quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

IV- LITURGIA DO 7.º DOMINGO DO TEMPO COMUM- ANO C

 

I-         L   IV- LITURGIA DO  7.º DOMINGO DO TEMPO COMUM- ANO C

 

- A liturgia deste domingo, com seus textos sagrados, nos convida a construção de uma nova sociedade, onde as relações entre as pessoas sejam marcadas pelo amor. Somos convidados a amar. Essa capacidade de amar nos é garantida porque primeiro fomos amados por Deus. Jesus, que é a plenitude de amor do Pai, nos amou de forma gratuita e universal para nos libertar do pecado. A sua entrega por nós foi total. Ele nos convida a sermos seus discípulos. Por isso como cristãos temos por compromisso moral e de fé a vivência do amor gratuito para com todos. Assim como Deus nos ama, nosso amor pelos irmãos deve atingir exigências radicais: amar os inimigos, abençoar quem nos amaldiçoa, ser generoso, dar a quem nos rejeita e não julgar. Essas são exigências muito desafiantes, mas é a novidade que Cristo nos apresentou e viveu. Se não fosse assim ele teria vivido os mesmos valores do mundo. Tudo continuaria como estava ou ficaria pior. O Amor nos revela uma vida nova e plena.

 

- A primeira leitura nos apresenta o rei Saul que, com seu exército, persegue Davi a quem considera uma ameaça para seu reinado, pois o povo o apoiava. Na perseguição pelo deserto, o rei Saul e seu exército adormecem em um sono profundo. Davi tem o rei em suas mãos e a possibilidade de o matar. Mas, contrariando as opiniões de seus amigos, Davi reconhece no rei a unção do Senhor, poupalhe a vida, e apenas carrega consigo a lança e o cantil de água. Com esse gesto de amor, Davi demonstra confiança em Deus, tira as armas do rei Saul e lhe faz enxergar sua injustiça, ambição e infidelidade.

 

 - No Evangelho Jesus nos apresenta uma proposta de amor que não é nada romântica, mas é desafiante e exigente. Em uma sociedade como a nossa que despreza a vida, que opta pela vingança, pelo acúmulo e pelo comodismo, Jesus nos convida a amar os inimigos, a fazer o bem a quem nos persegue, a não se vingar, a ser solidário, a partilhar e ser prestativo. Este é um novo modo de se relacionar, agora na gratuidade e na liberdade. Isso, com certeza, nos fará alcançar em plenitude o grande anseio da humanidade que é viver, amar e ser amada. A missão de Jesus, na construção desta nova humanidade, é de nos fazer semelhantes ao Pai: "Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso". (v.36). A misericórdia significa dar o coração aos míseros, aos que necessitam. Quem possui amor é convidado a amar. Ora, Deus nos amou por primeiro, logo sou convidado a amar, pois só assim poderei participar do Reino de Deus "porque com a mesma medida com que medirdes os outros, vós também sereis medidos" (v.38b).

 

- Na segunda leitura, com o contraponto entre Adão e Cristo, Paulo nos garante que a vida nova está em Cristo. Superada a fragilidade humana com a Ressurreição, Cristo nos dá a garantia da vida nova que não tem fim. Logo, as pessoas por causa da Ressurreição de Cristo, devem ser cuidadas, respeitadas e valorizadas. São novas criaturas. - Com isso fica a grande reflexão para nossa comunidade: tomando consciência dos nossos desafios, dos nossos pecados e tudo que atrapalha a vida de comunhão, só seremos uma verdadeira comunidade, corpo de Cristo se formos capazes de acolher e viver coerentemente o amor.

 

https://diocesedesaomateus.org.br/wpcontent/uploads/2025/01/23_02_25.pdf

Nenhum comentário:

Postar um comentário