sexta-feira, 15 de julho de 2022

OLÁ! PRA COMEÇO DE CONVERSA...

 

OLÁ! PRA COMEÇO DE CONVERSA...

1-   Liturgia do 16.º Domingo do Tempo Comum- C

 

Em cada celebração litúrgica, tornamos presente a vida, morte e ressurreição de Cristo. Na deste domingo, somos convidados a ficar a seus pés de coração aberto para acolher seus ensinamentos a fim de sempre escolhermos o essencial na vida e estarmos de mãos abertas para servi-lo nos irmãos e irmãs, especialmente nos mais necessitados. As atuais Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora em nosso país propõem a formação de comunidades missionárias com jeito de casa, de acolhida, de ternura e misericórdia, com acolhimento fraterno e cuidado com as pessoas.

 

1-    A ÚNICA COISA NECESSÁRIA

As atitudes diferentes de Maria e Marta, as duas irmãs que hospedam Jesus em casa, levam-nos a refletir sobre como estamos atentos à presença de Jesus em nossa vida, sobre como valorizamos tal presença, dedicando a ele tempo para ouvir sua Palavra e assim não reduzir a própria vida a agitações e preocupações.

O próprio Mestre nos garante que uma só coisa é necessária: reconhecer a preciosidade de sua presença, pôr-se a seus pés como discípulo, deixar que ele fale e seja luz em nosso caminho. Mais que transmitir um ensinamento, com suas palavras Jesus doa a própria vida. Aprender com ele não é entrar em contato com simples doutrina ou teoria; é sobretudo conhecer uma pessoa e suas opções de vida, sua compaixão para com os sofredores, seu longo caminho de doação em favor dos que não têm vida digna.

É no caminho a Jerusalém, de fato, que Jesus se hospeda na casa de Marta e Maria. Dedica-lhes tempo, convive e espera delas a atenção para que se realize um encontro que realmente transforme a vida e transforme as relações, naquela sociedade em que as mulheres não tinham o direito de aprender com nenhum mestre. Pois Jesus é Mestre diferente, sem igual, e conta com as mulheres para realizar sua missão.

A história das duas irmãs nos mostra assim que, mais importante que fazer as coisas, é fazê-las segundo o ensinamento de Jesus. A agitação e a preocupação de Marta a impedem de escutar a palavra do Mestre, como na parábola do semeador, onde as preocupações sufocam a semente e esta não produz fruto (cf. Lc 8,14). Maria soube escolher a melhor parte, ou seja, soube reconhecer que, atentos à palavra de Jesus, nossa vida e nossas ações ganham novo significado.

O quanto falta da atitude de Maria, a nós que frequentemente nos agitamos e inquietamos por tantas coisas? Quando aprendemos com o Mestre, reconhecemos a única coisa necessária, a vida que ele nos doa e que ninguém nos poderá tirar. Encontramos então, por acréscimo, tudo o mais: a esperança, a fé e o amor que nos impulsionam a doar-nos como ele se doou.

Pe. Paulo Bazaglia, ssp

Fonte:http://www.paulus.com.br/portal/o-domingo/17-de-julho-16o-domingo-do-tempo-comum 

 

 

 

 

2-    Contemplação e ação

 

No trecho deste domingo, o Evangelista Lucas narra a visita de Jesus à casa de Marta e Maria, irmãs de Lázaro (cf. Lc 10, 38-42). Elas recebem-no e Maria senta-se aos seus pés para o ouvir; deixa o que estava a fazer, para estar perto de Jesus: não quer perder nenhuma das suas palavras. Tudo deve ser posto de lado porque, quando Ele nos vem visitar na nossa vida, a sua presença e a sua palavra vêm antes de tudo. O Senhor surpreende-nos sempre: quando realmente nos pomos à sua escuta, as nuvens dissipam-se, as dúvidas cedem lugar à verdade, os receios à serenidade e as diferentes situações da vida encontram a posição certa. Quando vem, o Senhor resolve sempre as coisas, também as nossas. Nesta cena de Maria de Betânia aos pés de Jesus, São Lucas mostra a atitude orante do crente, que sabe estar na presença do Mestre para o ouvir e para se pôr em sintonia com Ele. Trata-se de fazer uma pausa durante o dia, de se recolher em silêncio, por alguns minutos, para dar espaço ao Senhor que “passa” e para encontrar a coragem de permanecer um pouco “à parte” com Ele, para depois voltar, com serenidade e eficácia, às situações da vida de todos os dias. ... Depois há a outra irmã, Marta. São Lucas diz que foi ela quem acolheu Jesus (cf. v. 38). ... certamente esta mulher tinha o carisma da hospitalidade. Com efeito, enquanto Maria ouve Jesus, ela está totalmente ocupada com os numerosos serviços. Por isso, Jesus diz-lhe: “Marta, Marta, estás inquieta e perturbada com muitas coisas” (v. 41). Com estas palavras, Ele certamente não tenciona condenar a atitude de serviço, mas sobretudo a ansiedade com que às vezes ele é vivido. ... Portanto, o Evangelho de hoje recorda-nos que a sabedoria do coração consiste precisamente em saber conjugar estes dois elementos: contemplação e ação. Marta e Maria indicam-nos o caminho. Se quisermos saborear a vida com alegria, devemos associar estas duas atitudes: por um lado, “estar aos pés” de Jesus, para o ouvir enquanto Ele nos revela o segredo de tudo; por outro, estar atentos e prontos na hospitalidade, quando Ele passa e bate à nossa porta, com o rosto do amigo que tem necessidade de um momento de conforto e fraternidade. ... Maria Santíssima, Mãe da Igreja, nos conceda a graça de amar e servir a Deus e aos nossos irmãos com as mãos de Marta e o coração de Maria para sermos artífices de paz e de esperança, permanecendo sempre à escuta de Cristo. ... (Papa Francisco, oração do Angelus, 21/7/2019)

 

https://www.diocesedeerexim.org.br/painel/admin/upload/revistas_pdf/rev-358-7.missasjulho-2022.pdf

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