Nova
tradução do missal romano deve usada até o início do Advento
Como foi decidido na última reunião do Conselho Permanente da
CNBB, realizada em março, as comunidades de todo país têm até o Advento para
começar a utilizar os novos textos nas celebrações da missa.
Silvonei José – Aparecida – Vatican
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A Comissão Episcopal para a Liturgia
da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) apresentou, no âmbito
da 60ª Assembleia Geral, 20 de abril, em Aparecida, o processo de adaptação da
Igreja do Brasil à tradução brasileira da terceira edição do Missal Romano.
Como foi decidido na última reunião do Conselho Permanente da CNBB, realizada
em março, as comunidades de todo país têm até o Advento para começar a utilizar
os novos textos nas celebrações da missa.
“O
uso dos textos da terceira edição serão facultativos até o primeiro domingo do
Advento e depois será obrigatório”, explicou o bispo de Paranaguá (PR) e presidente da
Comissão para a Liturgia, dom Edmar Peron.
Na missa do dia 19 de abril, primeiro
dia de assembleia, os bispos já utilizaram os textos da tradução brasileira na
Missa com Vésperas, na Basílica Nacional de Aparecida. A celebração marcou o
início do uso da terceira edição do Missal Romano no Brasil, cujo processo de
tradução e aprovação levou 19 anos.
Dom Edmar explicou que não se trata de
um “novo missal” inaugurando uma nova forma de liturgia, como em 1965 pós
Concílio Vaticano II, mas a tradução da terceira edição típica do Missal
Romano, “o missal pós Concílio Vaticano II, também chamado Missal de Paulo VI”,
ressaltou. A terceira edição foi promulgada em 2002 por São João Paulo II e
revisada em 2008, com o objetivo de incorporar as disposições litúrgicas e
canônicas desde a segunda edição típica, de 1975.
“A Igreja é dinâmica”, afirmou dom
Edmar, e precisava incorporar essa dinâmica nos textos do missal. Mas o
trabalho das conferências não foi apenas inserir coisas novas, ressaltou, mas
principalmente revisar a tradução do missal.
Recepção nas comunidades
Dom Edmar apresentou três aspectos
fundamentais para a recepção do missal nas comunidades. O primeiro é ter claro
que o livro por si só não basta, é preciso “passar do livro à celebração”. E aí
o papel fundamental do bispo em promover uma educação litúrgica. “Nós somos,
pela Cristus Dominus, moderadores, promotores e guardiães de toda
vida litúrgica da nossa Igreja”, reforçou dom Edmar.
O segundo aspecto é rever o modo de
bem celebrar a liturgia. Esta é, explica, um evento de salvação e não apenas
rubricas a serem seguidas. “Não celebramos para observar rubricas, celebramos
com elas o evento de salvação. Rito não é rubrica a ser observada, mas uma ação
de Cristo e da Igreja a ser celebrada”, destaca dom Edmar.
Por fim, não haverá recepção autêntica
do missal se este não se tornar fonte da vida espiritual. Segundo a Sacrossantun
Conciliun, cita o bispo, a “plena e ativa participação de todo o povo”
possibilita que a Liturgia seja, de fato a primeira fonte onde os fiéis vão
beber o “espírito genuinamente cristão” (14).
“A meditação contínua (uma “leitura
orante”) dos textos do missal o tornarão novos e fonte de nossa vida
espiritual”, concluiu dom Edmar.
Folhetos diocesanos
Os textos do missal serão
disponibilizados integralmente pelas Edições CNBB às dioceses que têm folhetos próprios das missas,
em tempo hábil para atender a obrigatoriedade do uso no primeiro domingo do
Advento. As dioceses podem entrar em contato com a editora para solicitar o
material.
Fonte: CNBB
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