SANTOS DA PRIMEIRA SEMANA DE AGOSTO EM DESTAQUE
01de agosto Memória de Santo Afonso Maria de
Ligório
Santo
Afonso Maria de Ligório nasceu
em Marianella, perto de Nápoles, a 27 de setembro de 1696. Era o primogênito de
uma família bastante numerosa, pertencente à nobreza napolitana. Recebeu uma
esmerada educação em ciências humanas, línguas clássicas e modernas, pintura e
música. O jovem Afonso recebeu a formação completa para ser um cidadão da
classe nobre. Era um jovem normal da sociedade napolitana.
Sua
formação humana e espiritual foi esmerada. Sua mãe e seu pai lhe ensinaram um
profundo amor a Jesus Cristo visto como o Menino de Belém, o Crucificado, o
Jesus da Eucaristia, e Maria. Afonso aprendeu a buscar a perfeição humana e
espiritual. Procurava viver na graça de Deus e não pecar. Desde pequeno
participa da vida de comunidade, pertencendo a diversos grupos pastorais para
convivência, crescimento espiritual e comprometimento com os necessitados. Eram
as confrarias.
Foi ordenado sacerdote a 21 de dezembro de
1726, aos 30 anos. Seu sacerdócio foi o segundo passo para a definição de sua
vida. Chamamos de êxodo. Seu sacerdócio é para o serviço da pregação e do
atendimento as pessoas na confissão e orientação dos fiéis. Viveu seus
primeiros anos de sacerdócio procurando atender os marginalizados de Nápoles.
Fundou as "Capelas da Tarde", que
eram centros dirigidos pelos próprios leigos para a oração, proclamação da
Palavra de Deus, atividades sociais, educação e vida comunitária. Na época da
sua morte, havia 72 dessas capelas com mais de 10 mil participantes ativos.
Este foi o terceiro passo de sua caminhada espiritual. Começou a dedicar sua
vida em favor dos pobres da cidade.
Em 1729 Afonso deixou a família e passou a
residir no Colégio Chinês de Nápoles. Foi aí que começou a sua experiência
missionária no interior do Reino de Nápoles, onde ele encontrou gente muito mais pobre e mais abandonada que qualquer
menino de rua de Nápoles. Ele fazia parte de uma associação de
missionários da cidade de Nápoles. Era o grande pregador. Numa das missões
conhece o pobre do campo. Indo fazer férias em um lugarejo, perto de Scala, tomou contato com a situação de abandono humano
e espiritual dos pobres do interior.
Decisão
vocacional
Teve grande sucesso em seu desenvolvimento profissional. Vivia sua vida cristã
intensa, com sua família e no grupos espirituais em que participava. Mas
faltava, como ele diz, a conversão. Esta ocorreu na Semana Santa de 1722. Em
1723, depois de um longo processo de discernimento, abandonou a carreira jurídica, definiu-se pelo
Evangelho e, não obstante a forte oposição do pai, começou os estudos
eclesiásticos. Foi o primeiro passo de sua caminhada.
Fundação
da Congregação Redentorista
Nestas férias conheceu uma irmã do mosteiro de Scala que estava trabalhando na
fundação de uma nova congregação de irmãs contemplativas. Ela se chamava Maria Celeste Crostarosa. Estabeleceu-se uma
grande amizade que vai durar a vida inteira, tanto é que guardou suas cartas
por toda a vida. Ajudou-a na fundação da Ordem do Santíssimo Redentor, no dia
13.05.1731. Ela mesma diz a ele que o “Senhor queria que ele deixasse Nápoles e
viesse para Scala para fundar a congregação dos homens para a evangelização”.
Afonso, diante da experiência com os pobres, sua experiência pastoral e esta
chamada de Deus, deixa Nápoles e vai para Scala “para viver entre os casebres e
os currais dos pastores”, como escreve seu primeiro biógrafo. Foi o 4º passo de
sua caminhada em seu êxodo em direção aos mais abandonados e por sua resposta
ao chamado de Deus.
No dia 9 de novembro de
1732, Afonso fundou a Congregação do Santíssimo
Redentor, popularmente conhecida como Redentorista, para seguir o
exemplo de Jesus Cristo anunciando a Boa Nova aos pobres e aos mais
abandonados. Daí em diante, dedicou-se inteiramente a esta nova missão. Não
estava sozinho. Os primeiros companheiros, animados, não chegaram a um acordo e
o deixaram só. Depois, lentamente vieram outros com grande força apostólica e
muita santidade. Entre eles, temos o Beato Sarnelli, S. Geraldo e outros padres
jovens animados pelo mesmo ideal de dar a vida pela Copiosa Redenção. Hoje já
são 5.500 redentoristas.
Uma
vida dedicada à evangelização
Afonso era um amante da beleza: músico, pintor, poeta e
escritor. Colocou toda a sua criatividade artística e literária
a serviço da missão e o mesmo ele pediu aos que ingressavam na sua
Congregação. Escreveu sobre espiritualidade e teologia 123
obras, que tiveram 21.500 edições e foram traduzidas em 72 línguas,
o que comprova que ele é um dos autores mais lidos. Entre suas obras mais
conhecidas estão: O Grande Meio da Oração, A Prática de Amar a
Jesus Cristo, As Glórias de Maria e Visitas ao Santíssimo Sacramento. A
oração, o amor, a comunhão com Cristo e sua experiência imediata das
necessidades espirituais dos fiéis fizeram de Afonso um dos grandes mestres da
vida interior. Os livros de espiritualidade eram lidos pelo povo, o que ajudou
na formação e na piedade não somente dos letrados, como também dos
humildes.
https://www.a12.com/redentoristas/santos-e-beatos/santo-afonso-de-ligorio
04 de agosto -São João Maria Vianney
Com admiração,
alegramo-nos com a santidade de vida do patrono de todos os vigários, conhecido
por Cura D’Ars. São João Maria Vianney nasceu em Dardilly, no
ano de 1786, e enfrentou o difícil período em que a França foi abalada pela
Revolução Napoleônica.
Camponês de mente
rude, proveniente de uma família simples e bem religiosa, percebia desde de
cedo sua vocação ao sacerdócio, mas antes de sua consagração, chegou a ser um
desertor do exército, pois não conseguia “acertar” o passo com o seu batalhão.
Ele era um cristão
íntimo de Jesus Cristo, servo de Maria e de grande vida penitencial, tanto
assim que, somente graças à vida de piedade é que conseguiu chegar ao
sacerdócio, porque não acompanhava intelectualmente as exigências do estudo do
Latim, Filosofia e Teologia da época (curiosamente começou a ler e escrever
somente com 18 anos de idade).
João Maria
Vianney, ajudado por um antigo e amigo vigário, conseguiu tornar-se sacerdote e
aceitou ser pároco na pequena aldeia “pagã”, chamada Ars, onde o povo era dado
aos cabarés, vícios, bebedeiras, bailes, trabalhos aos domingos e blasfêmias;
tanto assim que suspirou o Santo: “Neste meio, tenho medo até de
me perder”. Dentro da lógica da natureza vem o medo, mas da graça,
a coragem. Com o Rosário nas mãos, joelhos dobrados diante do Santíssimo,
testemunho de vida, sede pela salvação de todos e enorme disponibilidade para
catequizar, o santo não só atende ao povo local como também ao de fora no
Sacramento da Reconciliação.
Dessa forma,
consumiu-se durante 40 anos por causa dos demais (chegando a permanecer 18
horas dentro de um confessionário alimentando-se de batata e pão). Portanto,
São João Maria Vianney, que viveu até aos 73 anos, tornou-se para o povo não
somente exemplo de progresso e construção de uma ferrovia – que servia para a
visita dos peregrinos – mas, principalmente, e antes de tudo, exemplo de
santidade, de dedicação e perseverança na construção do caminho da salvação e
progresso do Reino de Deus para uma multidão, pois como padre teve tudo de
homem e ao mesmo tempo tudo de Deus.
Foi canonizado
pelo papa Pio XI, no ano de 1925. Foi proclamado padroeiro dos sacerdotes
e no dia de sua festa passou a ser celebrado o Dia do Padre.
São João Maria
Vianney, rogai por nós!
https://santo.cancaonova.com/santo/sao-joao-maria-vianney/
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