sábado, 26 de outubro de 2024

XII- REFLEXÃO DOMINICAL IV: JESUS CURA AS FERIDAS E AS DORES, RESTAURANDO VIDAS

 

XII- REFLEXÃO DOMINICAL IV: JESUS CURA AS FERIDAS E AS DORES, RESTAURANDO VIDAS

 

No Evangelho de Marcos 10, 46-52, temos a emocionante história de Bartimeu, o cego e mendigo. Na entrada da cidade de Jericó, ele clama por Jesus, e, apesar de a multidão tentar silenciá-lo, sua fé e perseverança o fazem ser atendido. Jesus pergunta a Bartimeu: “O que queres que eu te faça?” e o cego responde: “Mestre, que eu veja”. A cura de Bartimeu nos ensina que a fé é um caminho pessoal e que devemos, com coragem, buscar a Jesus em nossas dificuldades e limitações. A sua cura não foi somente física, mas também espiritual, pois a fé de Bartimeu o salvou. Nessa história narrada, Bartimeu não apenas se identificou como cego, mas também como alguém que possuía uma grande fé. Quando soube que Jesus de Nazaré estava passando, ele começou a gritar: “Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim”! A multidão tentou silenciá-lo, mas sua fé o fez clamar ainda mais. Com essa persistência inspiradora, ele nos ensina que, muitas vezes, precisamos ser perseverantes em nossa fé, mesmo diante das dificuldades e obstáculos que surgem. Quando Jesus ouve o clamor de Bartimeu, Ele o chama. A dúvida e o desespero não foram suficientes para impedi-lo de se aproximar do Mestre. Essa interação é significativa; Jesus não apenas conhece as nossas necessidades, mas Ele deseja que nós o busquemos. A pergunta de Jesus: “O que queres que eu te faça?” nos leva a refletir sobre o que realmente desejamos para nossas vidas. Deus está atento aos nossos anseios e nos convida a expressá-los. Ao ter sua visão restaurada, ele é capacitado a seguir Jesus “pelo caminho”. Isso sugere que a verdadeira visão, que vai além da capacidade física de ver, envolve entender o caminho e a missão que Deus tem para nós. A cura nos chama a uma nova vida, cheia de propósito e missão, seguindo o Mestre e buscando viver Sua proposta de amor e serviço. Aqui está um exemplo de reflexão sobre como seguimos Jesus em nossas vidas. A fé vai além da crença; envolve a ação e a vivência dos ensinamentos de Cristo em nosso cotidiano. Nessa história, lembramos que a esperança é sempre uma possibilidade. Mesmo em nossas situações mais difíceis, Deus pode realizar milagres e transformar nossas vidas. Bartimeu representa todos aqueles que, à margem da sociedade, nas periferias geográficas e existenciais, gritam por ajuda. A resposta de Jesus é uma reafirmação de Sua missão: trazer cura, amor e restauração a todos. O texto em epígrafe nos instiga a olhar para nossa própria vida e a refletir sobre nossa fé. Perguntamos a nós mesmos: “Estamos clamando ao Senhor em nossas dificuldades? Temos a coragem de nos aproximar d’Ele e pedir mudanças em nossa vida? E, ao sermos curados, estamos prontos para segui-Lo pelo caminho?” Que possamos ter a fé de Bartimeu, que clama e, ao ser atendido, não hesita em se tornar um verdadeiro discípulo de Cristo.

 

Dom Carlos Silva , OFMCap Bispo Auxiliar de São Paulo

 

 

https://arquisp.org.br/sites/default/files/folheto_povo_deus/ano-46b-58-30o-domingo-do-tempo-comum.pdf

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