REFLEXÃO DOMINICAL I
COMUNHÃO
DOS SANTOS
- Deus é Santo e, desde o início do
mundo, decidiu comunicar a sua santidade ao ser humano. Elegeu um povo, definiu
patriarcas, chamou os profetas, escolheu algumas mulheres. Na plenitude dos
tempos, Jesus, Filho de Deus, que também é Senhor e é Santo, transmitiu a sua
santidade à Igreja, por meio dos sacramentos, que trazem aos homens a vida de
Deus. Por Seu Espírito sustenta e santifica toda a humanidade. Desta forma a
santidade cristã está aberta a todos.
- Hoje, celebramos o mistério da comunhão dos
santos. Eles estão junto de Deus como nossos intercessores, pois compõem o
Corpo Místico de Cristo que é a Igreja dos bem-aventurados. Os santos estão
junto de nós com seus testemunhos, a caridade que viveram que nos servem de
inspiração. Partindo deste princípio podemos refletir sobre a vida dos santos e
sobre seus testemunhos. Estes não são seres especiais, são homens e mulheres
como nós, que souberam doar suas vidas na obediência ao Senhor e no serviço aos
irmãos. Então quem pode ser santo? Deus faz este chamado a cada um de nós. Pelo
Batismo recebemos essa graça. O Papa Francisco em sua Exortação Apostólica
"Alegrai-vos e Exultai: Sobre o chamado à santidade no mundo atual"
nos diz: "Todos somos chamados a ser santos, vivendo com amor e oferecendo
o próprio testemunho nas ocupações de cada dia, onde cada um se encontra"
(n.14). O chamado é para todos. A santidade não é o fruto do esforço humano.
Por mais que tentemos, sozinhos não conseguiremos. A santidade é um dom do amor
de Deus. É a resposta do homem à iniciativa divina.
- Jesus utilizou o termo
"Bem-aventurados", para definir aqueles que fazem a vontade do Pai,
aqueles que são santos e vivem a santidade. Esse termo não é tido aqui como um
prêmio, mas como uma condição de vida, um compromisso, uma missão. As
bem-aventuranças são a promulgação da nova constituição do povo de Deus. Não
tem discriminação, nem fronteiras. A Nova Aliança é estabelecida com os pobres,
aflitos, mansos, famintos e sedentos de justiça. Características dos que são
chamados a viverem a misericórdia, a solidariedade, a pureza e a paz. A Nova e
Eterna Aliança é com todos e para todos. Assim, também é a santidade. Santos
são: os pobres em espírito, aqueles que confiam plenamente em Deus e rejeitam
toda espécie de idolatria (poder, fama, riqueza, imoralidades etc). São os
aflitos aqueles que compartilham o sofrimento dos outros e consolam-se em Deus;
são os mansos, ou seja, os que não respondem à violência com violência e sim
com amor; são os famintos e sedentos de justiça, pois a desejam e praticam; são
os misericordiosos: os que voltam o seu coração para o pobre, o miserável; são
os puros de coração que conservaram a integridade e não agem com segundas
intenções; são os que promovem a paz, pois criam laços de amizade; são os
perseguidos por causa da justiça: os que sofrem para que o projeto de Deus
continue firme. Só consegue viver as Bem-aventuranças quem se deixa conduzir e
sustentar pelo Espírito Santo. Os santos e santas são pessoas que souberam
escutar o chamado do Senhor e foram fiéis a Ele.
- E quanto a nós o que podemos fazer?
Se conseguirmos ser assim, vivendo os valores do Evangelho e seguindo o
testemunho dos santos, herdaremos o grande presente de Deus: seremos chamados
seus filhos (2ª leitura), contados entre o número dos eleitos. Considerados
como os que fizeram a experiência de Jesus Cristo (1ª leitura).
http://diocesedesaomateus.org.br/wp-content/uploads/2022/10/06_11_22.pdf
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