1.
Um grupo de bispos católicos
brasileiros lançou, na manhã desta segunda-feira (24), uma carta contra a reeleição de Jair Bolsonaro (PL) à Presidência da República, sem citar diretamente o presidente.
Intitulado “Bispos
do Diálogo pelo Reino”, o coletivo reúne bispos da Igreja Católica de várias
regiões do Brasil e, no documento, afirma que o segundo turno das eleições
coloca a população brasileira “diante de um desafio dramático” que não permite
a neutralidade.
Cerca
de 60 bispos de várias regiões do Brasil que integram o grupo " Bispos
do Diálogo para o Reino " lançaram neste dia 24 de
outubro, na última semana da campanha do segundo turno para as eleições
presidenciais, cargo disputado pelo ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, e
do atual presidente Jair Bolsonaro, uma carta, traduzida para o francês, italiano,
inglês, alemão e espanhol, intitulada “A gravidade do segundo turno das
eleições”.
2. O contexto, segundo os religiosos,
impõe um posicionamento acerca de “dois
projetos de Brasil, um democrático e outro autoritário; um comprometido com a
defesa da vida, a partir dos empobrecidos, outro comprometido com a ‘economia
que mata’ (Papa Francisco, A Alegria do Evangelho, 53); um que cuida da
educação, saúde, trabalho, alimentação, cultura, outro que menospreza as
políticas públicas, porque despreza os pobres”, apontam.
Os bispos, de várias regiões do Brasil,
que dizem “ em profunda
comunhão com o Papa Francisco e seu magistério e em plena comunhão com a
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil , a CNBB, que, no exercício de sua missão
evangelizadora, é sempre colocado em defesa dos pequeninos, da justiça e da
paz”.
Os prelados veem o segundo turno das
eleições como algo que "nos coloca diante de um desafio dramático",
chamando a " escolher, de
forma consciente e serena, porque não há neutralidade na hora de decidir sobre
dois projetos no Brasil ", projetos que, como diz o texto, são
completamente diferentes e conflitantes.
3. Os
bispos pontuam ainda que o atual governo “virou as costas para a população mais
carente, principalmente no tempo da pandemia”, e que, junto de seus apoiadores,
abusou “do nome de Deus para legitimar seus atos e ainda o usam para fins
eleitorais”, condenando ainda a disseminação de fatos inverídicos. "Vivemos quatro anos sob o
reinado da mentira, do sigilo e das informações falsas. As fake news (notícias
falsas veiculadas como se fossem verdades) se tornaram a forma
'oficial' de comunicação do Governo com o povo."
Diante dessa realidade, os cristãos são
chamados a avaliar os dois candidatos, levantando questões em relação à saúde,
educação, superação da pobreza, cuidado com a Amazônia. Também deixam
claro que a Igreja assume “ o lado da justiça e da paz,
da verdade e da solidariedade, do amor e da igualdade, da liberdade religiosa e
do Estado laico, da inclusão social e do bem viver ”. Uma posição que vem "da fidelidade ao Evangelho
de Jesus, à Doutrina Social da Igreja e ao magistério profético do Papa
Francisco".
O texto denuncia abertamente que " o atual
governo, que busca a reeleição, deu as costas à população mais pobre,
principalmente no período da pandemia" , a ponto de dizer que "a vida não é prioridade
para este governo" Junto a isso, denuncia que "o chefe de governo e
seus partidários, principalmente políticos e religiosos, abusaram do nome de
Deus para legitimar suas ações e ainda o utilizam para fins eleitorais".
valores do Evangelho e desvia a atenção dos problemas reais que precisam ser
debatidos e enfrentados em nosso Brasil”.
A carta denuncia as atitudes do atual
presidente, que tem como um de seus lemas “Deus acima de todas as coisas”, mas
que os bispos consideram que “ este apelo a Deus é
mentiroso ”, pois está separado do amor ao
próximo. Uma forma de entender Deus que vai contra a Bíblia, a Doutrina
Social da Igreja e os Mandamentos.
Sobre o atual governo, os bispos dizem
que “ vivemos há
quatro anos sob o reinado da mentira, do sigilo e da informação falsa ”, denunciando as contínuas notícias
falsas. Recordando a Mensagem ao Povo de Deus da última assembléia do
episcopado brasileiro, eles insistem que "nossa jovem democracia deve ser
protegida", denunciando atos contrários ao atual governo.
4.
“Enquanto dizia ‘Deus acima de tudo’,
o Presidente ofendia as mulheres, debochava de pessoas que morriam asfixiadas,
além de não demonstrar compaixão alguma com as quase 700 mil vidas perdidas
para a covid-19 e com os 33 milhões de pessoas famintas em seu país. Lembramos
que o Brasil havia saído do mapa da fome em 2014, por acerto dos programas
sociais de governos anteriores”, afirmam.
5. No fim, os bispos pedem que a
população brasileira veja “Jesus no rosto de cada pessoa, especialmente dos
pobres que sofrem e não em autoridades humanas que os manipulam em nome de um
projeto ideológico de poder político e econômico”.
“O
democrático para estes bispos é aquele que é a favor do aborto, das drogas, do
crime organizado, da remissão dos crimes dos traficantes e que é contra a
família. Até parece uma brincadeira o que dizem os batinados comunistas do
país. Essas "autoridades religiosas", comprometida com o molusco
corrupto nada tem a ver com aquilo que apregoam”
“ Não
estou de acordo com esta Carta pro-Lula e o PT porque não é o papel da Igreja
indicar candidato. O texto é claro e evidente, embora diga que a Igreja não
toma partido. Que mentira! Que hipocrisia!”
“Li o texto, Sérgio, e concordo que essa ala
da Igreja tem avançado além do que deveria como Igreja institucional e
organizada. Há muitas falhas, gritantes, no discurso. Insustentável. Pena!!!”
“Não
toma mas está tomando, claramente. E se confiam que as pessoas têm como
decidir, não precisariam e nem deveriam decidir por elas. Contraditório.”
O texto
denuncia abertamente que "o atual Governo, que busca a reeleição, virou as
costas para a população mais carente, principalmente no tempo da pandemia", a ponto
de dizer que "a vida não é prioridade para este governo". Além disso,
os bispos denunciam que "o chefe de Governo e seus apoiadores,
principalmente políticos e religiosos, abusaram do nome de Deus para legitimar
seus atos e ainda o usam para fins eleitorais". Algo que eles consideram
manipulação religiosa, que "sempre desvirtua os valores do Evangelho e
tira o foco dos reais problemas que necessitam ser debatidos e enfrentados em
nosso Brasil”.
A
carta denuncia as atitudes do atual presidente, que
tem como um de seus slogans "Deus acima de tudo", mas os bispos consideram
que "esse apelo a Deus é mentiroso", pois está separado do amor ao
próximo. Uma forma de entender Deus que vai contra a Bíblia, a Doutrina Social da Igreja e os Mandamentos.
Sobre
o governo atual, os bispos dizem que "vivemos quatro anos sob o reinado da
mentira, do sigilo e das informações falsas", denunciando as contínuas
notícias falsas. Recordando a Mensagem ao Povo de Deus da última assembleia do
episcopado, eles insistem que "nossa jovem democracia precisa ser
protegida", denunciando atos contrários a isso por parte do atual governo.
Diante
desta realidade, os cristãos são chamados a avaliar os dois candidatos, fazendo
perguntas em relação à saúde, educação, superação da pobreza e cuidados com
a Amazônia.
Eles também deixam claro que a Igreja escolhe "o lado da justiça e da paz,
da verdade e da solidariedade, do amor e da igualdade, da liberdade religiosa e
do Estado laico, da inclusão
social e do bem viver para todos". Uma posição que "vem da fidelidade
ao Evangelho de Jesus, à Doutrina
Social da Igreja e ao magistério profético do Papa Francisco".
Na
mesma linha, a Comissão
Pastoral Episcopal de Ação Social e Transformativa da Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil também lançou uma carta,
assinada por seu presidente, Dom José Valdeci Mendes,
que pretendem ser palavras de ânimo e coragem, chamando a não ter medo. A carta
diz acreditar “que cada brasileiro quer o melhor para o Brasil”, fazendo ver a
necessidade de “votar conscientes e com liberdade”, defendendo a vida e
chamando a combater “tudo o que produz a morte (aborto, armamento, fome,
miséria, violência, exclusão)” com políticas públicas de promoção da dignidade humana”.
A carta também
repudia “a utilização da religião para o estímulo ao ódio, à violência e à
divisão das famílias e da sociedade”, afirmando defender “o estado laico e o
respeito à liberdade religiosa e
de culto”. Igualmente, chamam as tradições religiosas presentes no Brasil a
“colaborar na construção de um país mais justo, menos violento e mais
solidário”, definindo justiça, paz, fraternidade e compaixão como “os eixos
norteadores do bom governo”.
Em
um chamado a assumir este Mutirão
pela Vida e por democracia, a carta chama a ir ao encontro
do povo e “manifestar a alegria de quem luta por dias melhores”, e junto com
isso a cuidar “da nossa democracia pelo
Voto que garanta o Bem
Viver dos Povos”.
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