quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

VII- REFLEXÃO DOMINICAL I- COMO CONHECER A VONTADE DE DEUS

 

 

VII-      REFLEXÃO DOMINICAL I- COMO CONHECER A VONTADE DE DEUS

Na história de Abisai e Davi, relatada no 1º livro de Samuel, em que Davi consegue ter nas mãos a vida de Saul, seu inimigo, vemos duas interpretações diferentes da vontade de Deus: Abisai achava que Deus havia dado a oportunidade a Davi para matar Saul, seu inimigo; já Davi julgava que não se podia erguer a mão contra um ungido do Senhor. Neste caso, a escolha por respeitar o que Deus havia determinado prevaleceu. Isso nos faz pensar: Como conhecer a vontade de Deus? Como saber se estamos vivendo de acordo com esta vontade no cotidiano de nossas vidas? Aqui é preciso lembrar o que S. Pedro nos diz: “O poder divino deu-nos tudo o que contribui para a vida e a piedade, fazendo-nos conhecer aquele que nos chamou por sua glória e sua virtude” (2Pd 1,3). De fato, nós recebemos tudo o que precisamos para conhecer a vontade de Deus. E recebemos de Jesus, aquele que é a Palavra definitiva de Deus para a humanidade, aquele a quem devemos escutar (cf. Mt 17,4). Jesus é o caminho, a verdade e a vida, e sendo assim, procuremos acolher e viver o seu Evangelho, que hoje nos chama mais uma vez à conversão e nos ordena viver e praticar a misericórdia, o perdão, a partilha, o amor aos inimigos, responder ao mal com o bem e dar sem esperar receber, ou seja, amar gratuitamente e sem fazer acepção de pessoas. Vivendo assim, nos diz Jesus, seremos filhos do Altíssimo, O qual é bondoso e compassivo tanto para com os justos quanto para os ingratos e maus, e não nos trata segundo exigem nossas faltas (Sl 102, 10). O amor e a justiça devem ser intrínsecos ao cristão, em toda circunstância e para com todos. É desse modo que refletiremos Cristo para o mundo, seremos imagem do homem celeste, conforme nos lembrou Paulo na 1Cor 15, 49. Somos aqueles que, tendo os pés bem firmes no chão e enraizados na história e na cultura em que vivemos, temos também nosso coração voltado para o alto, isto é, fixos em Jesus para sermos sempre seus discípulos-missionários, sal da terra e luz do mundo. Não há outra forma de fazermos a diferença no mundo, como Povo de Deus, a não ser abraçarmos o exemplo de Jesus e nos colocarmos a seguir seus passos, no amor. Somos discípulos que ouvem e procuram praticar o que o Mestre ensinou e viveu, e somos missionários na medida em que O testemunhamos ao mundo, com nossa vida e nossa palavra. E esse testemunho não é outro senão o testemunho do amor, como nos disse o próprio Jesus: “Nisso todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo 13, 35), e ainda: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos” (Jo 14,15). Portanto, meus irmãos e irmãs, ouçamos atentos a Palavra que hoje Ele nos dirige, procuremos acolhê- -la no coração e transformá-la em ações concretas no nosso dia-a-dia, pois Ele prometeu: “a vossa recompensa será grande, e sereis filhos do Altíssimo” (Lc 6, 35b). Dom Edilson Souza Silva Bispo auxiliar de São Paulo

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