Aliados
vão em busca de novas alianças no segundo turno
Em
nota, a direção do PT afirmou que o segundo turno é mais importante e que será
preciso ampliar as alianças. "Nós sabíamos que não seria fácil e estamos
prontos para a segunda etapa, que é a mais importante. Agora, vamos falar com
mais gente, plantar as nossas sementes e trabalhar ainda mais para eleger Lula
presidente do Brasil.
A
campanha de Lula pretende começar um mapeamento de todas as alianças que podem
ser construídas neste segundo turno. A expectativa do partido do petista é de
atrair o apoio de Ciro Gomes (PDT) e de Simone Tebet (MDB).
"Vamos
conversar com os nossos adversários, com os nossos amigos, com aqueles que
pensam que não gostam de nós, vamos convencê-los que nós seremos a melhor opção
para melhorar a vida do povo brasileiro", disse Lula após o resultado das
urnas.
Responsável
pela comunicação do PT, Jilmar Tatto afirmou que o foco será na disputa entre
Lula e Bolsonaro e na eleição de Fernando Haddad (PT) contra o ex-ministro
Tarcísio de Freitas (Repúblicanos) ao governo de São Paulo. Aliado de
Bolsonaro, Freita terminou o primeiro turno com mais de 42% dos votos válidos,
à frente do petista, que somou cerca de 35%, no maior colégio eleitoral do
país.
"Agora
é segundo turno e vamos ganhar de qualquer jeito. Vamos para a rua a partir de
amanhã e o foco será na campanha de Lula e de [Fernando] Haddad para o governo
de São Paulo", defendeu Tatto.
Na
mesma linha, Haddad afirmou que o "campo progressista não irá recuar"
e defendeu que a campanha abra diálogo com outros setores da sociedade.
"Nós temos aí um segundo turno para conversarmos com outros setores da
sociedade. O campo progressista está no segundo tudo e vamos retomar as
conversas. O Brasil precisa superar esse momento, e nós vamos superar esse
momento sobre a liderança do ex-presidente Lula", disse.
Aliado
de Lula, o deputado André Janones (Avante-MG) prometeu "entrar para a
história" com o trabalho que será feito nas redes sociais. O mineiro foi
um dos principais articuladores da campanha de Lula na internet neste primeiro
turno. "O que nós vamos fazer nas redes e nas ruas nesse segundo turno vai
ficar pra história. Não acabou, mas estamos na frente. Temos mais algumas
batalhas pra travar até o trunfo", afirmou Janones.
Eleições 2022: 'Mesmo se Lula vencer, enfrentará
terceiro turno em seu governo', diz Luiz Felipe de Alencastro
Os
resultados do primeiro turno das eleições de 2022 apontam, na avaliação do
historiador e cientista político Luiz Felipe de Alencastro, que o bolsonarismo
se enraizou na sociedade brasileira e, que mesmo que se eleja, o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrentará um "terceiro turno" diante
de um Congresso hostil ao seu governo.
Além
de uma votação muito mais expressiva de Jair Bolsonaro (PL) do que indicavam as
pesquisas, Alencastro destaca a eleição de diversos senadores e de deputados
federais alinhados com o presidente.
"Foi
uma vitória fantástica do bolsonarismo, que agora se enraíza no país, e de uma
extrema-direita com uma resiliência e uma perenidade talvez bastante
longa", afirma o professor da Escola de Economia da Fundação Getúlio
Vargas (FGV).
O
historiador avalia que, mesmo obtendo mais votos do que indicavam os
levantamentos, Bolsonaro terá dificuldades para se reeleger porque ficou cinco
pontos percentuais atrás de Lula na votação.
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-63112778
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