OLÁ! PRA COMEÇO DE CONVERSA...
1-
Liturgia do 16.º Domingo
do Tempo Comum- C
Em
cada celebração litúrgica, tornamos presente a vida, morte e ressurreição de
Cristo. Na deste domingo, somos convidados a ficar a seus pés de coração aberto
para acolher seus ensinamentos a fim de sempre escolhermos o essencial na vida
e estarmos de mãos abertas para servi-lo nos irmãos e irmãs, especialmente nos
mais necessitados. As atuais Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora em nosso
país propõem a formação de comunidades missionárias com jeito de casa, de
acolhida, de ternura e misericórdia, com acolhimento fraterno e cuidado com as
pessoas.
1-
A
ÚNICA COISA NECESSÁRIA
As
atitudes diferentes de Maria e Marta, as duas irmãs que hospedam Jesus em casa,
levam-nos a refletir sobre como estamos atentos à presença de Jesus em nossa
vida, sobre como valorizamos tal presença, dedicando a ele tempo para ouvir sua
Palavra e assim não reduzir a própria vida a agitações e preocupações.
O
próprio Mestre nos garante que uma só coisa é necessária: reconhecer a
preciosidade de sua presença, pôr-se a seus pés como discípulo, deixar que ele
fale e seja luz em nosso caminho. Mais que transmitir um ensinamento, com suas
palavras Jesus doa a própria vida. Aprender com ele não é entrar em contato com
simples doutrina ou teoria; é sobretudo conhecer uma pessoa e suas opções de
vida, sua compaixão para com os sofredores, seu longo caminho de doação em
favor dos que não têm vida digna.
É
no caminho a Jerusalém, de fato, que Jesus se hospeda na casa de Marta e Maria.
Dedica-lhes tempo, convive e espera delas a atenção para que se realize um
encontro que realmente transforme a vida e transforme as relações, naquela
sociedade em que as mulheres não tinham o direito de aprender com nenhum
mestre. Pois Jesus é Mestre diferente, sem igual, e conta com as mulheres para
realizar sua missão.
A
história das duas irmãs nos mostra assim que, mais importante que fazer as
coisas, é fazê-las segundo o ensinamento de Jesus. A agitação e a preocupação
de Marta a impedem de escutar a palavra do Mestre, como na parábola do
semeador, onde as preocupações sufocam a semente e esta não produz fruto (cf.
Lc 8,14). Maria soube escolher a melhor parte, ou seja, soube reconhecer que,
atentos à palavra de Jesus, nossa vida e nossas ações ganham novo significado.
O
quanto falta da atitude de Maria, a nós que frequentemente nos agitamos e
inquietamos por tantas coisas? Quando aprendemos com o Mestre, reconhecemos a
única coisa necessária, a vida que ele nos doa e que ninguém nos poderá tirar.
Encontramos então, por acréscimo, tudo o mais: a esperança, a fé e o amor que
nos impulsionam a doar-nos como ele se doou.
Pe.
Paulo Bazaglia, ssp
Fonte:http://www.paulus.com.br/portal/o-domingo/17-de-julho-16o-domingo-do-tempo-comum
2-
Contemplação
e ação
No trecho deste domingo, o Evangelista
Lucas narra a visita de Jesus à casa de Marta e Maria, irmãs de Lázaro (cf. Lc
10, 38-42). Elas recebem-no e Maria senta-se aos seus pés para o ouvir; deixa o
que estava a fazer, para estar perto de Jesus: não quer perder nenhuma das suas
palavras. Tudo deve ser posto de lado porque, quando Ele nos vem visitar na
nossa vida, a sua presença e a sua palavra vêm antes de tudo. O Senhor
surpreende-nos sempre: quando realmente nos pomos à sua escuta, as nuvens
dissipam-se, as dúvidas cedem lugar à verdade, os receios à serenidade e as
diferentes situações da vida encontram a posição certa. Quando vem, o Senhor
resolve sempre as coisas, também as nossas. Nesta cena de Maria de Betânia aos
pés de Jesus, São Lucas mostra a atitude orante do crente, que sabe estar na
presença do Mestre para o ouvir e para se pôr em sintonia com Ele. Trata-se de
fazer uma pausa durante o dia, de se recolher em silêncio, por alguns minutos,
para dar espaço ao Senhor que “passa” e para encontrar a coragem de permanecer
um pouco “à parte” com Ele, para depois voltar, com serenidade e eficácia, às
situações da vida de todos os dias. ... Depois há a outra irmã, Marta. São
Lucas diz que foi ela quem acolheu Jesus (cf. v. 38). ... certamente esta
mulher tinha o carisma da hospitalidade. Com efeito, enquanto Maria ouve Jesus,
ela está totalmente ocupada com os numerosos serviços. Por isso, Jesus diz-lhe:
“Marta, Marta, estás inquieta e perturbada com muitas coisas” (v. 41). Com estas
palavras, Ele certamente não tenciona condenar a atitude de serviço, mas
sobretudo a ansiedade com que às vezes ele é vivido. ... Portanto, o Evangelho
de hoje recorda-nos que a sabedoria do coração consiste precisamente em saber
conjugar estes dois elementos: contemplação e ação. Marta e Maria indicam-nos o
caminho. Se quisermos saborear a vida com alegria, devemos associar estas duas
atitudes: por um lado, “estar aos pés” de Jesus, para o ouvir enquanto Ele nos
revela o segredo de tudo; por outro, estar atentos e prontos na hospitalidade,
quando Ele passa e bate à nossa porta, com o rosto do amigo que tem necessidade
de um momento de conforto e fraternidade. ... Maria Santíssima, Mãe da Igreja,
nos conceda a graça de amar e servir a Deus e aos nossos irmãos com as mãos de
Marta e o coração de Maria para sermos artífices de paz e de esperança,
permanecendo sempre à escuta de Cristo. ... (Papa Francisco, oração do Angelus,
21/7/2019)
https://www.diocesedeerexim.org.br/painel/admin/upload/revistas_pdf/rev-358-7.missasjulho-2022.pdf
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