sábado, 15 de fevereiro de 2025

IV- LITURGIA DO 6.º DOMINGO DO TEMPO COMUM ANO C;

 

 

 

IV- LITURGIA DO  6.º  DOMINGO DO TEMPO COMUM ANO C;

- A nossa vida é um dom muito precioso que Deus colocou nas nossas mãos. Dom este que deve ser investido da melhor maneira possível.

 

 - Para quais valores devemos direcionar este dom? Quais são as ações em que mais me empenho? Há algumas que são muito disputadas: o sucesso, a carreira, o dinheiro, a beleza, a saúde, a fama, e a maioria das pessoas apostam tudo nelas. Estarão fazendo uma escolha certa?

 

- As leituras deste dia nos convidam a fazermos uma escolha sábia. Alertam-nos sobre o perigo de nos deixarmos iludir por certos valores que todos apreciam, mas que, em verdade, não têm valor algum diante de Deus. Há alguns bens "desvalorizados", bens pelos quais poucos têm a ousadia de comprometer a própria vida. Entretanto, são estes que devem ser procurados. Os homens deste mundo os consideram com desprezo, mas Deus se apresenta como garantia para aqueles que os buscam.

 

 - A primeira leitura começa com uma afirmação clara e precisa: "Maldito o homem que confia em outro homem". As experiências de traição levam-nos a desconfiança. É natural. Mas o que fazer? Ser mais prudente? O significado da angustiante advertência do profeta é outro. Não depositeis a vossa confiança - nos diz ele - nos valores propostos pelos homens. O mundo construído sobre estes valores é como um deserto no qual é impossível habitar; é como um lugar onde não pode existir uma sociedade, onde é impossível viver. A segunda parte da leitura (vv. 7-8) descreve o homem abençoado, aquele que pratica "as ações" corretas, protegidas pelo Senhor. Este assemelha-se à árvore plantada perto da água: mesmo durante o período da seca, conserva as folhas verdes e produz frutos saborosos.

 

 - Perguntemo-nos: Sobre quais valores fundamentamos a nossa vida? Nos bens materiais, na busca dos prazeres a qualquer preço, no roubo, na vingança, na trapaça, na exploração do trabalho dos outros, no egoísmo, nas amizades que nos conduzem à perdição? Estabelecemos como objetivo da nossa vida o sucesso nos negócios, na política, na profissão...? Estamos perdidos! Mas não está escrito que Deus castigará os que se deixam conduzir por esses míseros valores? O profeta simplesmente constata que uma vida construída sobre tais valores está fadada à ruína: de todos esses bens não sobrará nada! Podemos nos questionar: O fundamento da nossa vida está em Deus? Acreditamos que os valores autênticos são a partilha dos bens com os irmãos, a generosidade, o serviço prestado aos outros, o perdão, a busca da reconciliação? O bem praticado, o amor espalhado, a paz construída permanecerão para sempre!

 

 - Na segunda leitura, o apóstolo Paulo exorta a comunidade de Corinto sobre a certeza da ressurreição, uma vez que, eles se encontravam com dúvidas em relação aos membros da comunidade que morreram: "Se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou" (v. 16). E se Cristo não ressuscitou, então as consequências são dramáticas: a fé fica destituída de qualquer fundamento, os que morreram acreditando em Cristo estão perdidos para sempre, desapareceram, é como se nunca tivessem existido. Para esclarecer melhor o seu pensamento, Paulo se serve da comparação com as primícias. Os primeiros frutos não são diferentes do resto da colheita, eles são simplesmente os primeiros. Cristo é como as primícias dos ressuscitados: todos os homens que morrem depois dele o acompanham e têm o mesmo destino. Em Cristo, todos nós temos vida, e vida em abundância.

 

- Um detalhe bonito que o Evangelho de Lucas nos apresenta hoje é esse: Jesus levantando os olhos para os seus discípulos vê neles e em cada um de nós também a pobreza, a fome, o choro, as injustiças, as fadigas, as tribulações. Jesus reconhece nos seus discípulos e em cada um de nós essa possibilidade da vivência das bem-aventuranças. Ele vê e dá um significado diferente, transforma todas essas realidades em bem-aventuranças, em possibilidade de santificação. Bem-aventurado, não pelo sofrimento, pelo choro, pela injustiça ou pela falta de sorte em si, mas porque nesta condição, Deus estará presente. Ele transforma essas realidades em oportunidades de santificação.

 

- Na alegria e na dor, na abundância e na falta, Deus quer estar conosco. Aquele que decide ouvir sozinho, a tribulação, está fadado ao fracasso. Como nos recorda o Papa Francisco: Quer chegar rápido a algum lugar? Vai sozinho. Mas se você quer chegar longe, caminhe com alguém do lado. Deixemos Deus caminhar conosco, vamos viver essa bemaventurança, uma aventura bela de sermos de Deus, de acolhê-lo na nossa vida até mesmo nos momentos mais difíceis. Ele é a nossa companhia; Ele quer ficar sempre do nosso lado!

 

https://diocesedesaomateus.org.br/wp-content/uploads/2025/01/16_02_25.pdf

Nenhum comentário:

Postar um comentário