Três regras fundamentais para
os leitores da missa
Por:
Gelsomino del Guercio - Portal Aleteia
Fonte: http://pt.aleteia.org/2015/03/05/3-regras-fundamentais-para-os-leitores-da-missa/
A
Palavra de Deus na celebração litúrgica deve ser proclamada com simplicidade e autenticidade.
O leitor, em resumo, deve ser ele mesmo e proclamar a Palavra sem artifícios
inúteis. De fato, uma regra importante para a própria dignidade da liturgia é a
da verdade do sinal, que afeta tudo: os ministros, os símbolos, os gestos, os
ornamentos e o ambiente".
Também é preciso solicitar a formação
do leitor, que se estende a 3 aspectos fundamentais:
1. A formação
bíblico-litúrgica
O leitor deve ter pelo menos um conhecimento
mínimo da Bíblia: estrutura, composição, número e nome dos livros
do Antigo e Novo Testamentos, seus principais gêneros literários (histórico,
poético, profético, sapiencial etc.). Quem vai ler na missa precisa saber o que
vai fazer e que tipo de texto vai proclamar.
Além disso, precisa ter uma preparação
litúrgica suficiente, distinguindo os ritos e suas partes, e
sabendo o significado do próprio papel ministerial no contexto da Liturgia da
Palavra. Ao leitor corresponde não só a proclamação das leituras bíblicas, mas
também a das intenções da oração dos fiéis e outras partes que lhe são
designadas nos diversos ritos litúrgicos.
2. A preparação técnica
O leitor deve saber como chegar ao ambão e posicionar-se nele, como usar o
microfone e o lecionário, como pronunciar os diversos nomes e termos bíblicos,
de que maneira proclamar os textos, evitando uma leitura apagada ou enfática
demais.
Precisa ter clara consciência de que exerce um ministério público diante
da assembleia litúrgica: sua proclamação, portanto, deve ser ouvida por todos.
o "Verbum Domini" com o qual termina cada leitura não é uma
constatação ("Esta é a Palavra do Senhor"), mas uma aclamação repleta
de assombro, que deve despertar a resposta agradecida de toda a assembleia, o
"Deo gratias": "Graças a Deus".
3. A formação espiritual
A Igreja não contrata atores externos para anunciar a Palavra de Deus, mas
confia este ministério aos seus fiéis, porque todo serviço à Igreja deve
proceder da fé e alimentá-la. O leitor, portanto, precisa procurar cuidar da
vida interior da Graça e dispor-se com espírito de oração e olhar de fé.
Esta dimensão edifica
o povo cristão, que vê no leitor uma testemunha da Palavra que
proclama. Esta, ainda que seja eficaz em si mesma, adquire também, da santidade
de quem a transmite, um esplendor singular e um ministério atrativo.
Do cuidado da própria vida interior do leitor, além do bom senso, dependem
também a propriedade dos seus gestos, do seu olhar, do seu vestir e do
penteado. É evidente que o ministério do leitor implica uma vida pública
conforme os mandamentos de Deus e as leis da Igreja.
Ler na missa é uma
honra, não um direito
Esta tripla preparação deveria constituir uma iniciação prévia à assunção dos
leitores, mas depois deveria continuar sendo permanente, para que os costumes
não se percam. Isso vale para os ministros de qualquer grau e ordem.
É muito útil para o próprio leitor e para a comunidade que todo leitor tenha a
coragem de verificar se ele tem todas estas qualidades e, caso elas diminuam,
saber renunciar a esta função com honradez.
Realizar este ministério é certamente uma honra, e na Igreja isso sempre se
considerou assim. Não
é um direito, mas um serviço em prol da assembleia
litúrgica, que não pode ser exercido sem as devidas habilitações, pela honra de
Deus, pelo respeito ao seu povo e pela própria eficácia da liturgia.
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