sexta-feira, 28 de abril de 2023

PARTILHANDO A PALAVRA DO QUARTO DOMINGO DA PÁSCOA

 

PARTILHANDO A PALAVRA DO QUARTO DOMINGO DA PÁSCOA

- Israel conhecia muito bem a figura do pastor de ovelhas. Essa imagem foi por muito tempo associada às relações com Deus. Os chefes do povo deveriam ser fiéis ao único pastor, no entanto, os interesses egoístas por muitas vezes os levavam a trair o povo e depredar o rebanho.

- Jesus se apresenta como o Pastor, segundo a vontade de Deus. Os que depredaram o povo são ladrões e assaltantes. Ele entra pela porta, porque é o enviado de Deus para conduzir o seu rebanho rumo às verdes pastagens (Sl 22), e Ele também é a Porta, porque é o mediador, isto é, somente por Ele temos acesso ao Pai e ao Reino. Cristo abre para nós essa porta por meio de sua morte e ressurreição.

 - Constituído por Deus Senhor e Cristo, conforme o discurso de Pedro, Jesus, como Pastor, é o guia das ovelhas. Ele conhece bem as suas ovelhas, porque Ele próprio é o "Cordeiro de Deus", que carregou em seu corpo os nossos pecados (2ª Leitura). Ele nos conduz com a autoridade de quem nos ama e deu a sua vida por nós. E o faz por meio de sua Palavra, isto é, ao escutarmos a sua voz, que reconhecemos como a voz do Pastor. Ele caminha à nossa frente e nós seguimos os seus passos, pelo exemplo que Ele nos deixou.

- Em nossos dias, a voz do Pastor se faz ouvir na voz dos pastores que Ele estabeleceu por seu chamado para guiar o seu povo. No texto dos Atos dos Apóstolos, Pedro discursa para a multidão do povo de Israel, cheio do Espírito Santo. O povo se constrange com a pregação de Pedro, pois reconhece em sua voz, a voz do Pastor. Por isso lhe pede um direcionamento: "O que devemos fazer?" E Pedro os guia ao encontro do Senhor: "Convertei-vos e cada um de vós seja batizado".

- A voz do Pastor será reconhecida pelas ovelhas, quando os pastores do povo de Deus os conduzirem ao encontro do Senhor, quando os convidarem a seguir os seus passos, dando-lhes a consciência de que esse caminho está repleto de desafios, mas que deve ser atravessado com a mesma confiança com que canta o salmista: "Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei; estais comigo com o bastão e com o cajado; eles me dão a segurança".

 - Quem são os pastores? O Papa é o pastor supremo. Ele é o centro de unidade e coesão da Igreja. O Bispo é o pastor da Igreja local, sinal da unidade de sua Igreja, mestre e pai da família diocesana. Os párocos e os outros sacerdotes são pastores dedicados ao seu povo na Paróquia, a quem servem com amor, respeito e dedicação exclusiva. Em nossas Comunidades, as figuras das lideranças, dos coordenadores de Comunidade, de pastorais, movimentos e serviços assumem, de certa maneira, um papel de pastoreio, isto é, de liderar e de guiar o povo ao encontro de Jesus. A autoridade que os pastores receberam na Igreja é um sinal do governo do Senhor. Não é uma autoridade absoluta, mas está em relação com o Cristo Ressuscitado. A obediência dos cristãos aos seus pastores também não são uma subordinação, mas a obediência da fé, que se oferece ao Senhor, reconhecido nas pessoas que pastoreiam a Igreja.

- Quanto ao rebanho do povo de Deus, não devem apenas ser exigentes com seus pastores, mas também sentir e manifestar-lhes o profundo amor, impregnado de franqueza, caridade e obediência, como se dedicassem ao próprio Cristo. Esta é a coesão sonhada por Jesus: "As ovelhas escutam a minha voz (na voz dos pastores), eu as conheço (um pastor conhece bem o seu povo) e elas me seguem (obediência da fé)

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