado do meio dos homens e constituído em favor dos homens em suas relações com Deus (cf. 2ª leit., Hb 5,1-6). Neste seu caminho decisivo para Jerusalém, estava sentado à beira do caminho o mendigo Bartimeu. Ele era cego. Percebendo que Jesus passava, começou a gritar: “Filho de Davi, Jesus, tem compaixão de mim”. Muitos mandam que ele se cale. Mas ele grita mais alto ainda, pedindo compaixão. Jesus se detém e diz: Chamem-no”. Chamaram o cego, dizendo-lhe: “Coragem! Ele te chama. Levanta-te. Deixando seu manto, deu um pulo e foi até Jesus. Estabelece-se o diálogo decisivo: “Que queres que eu te faça?” O cego respondeu: “Mestre, que eu possa ver novamente”. Jesus lhe disse: “Vai, a tua fé te salvou”. No mesmo instante ele recuperou a vista e seguiu-o pelo caminho (cf. Mc 10,46-52). Este trecho deve ser compreendido no contexto da iniciação cristã: ouvir Jesus como uma primeira expressão da fé; o processo de aproximar-se; o despojar-se do homem velho, significado no manto. A participação das outras pessoas e, finalmente, a expressão da aliança: de um lado, a graça de Deus, representada pela recuperação da vista e, de outro, o seguimento de Jesus Cristo ou o segui-Lo pelo caminho. Neste processo é decisiva a fé em Jesus Cristo, o Filho de Davi. Sentir-se necessitado da misericórdia de Deus, acreditar que Ele, por Jesus Cristo, nos pode restituir a vista. E, depois, segui-Lo no caminho que leva a Jerusalém. Jesus escuta o pobre, o cego à beira do caminho. Para curá-lo pede a colaboração dos seus discípulos. Encontra os que o animam: “Coragem! Ele te chama. Levanta-te”. Mas para aproximar-se de Jesus é sempre necessário deixar algo, nem que seja somente o manto. Importante ainda que se queira ver novamente. Então, basta confiar e corresponder: segui-Lo pelo caminho. Nós cristãos já fomos o cego à beira do caminho. Cristo nos chamou e nos fez ver. Com alegria, pois, o seguiremos no seu caminho. (Viver em Cristo - Frei Alberto Beckhauser, O.F.M)

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