II- OLÁ! PRA COMEÇO DE CONVERSA...
2.1- Sejam
bem-vindos amados irmãos e irmãs!
A cada domingo celebramos, na Liturgia, o
Mistério Pascal de Jesus. Ele nos reúne e nos chama ao discipulado por meio da
sua Palavra e nós devemos responder com fé e disposição as exigências deste
chamado. Neste 4º Domingo do mês vocacional, celebramos o Dia do Evangelizador
e do Catequista, e é neste encontro de comunidade que o Senhor nos anima a
servir com maior alegria e convicção. Este é o sentido de evangelizar! Rezemos
e agradeçamos ao Senhor pela vocação de tantos irmãos e irmãs que vivem e
testemunham o Evangelho na Igreja e na sociedade
"A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras
de vida eterna". A liturgia de hoje nos coloca diante de uma opção
fundamental que é decidir-se por Cristo, pois diante da Nova e Eterna Aliança
que Ele inaugurou exige de todos aqueles que o seguem uma resposta na fé: "Nós
cremos firmemente e reconhecemos que tu és o Santo de Deus". Esta resposta
deve ser feita, na liberdade, com convicção, tendo em vista as exigências e
desafios que derivam desta proposta: "Esta palavra é dura". Muitos
querem um Deus que lhes satisfaça os seus desejos, um Deus que salve sem exigir
compromissos. Daí se compreende o porquê que muitos são os chamados e poucos os
escolhidos.
- Na primeira
Leitura, vemos nitidamente no longo discurso de Josué, sucessor de Moisés,
que Deus escolhe um povo para si e lhe cumula de benefícios, gratuitamente.
Josué recorda os prodígios que Deus realizou para trazê-los até ali, desde o
chamado de Abraão, passando pela libertação do Egito até a conquista da terra
prometida. E agora diante da conquista da terra, exige deles uma decisão:
quereis servir ao Senhor ou os deuses estrangeiros? Os deuses "além do
rio" são mais cômodos, não exigem tanto e nem proíbem isto ou aquilo.
Josué renova o seu compromisso: "Quanto a mim e à minha família, nós
serviremos ao Senhor". O povo, reconhecendo a bondade de Deus e vendo o
testemunho de Josué, também renova a sua aliança servindo ao Senhor.
- O
discurso sobre o "pão da vida" ouvido no Evangelho apresenta que
a verdadeira vida só tem aquele que se põe em comunhão com o Senhor, pois suas
palavras, mesmo duras, são espírito e vida. A fé como adesão é o que
caracteriza o discípulo. E quando se adere, se acolhe as exigências e
consequências dessa adesão. Neste sentido, porém, Jesus nos mostra que a fé é
um dom. É o Pai quem dá a capacidade de viver a vida segundo o Espírito. A
Igreja oferece os meios eficazes para esta vida em comunhão, na experiência de
Deus: a Palavra, os Sacramentos, especialmente a Eucaristia. De modo que nossas
comunidades devem se tornar verdadeiras famílias, unidas na fé e na prática do
amor fraterno.
- O apóstolo Paulo, na segunda Leitura, nos ajuda a entender o grande
mistério do amor de Cristo pela sua Igreja através da reflexão acerca do
matrimônio. Para o Apóstolo a união amorosa entre o homem e a mulher expressa a
união de Cristo e da Igreja. É na doação, no cuidado, no zelo recíproco que
podemos criar verdadeiros laços de unidade e caridade. Na Leitura, vemos que a
concepção de matrimônio está culturalmente ligada à realidade sobrenatural, uma
vez que o amor de Jesus pela Igreja é maior que a referência do amor, íntimo de
um casal. Aqui Paulo revela que este amor está na linha do serviço e da doação
em plenitudes. Pelo amor manifestado na Cruz de Cristo compreendemos o serviço
na família, na Igreja e no mundo.
- Por
fim, neste Dia do Evangelizador e do
Catequista, de todos os ministérios
e serviços na Comunidade, deixemos que o nosso coração seja mais plenamente
transformado por Deus. Para assumir sua vocação na Igreja é preciso deixar-nos
interpelar pelos apelos de Deus e dos irmãos e irmãs. Esforcemo-nos para que a
nossa Comunidade se abra cada dia mais ao serviço e à missão.
https://diocesedesaomateus.org.br/wp-content/uploads/2024/06/25_08_24.pdf
2.2- Liturgia do 21.º Domingo do Tempo Comum– Ano B
a)Saboreai
e vede como o Senhor é bom.
Saboreai
e vede como o Senhor é bom, é o convite que mais uma vez nos é feito pelo
refrão do Salmo intercalar. E as leituras da Missa de hoje, além de nos falar
da infinita bondade do Senhor, indica-nos o caminho a seguir para O podermos
saborear.
Esse
caminho é-nos apresentado pelo exemplo do Povo de Israel, (1ª Leitura) o
comportamento que devem ter os esposos (2ª Leitura) e finalmente a proposta que
Jesus nos faz no Evangelho.
b) O
exemplo do povo de Israel.
Na
primeira Leitura Josué propõe ao Povo de Israel o dilema de o querer ou não
seguir. Depois da travessia do deserto, onde puderam sempre contar com o apoio
do Senhor, vão agora entrar no deserto a caminho na Terra prometida. Vão
encontrar povos pagãos, que, por isso, adoram falsos deuses, mas aos quais
atribuem a proteção que julgam sentir para os frutos dos campos e a saúde e
fertilidade dos animais. É pois necessário que o Povo de Israel, livremente,
não se deixe enganar e claramente faça a sua opção. Seguindo o bom exemplo de
Josué e de sua família, o povo, optou pelo Senhor, passando a sentir o carinho
da Sua presença com milagres constantes.
c)O amor
conjugal – símbolo do Amor de Deus.
A segunda
Leitura realça o significado profundo do verdadeiro amor conjugal: amor que é
serviço, altruísmo, preocupação exclusiva com a felicidade do outro. É afinal
assim o Amor que Deus nos tem. Ele ama-nos deveras, porque quer o nosso bem, a
nossa verdadeira felicidade. Como é bom captar e refletir esse Amor! Esta feliz
realidade quanta felicidade e segurança nos dá nos caminhos da vida. Por
maiores que sejam os obstáculos da existência, todos, com Ele, serão vencidos!
d)A
Eucaristia é expressa o Amor infinito do Senhor.
No
Evangelho, Jesus depois de ter explicado ao Povo, o alimento e bebida que tinha
para lhes dar e vendo que todos O abandonaram, perguntou aos Apóstolos se
também eles se queriam ir embora. Pedro, em seu nome e dos restantes, embora
ainda também não tenha compreendido o alcance das afirmações de Jesus,
respondeu: «Para quem havemos de ir se só Tu tens palavras de vida eterna?».
Procede assim pois acredita e acreditar é aceitar algo que, embora não se
compreenda, se aceita tendo por base a autoridade de quem o afirma. E aqui é o
Senhor que o faz.
Jesus ao
prometer o Seu Corpo e Sangue em alimento, era mesmo do Seu corpo e Sangue que
falava Por isso, repetiu várias vezes essa afirmação e nada tirou ou
acrescentou ao que já tinha afirmado. O povo retira-se pois não estava disposto
a comer o Corpo e beber o Sangue de Jesus. Para eles, tal era inconcebível.
Quando da
Sua instituição, na última Ceia, os Apóstolos receberam-nO sem qualquer
relutância. Hoje nós também o fazemos. Como Deus é bom e como são grandes as
Suas obras!
Comungar
o Senhor, é aceitar verdadeiramente Jesus. Com Ele a nossa vida torna-se
semelhante à Sua. As nossas preocupações e desejos devem passar a ser os seus.
Ele quer a salvação de todos os homens. Esta deve ser uma das nossas grandes
preocupações.
Optar por
Ele, é optar pelo Amor, é ser útil aos outros é já saborear a felicidade da Sua
Bondade.
Que as
ilusões da vida e paixões terrenas não nos enganem. O povo de Israel, mesmo
depois da Aliança do Sinai, como que ainda põe em dúvida tanto amor de Deus, ao
sentir saudades das cebolas do Egito. Que cegueiras tão mesquinhas como essa,
não nos atinjam. As coisas da terra por mais belas e grandiosas que pareçam ou
sejam, não deixam de ser caducas, passageiras. É péssima ação optar pelas
coisas da terra em detrimento de possuir o Senhor de todas elas. Quem
verdadeiramente tem o Senhor tem tudo, quem O não tem, nada possui.
Com a
Aliança do Novo Testamento fomos resgatados pelo Sangue de Jesus que foi todo
derramado por nós no alto do Calvário. A partir de então o Sangue que nos dá
vida é o de Jesus. Passamos a ser consanguíneos do Senhor e uns dos outros.
Toda esta consoladora realidade implica e exige muito amor ao Senhor e uns aos
outros. Todos por um e um por todos. Com Ele e n’Ele, passamos a ser uma só
Família. Como tal importa viver e morrer para sempre saborear.
https://presbiteros.org.br/roteiro-homiletico-xxi-domingo-do-tempo-comum-ano-b/
2.3- Quarta semana
vocacional: vocação dos Leigos e Catequistas
No
quarto domingo das Vocações os leigos cumprem o chamado de Deus. Nesta semana,
a Igreja celebra todos os leigos que, entre família e afazeres, dedicam-se aos
trabalhos pastorais e também missionários, conscientes do chamado de Deus a
participar ativamente da Igreja. Os leigos atuam como colaboradores dos padres
na catequese, na liturgia, nos ministérios de música, nas obras de caridade e
nas diversas pastorais existentes. Ser leigo atuante é ter consciência do
chamado de Deus a participar ativamente da Igreja e do Reino, contribuindo para
a caminhada e o crescimento das comunidades. Assumir esta vocação é doar-se
pelo Evangelho e estar junto a Cristo em sua missão de salvação e redenção.
Também
celebramos o dia do Catequista, sua missão de catequisar mais do que passar as
regras, a doutrina, é promover entre a Pessoa de Jesus e o catequizando um
encontro pessoal. A verdadeira catequese promove um encontro com Jesus, seja
para as crianças, jovens e adultos.
Na
origem, o termo “catequese” diz respeito à proclamação da Palavra. O termo se
liga a um verbo que significa “Fazer”, “Ecoar” (gr. Kat-ekhéo). Assim, ela tem
por objetivo último fazer escutar e repercutir a Palavra de Deus. A catequese
faz parte da ação evangelizadora da Igreja, que envolve aqueles que aderem a Jesus
Cristo. Catequese é o ensinamento essencial da fé, não apenas da doutrina como
também da vida, levando a uma consciente e ativa participação do mistério
litúrgico e irradiando uma ação apostólica.
O
catequista é pessoa que descobre o rosto de Deus nas pessoas, nos pobres, na
comunidade, no gesto de justiça e de partilha e nas realidades do mundo. É
pessoa integrada no seu tempo e identificada com sua gente. “Olha o mundo com
os mesmos olhos com que Jesus contemplava a sociedade de seu tempo” (DGC 16).
O
catequista é ainda uma pessoa em processo de crescimento e de aprendizado,
desde a infância até a velhice. É alguém que sabe que não basta boa vontade: é
preciso atualização. É pessoa de comunicação, capaz de construir comunhão e
cultivar amizades; pessoa capaz de conviver e de fazer a experiência da
partilha em comunidade.
Ser
catequista é assumir a missão de Jesus Cristo, ser verdadeiramente outro
Cristo, ser sinal visível de Deus, fazer ressoar a Palavra de Deus por meio da
vida e dos ensinamentos. Ser catequista é ser Igreja, assumir a identidade de
Igreja e testemunhar a graça e o amor de Deus em comunhão com a Igreja,
Sacramento de salvação.
Catequista,
você é uma pérola especial e um tesouro para Deus e sua amada Igreja. A sua
singular vocação foi gerada no coração de Deus Pai, para que pudesse chegar aos
corações dos seus filhos e filhas com a mensagem da vida – Jesus Cristo.
Leigos e Catequistas: Parabéns!!!
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