1- Olá! Pra começo de conversa...
Na
passagem do ano, quase que invariavelmente as pessoas fazem bons propósitos
para o novo ano. Desejos, sonhos, promessas que, em boa parte, serão
silenciados, abandonados, esquecidos pela voragem do cotidiano, afazeres,
compromissos.
Diante do
ano novo recém-nascido que já aparece calejado pelas intempéries da realidade,
podemos ficar de longe, observando, para ver o que vai acontecer, na ilusão de
que as coisas vão se resolver por si mesmas. Ou, talvez, buscar um refúgio na
rotina das atividades de sempre como se nada disso nos afetasse ou fosse de
nossa responsabilidade. Ou mesmo, de forma maniqueísta, separar a sociedade
entre bons e maus, os outros e nós, e nós, normalmente, somos os bons.
Ao invés
de ver o ano novo, a vida nova, como algo exterior, que acontece e se resolve
por si mesmo, há uma interioridade da vida, do tempo, da história, que está ao
nosso alcance: “vivam bem e com uma vida boa, mudem os tempos... mudem as
pessoas e os tempos serão melhores!” (Santo Agostinho, Sermão 311,8,8”.
Interioridade,
no pensamento genuíno de Santo Agostinho, não significa intimismo, psicologismo
ou voluntarismo. A interioridade é o espaço da inteligência e do coração, a
partir de onde, com o amor bem orientado, podem-se promover grandes mudanças. O
encontro consigo mesmo não é um escapismo da realidade, mas é o caminho da
liberdade e da responsabilidade, que gera compromisso e solidariedade, pois “na
pessoa interior habita a Verdade” (Santo Agostinho, A verdadeira religião 39,72).
O ano não
será novo, a vida não será nova, se não retornarmos a esse começo (ab ovo... novum) que somos nós mesmos. O mundo
talvez não possamos mudar, mas a nós mesmos sim. Ano novo, vida nova! Serão
mesmo novos se nós formos novos. Portanto, “vinho novo em odres novos” (Mt
9,17) e então teremos, de fato, ano novo e vida nova. Um feliz e abençoado Ano
Novo para todos os corações inquieto.
Irmãos e irmãs, um abençoado Ano Novo! O Senhor Deus, por meio de Maria, concedeu-nos
conhecer o Príncipe da Paz, seu Filho e nosso Senhor. Nas lutas e desafios que
nos aguardam neste novo ano que começa, sabemos que poderemos contar com a
intercessão e prece daquela que gerou para nós o Autor da Vida. Suplicando a
Deus suas melhores bênçãos, celebremos neste primeiro dia do ano civil dando
glórias ao Senhor e saudando Maria, Mãe de Deus.
Mesmo depois de um ano com intempéries
climáticas, seca, vendavais, enchentes destruidoras e guerras em vários lugares
do mundo, dificuldades locais diversas, iniciamos este novo ano esperançosos,
com o Dia Mundial da Paz, confiados na proteção da Virgem Maria, na celebração
de sua maternidade divina. Com sua intercessão, queremos viver este novo tempo
no seguimento a seu Filho que recebe o nome de Jesus, nossa salvação e nossa
PAZ verdadeira. Como ela, queremos guardar no coração os dons e os apelos de
Deus. Que ela nos ajude a promover a paz também pelos meios digitais de
comunicação. (... gratidão por 2023; expectativas para este ano... / 57º Dia
Mundial da Paz - "Inteligências Artificiais e Paz": ...).
Caríssimos irmãos e irmãs, sejam todos
bem-vindos! Reunimo-nos para celebrar a Solenidade de Maria, mãe de Deus.
Também neste Dia Mundial da Paz, rendamos graças a Deus por todo amor e cuidado
que Ele tem por nós, na certeza de que trilhará conosco este novo ano civil que
se inicia.
A Solenidade de hoje nos faz
reconhecer a Virgem Maria como a Mãe de Deus, porque Ela é Mãe de Jesus Cristo:
verdadeiro Deus e verdadeiro Homem. É Maria quem acolhe a proposta de Deus e a
concretiza concebendo Jesus, nosso salvador. Maria, mais do que ninguém, pode
nos conduzir a seu Filho, porque ninguém, como Ela, sabe quem é Jesus e como se
relacionar com Ele. Aprendemos com Nossa Senhora a conservar a Palavra de Deus
em nossos corações, sabendo que somos guardados sob as bênçãos divinas e
chamados a compartilhá-las aos irmãos, por todo o mundo.
Neste primeiro dia do ano civil, a
Igreja cele- bra o mistério da maternidade divina realizada em Maria. O príncipe da paz nos veio através da resposta
obediente da Virgem à Deus, inundando, com sua luz, o mundo repleto de
conflitos e divisões. Pelo mistério hoje celebrado, a paz seja estabelebida na
Igreja e no mundo, visto que Aquele que nasceu da Virgem é verdadeiro Deus e
verdadeiro homem
ENTRONIZAÇÃO
Nesta solenidade da Mãe de Deus,
acolhamos com alegria a imagem de Nossa Senhora pedindo sua maternal proteção
para este novo ano civil. Senhora de todos os caminhos... nº 1.007 - A imagem
de Nossa Senhora (Mãe de Deus ou Rainha da Paz) é conduzida pelo corredor e
colocada em um lugar de destaque. Especialmente, perto da bandeira ou cartaz da
'PAZ
Inteligências artificiais e a Paz
Ao divulgar o tema para este Dia
Mundial da Paz, em 8 de agosto passado, o Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento
Humano Integral, Organismo da Cúria Romana, disse que o Papa pede "um
diálogo aberto sobre o significado dessas novas tecnologias" e de se
trabalhar de "forma responsável" ao se produzir e usar esses
dispositivos para estar "a serviço da humanidade e pela proteção da casa
comum". O notável progresso feito no campo da inteligência artificial tem
um impacto cada vez mais profundo na atividade humana, na vida pessoal e
social, na política e na economia. Segundo aquele Organismo, o Papa lembra a
necessidade de se estar vigilante e de se trabalhar para garantir que "uma
lógica de violência e de discriminação" não seja veiculada ao se produzir
e se usar esses dispositivos, em detrimento dos mais frágeis e excluídos:
“Injustiça e desigualdades alimentam conflitos e antagonismos. A urgência de
orientar a concepção e o uso das inteligências artificiais de forma
responsável, para que estejam a serviço da humanidade e da proteção da nossa
casa comum, exige que a reflexão ética seja estendida no âmbito da educação e
do direito.” (Vatican News, 08/8/2023. Ao se redigir este folheto não se tinha
a mensagem do Papa, normalmente divulgada no início de dezembro)
1- Liturgia da Solenidade de
Santa Maria, Mãe de Deus- Ano B;
- As três leituras da Solenidade da Santa Mãe de Deus tratam de bênção,
filiação e salvação. A bênção de Deus sobre todos os seus filhos e filhas
plenifica-se com a presença do "Deus que salva". Jesus é a bênção de
Deus por excelência! A face de Deus que resplandece no meio de nós! Vimos na
primeira leitura tirada do livro dos números a relação entre Deus e o ser
humano que passava pela mediação. A bênção de Deus ao ser humano pecador só era
concedida através de um mediador indicado pelo próprio Deus. A bênção de Aarão,
tal como nos apresenta o livro dos Números, satisfaz três desejos profundos do
ser humano: Primeiro a bênção protetora: "O Senhor te abençoe e te
guarde!" (v. 24). Ele necessita do cuidado de Deus! Com a bênção divina,
sente-se protegido, cercado pelo carinho do Pai. Segundo a bênção do perdão:
"O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face, e se compadeça de ti!"
(v. 25). A face resplandecente do Senhor simboliza comunhão: pois "Deus se
compadece de ti"! O pecador, contrito e humilhado, ao receber a bênção do
Senhor, recebe o seu perdão. O coração compassivo do Pai deixa-se mover pelo
coração contrito de seu filho! Terceira a bênção da paz: "O Senhor volte
para ti o seu rosto e te dê a paz!" (v. 26). A paz, na concepção judaica,
significa celeiros cheios, gado gordo no pasto, todas as dívidas pagas etc.
Ora, o pecado traduz-se numa dívida impagável que temos para com Deus. Apesar
disso, Deus não recusa o seu perdão, a sua paz! –
O Evangelho
vem ressaltar uma cena bonita, cheia da simplicidade onde os primeiros a
receber a Boa Notícia do nascimento do Salvador foram os pastores. Estes
representam duas categorias: A primeira porque eram pessoas que ocupavam um dos
lugares mais baixos da pirâmide social. Eram analfabetos, não conheciam a
Sagrada Escritura, não tinham acesso à vontade de Deus expressa em suas leis.
Além disso, o seu ofício impedia-os da frequência assídua à sinagoga para ouvir
a Palavra de Deus. Com efeito, eram considerados pecadores! Eram desprezados
por todos, pois era comum o rebanho provocar perturbação por onde passava. A
segunda categoria dos pastores apresentada por Lucas representam todos os
profetas do Antigo Testamento que esperavam o Deus Salvador! Os pastores vão
"às pressas a Belém". A alegria nascida da esperança sempre nos põe
"às pressas". Mas "às pressas" só devemos ir à Belém! Lá
não há nada de extraordinário: um menino deitado na manjedoura com seu pai e
sua mãe. O Deus dos profetas, aquele que se põe ao lado dos desvalidos, é um
Deus Misericordioso, cujo poder está no Amor. Para Deus, basta uma manjedoura fria,
aquecida pelo amor de Maria! "Tendo-o visto, contaram o que fora dito
sobre o menino" (v. 17). Aqueles que não conheciam a Palavra de Deus
passam a ser anunciadores da Boa-Nova. Os pecadores anunciam a chegada de Deus!
Quem recebe uma Boa Notícia e se alegra com isso não se cansa de anunciá-la
para que todos participem da mesma alegria. E todos que os ouviam ficavam
maravilhados. (v. 18). "Os pastores voltaram, glorificando e louvando a
Deus por tudo o que tinham visto e ouvido" (v. 20). Eles voltam anunciando
o Evangelho com alegria numa verdadeira festa litúrgica. A visita a Belém
provoca neles uma verdadeira transformação: voltam como missionários da
Boa-Nova, celebrando o encontro com o Deus Menino, celebrando a vida.
- A Segunda
leitura escrita por Paulo fala que na plenitude dos tempos, Deus enviou ao
mundo seu único Filho (v. 4). Homem no meio dos homens, Jesus trouxe-nos a
filiação divina. Nascido de mulher, portanto sujeito à Lei, ele liberta-nos da
sua sujeição, pois nele toda Lei se cumpriu: ele é a plenitude da Lei. O
fundamento consiste no amor! Amando incondicionalmente a Deus e obedecendo
somente a Ele e, ao mesmo tempo, amando a cada um de nós, Jesus nos ensinou o
que, de fato, consiste em ser filhos de Deus Pai! No amor, recebemos o Espírito
do Filho que clama Abbá (v. 6). É por isso que em Jesus somos herdeiros, não
mais escravos. Com Jesus, o Amor é a nossa Lei!
https://diocesedesaomateus.org.br/wp-content/uploads/2023/11/01_01_24.pdf
Dia Mundial da Paz de 2024: Papa pede diálogo aberto sobre impacto da
inteligência artificial
"Inteligências Artificiais e
Paz": esse é o tema escolhido por Francisco, divulgado na manhã desta
terça (8) pelo Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral. O
Papa pede "um diálogo aberto sobre o significado dessas novas
tecnologias" e de se trabalhar de "forma responsável" ao se
produzir e usar esses dispositivos para estar "a serviço da humanidade e
pela proteção da casa comum".
Andressa
Collet - Vatican News
O Papa
Francisco já escolheu o tema para o Dia Mundial da Paz de 2024, celebrado em 1º
de janeiro: "Inteligências Artificiais e Paz". O
argumento foi divulgado nesta terça-feira (8) pelo Dicastério para o Serviço do
Desenvolvimento Humano Integral através de um comunicado da Sala de Imprensa da
Santa Sé. O notável progresso feito no campo da inteligência artificial tem
um impacto cada vez mais profundo na atividade humana, na vida pessoal e
social, na política e na economia.
Segundo o
Dicastério, o Papa Francisco pede "um diálogo aberto sobre o
significado dessas novas tecnologias, dotadas de potencial disruptivo e de
efeitos ambivalentes". O Pontífice ainda lembra a necessidade de se estar
vigilante e de se trabalhar para garantir que "uma lógica de
violência e de discriminação" não estejam vinculadas ao se produzir e se
usar esses dispositivos, em detrimento dos mais frágeis e excluídos:
“Injustiça e desigualdades
alimentam conflitos e antagonismos. A urgência de orientar a concepção e o uso
das inteligências artificiais de forma responsável, para que estejam a serviço
da humanidade e da proteção da nossa casa comum, exige que a reflexão ética
seja estendida no âmbito da educação e do direito.”
Ao divulgar a inteligência
artificial como tema de reflexão para o Dia Mundial da Paz de 2024, o
Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral ainda destaca a
importância de se "proteger a dignidade da pessoa e o cuidado de uma
fraternidade verdadeiramente aberta a toda a família humana" como
condições indispensáveis para que o desenvolvimento tecnológico contribua para
a promoção da justiça e da paz no mundo.
https://www.vaticannews.va/pt/vaticano/news/2023-08/tema-dia-mundial-da-paz-2024-inteligencia-artificial.html
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