SANTO AGOSTINHO
‘A Parábola do Juiz injusto’
«Jesus disse aos seus discípulos uma parábola
sobre a obrigação de orar sempre» – reflexão de Santo Agostinho
«Senhor, diante de Vós está todo o meu
desejo» (Sl 37,10). […] O teu desejo é a tua oração; se o teu desejo for
contínuo, a tua oração também será contínua. Não foi por acaso que o apóstolo
Paulo disse: «Orai sem cessar» (1Tes 5,17). Di-lo-á porque sem cessar nos
ajoelhamos, nos prostramos ou levantamos as mãos para Deus? Se dissermos que só
nestas condições é que oramos, não creio que o possamos fazer sem cessar.
Mas há uma outra oração, interior, que
não cessa: é o desejo. Qualquer que seja a ocupação a que te entregues, se
desejares aquele repouso do sabbath de que falamos, rezarás sem cessar. Se não
quiseres deixar de orar, não deixes de desejar.
O teu desejo é contínuo? Então o teu
grito será contínuo. Só te calarás se deixares de amar. Quem são os que se
calaram? São aqueles de quem se diz: «E por se multiplicar a iniquidade,
resfriará a caridade da maioria» (Mt 24,12). A caridade que arrefece é o
coração que se cala; a caridade que arde é o coração que grita. Se a caridade
subsistir sem cessar, gritarás sem cessar; se gritares sem cessar, é porque
continuas a desejar; se estiveres cheio deste desejo, é porque pensas no
repouso eterno.
Fonte: Evangelho Quotidiano
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