Padres e freiras declaram apoio a Lula em
defesa da democracia
Entre cantos religiosos,
bençãos e muita emoção, a chapa Lula/ Alckmin recebeu apoio explícito de
religiosos católicos das mais variadas regiões do Brasil
Por Marcelo
Menna Barreto / Publicado em 17 de outubro de 2022
Cerca de 300 padres e
religiosos e religiosas católicos se reuniram na tarde dessa segunda-feira, 17,
com o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para declarar abertamente o seu
apoio ao petista no segundo turno das eleições presidenciais que ocorrem no
próximo dia 30.
O encontro aconteceu
na Casa de Portugal, na região central de São Paulo. Os religiosos vieram de
diversas regiões do país. O ato foi pensado para publicamente representar o
pensamento de colegas das mais variadas dioceses, congregações religiosas e
institutos de vida consagrada no país.
Na ocasião, foi
entregue ao candidato a Carta de compromisso com a democracia de
padres e religiosos ao presidente Lula.
No documento,
elaborado conjuntamente em diversos fóruns católicos, foi lembrado que já no
ano de 2018, movimentos da Igreja Católica Apostólica Romana no Brasil já havia
se manifestado sobre o perigo que seria a eleição de Jair Bolsonaro, na época
no PSL, para o Brasil.
Citando
especificamente a “manipulação da população através de fake news, a
instrumentalização da religião para fins eleitorais, os discursos de ódio e
repletos de preconceitos e a marginalização dos pobres”, os religiosos dizem
que não poderiam imaginar “que o ódio poderia ter raízes tão profundas em parte
da nossa população”.
Isso, continua a
carta, deixou os religiosos “profundamente escandalizados” e ainda mais
preocupados.
Diante do que afirmam
ser um possível mandato de Bolsonaro que aprofunde o autoritarismo e “desmonte
das instituições republicanas”, foi declarada a Lula a visão clara de parte da
hierarquia católica de que os projetos em disputa são “absolutamente”
diferentes.
Para os signatários,
os Padres da Caminhada
e Padres contra o Fascismo, um não posicionamento seria conivência
com um possível desastre para o regime democrático brasileiro.
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