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L IV- LITURGIA
DO 7.º DOMINGO DO TEMPO COMUM- ANO C
- A liturgia deste domingo, com seus textos
sagrados, nos convida a construção de uma nova sociedade, onde as relações
entre as pessoas sejam marcadas pelo amor. Somos convidados a amar. Essa
capacidade de amar nos é garantida porque primeiro fomos amados por Deus.
Jesus, que é a plenitude de amor do Pai, nos amou de forma gratuita e universal
para nos libertar do pecado. A sua entrega por nós foi total. Ele nos convida a
sermos seus discípulos. Por isso como cristãos temos por compromisso moral e de
fé a vivência do amor gratuito para com todos. Assim como Deus nos ama, nosso
amor pelos irmãos deve atingir exigências radicais: amar os inimigos, abençoar
quem nos amaldiçoa, ser generoso, dar a quem nos rejeita e não julgar. Essas
são exigências muito desafiantes, mas é a novidade que Cristo nos apresentou e
viveu. Se não fosse assim ele teria vivido os mesmos valores do mundo. Tudo
continuaria como estava ou ficaria pior. O Amor nos revela uma vida nova e
plena.
- A primeira leitura nos apresenta o rei Saul
que, com seu exército, persegue Davi a quem considera uma ameaça para seu
reinado, pois o povo o apoiava. Na perseguição pelo deserto, o rei Saul e seu
exército adormecem em um sono profundo. Davi tem o rei em suas mãos e a
possibilidade de o matar. Mas, contrariando as opiniões de seus amigos, Davi
reconhece no rei a unção do Senhor, poupalhe a vida, e apenas carrega consigo a
lança e o cantil de água. Com esse gesto de amor, Davi demonstra confiança em
Deus, tira as armas do rei Saul e lhe faz enxergar sua injustiça, ambição e
infidelidade.
- No
Evangelho Jesus nos apresenta uma proposta de amor que não é nada romântica,
mas é desafiante e exigente. Em uma sociedade como a nossa que despreza a vida,
que opta pela vingança, pelo acúmulo e pelo comodismo, Jesus nos convida a amar
os inimigos, a fazer o bem a quem nos persegue, a não se vingar, a ser
solidário, a partilhar e ser prestativo. Este é um novo modo de se relacionar,
agora na gratuidade e na liberdade. Isso, com certeza, nos fará alcançar em
plenitude o grande anseio da humanidade que é viver, amar e ser amada. A missão
de Jesus, na construção desta nova humanidade, é de nos fazer semelhantes ao
Pai: "Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é
misericordioso". (v.36). A misericórdia significa dar o coração aos
míseros, aos que necessitam. Quem possui amor é convidado a amar. Ora, Deus nos
amou por primeiro, logo sou convidado a amar, pois só assim poderei participar
do Reino de Deus "porque com a mesma medida com que medirdes os outros,
vós também sereis medidos" (v.38b).
- Na segunda leitura, com o contraponto entre
Adão e Cristo, Paulo nos garante que a vida nova está em Cristo. Superada a
fragilidade humana com a Ressurreição, Cristo nos dá a garantia da vida nova
que não tem fim. Logo, as pessoas por causa da Ressurreição de Cristo, devem
ser cuidadas, respeitadas e valorizadas. São novas criaturas. - Com isso fica a
grande reflexão para nossa comunidade: tomando consciência dos nossos desafios,
dos nossos pecados e tudo que atrapalha a vida de comunhão, só seremos uma
verdadeira comunidade, corpo de Cristo se formos capazes de acolher e viver
coerentemente o amor.
https://diocesedesaomateus.org.br/wpcontent/uploads/2025/01/23_02_25.pdf
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