Com o
acirramento político, as últimas semanas foram marcadas por ataques contra
líderes religiosos.
Veja:
Aparecida
No
dia 12 de outubro, Bolsonaro esteve presente nas celebrações do Dia de Nossa
Senhora Aparecida no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, no interior
de São Paulo. Enquanto esperavam Bolsonaro do lado de fora, parte de seus
apoiadores vaiou o padre Camilo Júnior, que celebrava a missa naquele momento.
“Parabéns
a você que está aqui dentro da Basílica, rezando. Você que entendeu que hoje é
dia de Nossa Senhora Aparecida, é a ela as nossas palmas, é a ela a nossa
aclamação, é a ela a nosso viva”, disse o padre Camilo, acrescentando que “hoje
não é dia de pedir voto, hoje é dia de pedir bênção”.
Dom Odilo Scherer
O
cardeal ainda afirmou que vivemos tempos estranhos e que é necessário ter muita
calma e discernimento no atual momento. “Conheço bastante a história. Às vezes,
parece-me reviver os tempos da ascensão ao poder dos regimes totalitários,
especialmente o fascismo”, disse em seu perfil.
Padre Zezinho
Após
o ocorrido em Aparecida, o padre Zezinho, que ficou famoso com suas canções
religiosas, anunciou que se afastaria das redes sociais até o final do segundo
turno. “O triste é que as ofensas são todas de católicos radicais que
preferiram o seu partido político ao catecismo católico”, afirmou em postagem
em seu perfil no Facebook. “Querem um Brasil direitista ou esquerdista, porque
está claro que não aceitam nenhuma pregação moderada que propõe diálogo
político, social e ecumênico”, finalizou o padre.
Em seu Facebook, o Padre Zezinho anuncia que se afastará das redes sociais até o final do pleito de 2022.
Fazenda Rio Grande
Ainda
no dia de Nossa Senhora Aparecida um sacerdote foi hostilizado durante a
celebração de uma missa no município de Fazenda Rio Grande, no Paraná. Durante
o sermão, o padre afirmou que Deus jamais estaria do lado de quem prega em prol
do armamentismo.
Revoltada,
uma fiel interrompeu o sacerdote aos gritos e questionou se ele era a favor do
aborto e da ideologia de gênero. Por fim, a mulher ainda afirmou que o padre
estava pedindo votos para Lula. A abordagem truculenta foi filmada.
Jacareí
Em
Jacareí, outra missa foi interrompida. Durante o sermão, o padre mencionou o
nome de Marielle Franco, vereadora do PSOL assassinada em 2018. Uma mulher que
acompanhava o rito se revoltou com a menção do nome da política e afirmou que o
sacerdote não poderia falar o nome de alguém “homossexual, envolvida com o
tráfico de drogas, esquerdista do PSOL, alguém que quer a ideologia de gênero
dentro da escola das crianças” em solo sagrado.
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