terça-feira, 25 de outubro de 2022

COMENTÁRIOS E APRESENTAÇÃO DA CARTA CONTRA A REELEIÇÃO DO PRESIDENTE

 

1.    Um grupo de bispos católicos brasileiros lançou, na manhã desta segunda-feira (24), uma carta contra a reeleição de Jair Bolsonaro (PL) à Presidência da República, sem citar diretamente o presidente. 

Intitulado “Bispos do Diálogo pelo Reino”, o coletivo reúne bispos da Igreja Católica de várias regiões do Brasil e, no documento, afirma que o segundo turno das eleições coloca a população brasileira “diante de um desafio dramático” que não permite a neutralidade. 

Cerca de 60 bispos de várias regiões do Brasil que integram o grupo " Bispos do Diálogo para o Reino " lançaram neste dia 24 de outubro, na última semana da campanha do segundo turno para as eleições presidenciais, cargo disputado pelo ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, e do atual presidente Jair Bolsonaro, uma carta, traduzida para o francês, italiano, inglês, alemão e espanhol, intitulada “A gravidade do segundo turno das eleições”.

2.    O contexto, segundo os religiosos, impõe um posicionamento acerca de “dois projetos de Brasil, um democrático e outro autoritário; um comprometido com a defesa da vida, a partir dos empobrecidos, outro comprometido com a ‘economia que mata’ (Papa Francisco, A Alegria do Evangelho, 53); um que cuida da educação, saúde, trabalho, alimentação, cultura, outro que menospreza as políticas públicas, porque despreza os pobres”, apontam.  

Os bispos, de várias regiões do Brasil, que dizem “ em profunda comunhão com o Papa Francisco e seu magistério e em plena comunhão com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil , a CNBB, que, no exercício de sua missão evangelizadora, é sempre colocado em defesa dos pequeninos, da justiça e da paz”.

Os prelados veem o segundo turno das eleições como algo que "nos coloca diante de um desafio dramático", chamando a " escolher, de forma consciente e serena, porque não há neutralidade na hora de decidir sobre dois projetos no Brasil ", projetos que, como diz o texto, são completamente diferentes e conflitantes.

3.    Os bispos pontuam ainda que o atual governo “virou as costas para a população mais carente, principalmente no tempo da pandemia”, e que, junto de seus apoiadores, abusou “do nome de Deus para legitimar seus atos e ainda o usam para fins eleitorais”, condenando ainda a disseminação de fatos inverídicos. "Vivemos quatro anos sob o reinado da mentira, do sigilo e das informações falsas. As fake news (notícias falsas veiculadas como se fossem verdades) se tornaram a forma 'oficial' de comunicação do Governo com o povo."

Diante dessa realidade, os cristãos são chamados a avaliar os dois candidatos, levantando questões em relação à saúde, educação, superação da pobreza, cuidado com a Amazônia. Também deixam claro que a Igreja assume “ o lado da justiça e da paz, da verdade e da solidariedade, do amor e da igualdade, da liberdade religiosa e do Estado laico, da inclusão social e do bem viver ”. Uma posição que vem "da fidelidade ao Evangelho de Jesus, à Doutrina Social da Igreja e ao magistério profético do Papa Francisco".

O texto denuncia abertamente que " o atual governo, que busca a reeleição, deu as costas à população mais pobre, principalmente no período da pandemia" , a ponto de dizer que "a vida não é prioridade para este governo" Junto a isso, denuncia que "o chefe de governo e seus partidários, principalmente políticos e religiosos, abusaram do nome de Deus para legitimar suas ações e ainda o utilizam para fins eleitorais". valores do Evangelho e desvia a atenção dos problemas reais que precisam ser debatidos e enfrentados em nosso Brasil”.

A carta denuncia as atitudes do atual presidente, que tem como um de seus lemas “Deus acima de todas as coisas”, mas que os bispos consideram que “ este apelo a Deus é mentiroso ”, pois está separado do amor ao próximo. Uma forma de entender Deus que vai contra a Bíblia, a Doutrina Social da Igreja e os Mandamentos.

Sobre o atual governo, os bispos dizem que “ vivemos há quatro anos sob o reinado da mentira, do sigilo e da informação falsa ”, denunciando as contínuas notícias falsas. Recordando a Mensagem ao Povo de Deus da última assembléia do episcopado brasileiro, eles insistem que "nossa jovem democracia deve ser protegida", denunciando atos contrários ao atual governo.

https://ssb.org.br/noticias/bispos-brasileiros-convocam-a-votar-nao-ha-neutralidade-diante-desses-dois-projetos-brasileiros/

4.    “Enquanto dizia ‘Deus acima de tudo’, o Presidente ofendia as mulheres, debochava de pessoas que morriam asfixiadas, além de não demonstrar compaixão alguma com as quase 700 mil vidas perdidas para a covid-19 e com os 33 milhões de pessoas famintas em seu país. Lembramos que o Brasil havia saído do mapa da fome em 2014, por acerto dos programas sociais de governos anteriores”, afirmam. 

5.    No fim, os bispos pedem que a população brasileira veja “Jesus no rosto de cada pessoa, especialmente dos pobres que sofrem e não em autoridades humanas que os manipulam em nome de um projeto ideológico de poder político e econômico”.

https://www.brasildefato.com.br/2022/10/24/bispos-de-todo-o-pais-lancam-carta-contra-reeleicao-de-bolsonaro-despreza-os-pobres

“O democrático para estes bispos é aquele que é a favor do aborto, das drogas, do crime organizado, da remissão dos crimes dos traficantes e que é contra a família. Até parece uma brincadeira o que dizem os batinados comunistas do país. Essas "autoridades religiosas", comprometida com o molusco corrupto nada tem a ver com aquilo que apregoam”                                          

“ Não estou de acordo com esta Carta pro-Lula e o PT porque não é o papel da Igreja indicar candidato. O texto é claro e evidente, embora diga que a Igreja não toma partido. Que mentira! Que hipocrisia!”

 “Li o texto, Sérgio, e concordo que essa ala da Igreja tem avançado além do que deveria como Igreja institucional e organizada. Há muitas falhas, gritantes, no discurso. Insustentável. Pena!!!”

“Não toma mas está tomando, claramente. E se confiam que as pessoas têm como decidir, não precisariam e nem deveriam decidir por elas. Contraditório.”

O texto denuncia abertamente que "o atual Governo, que busca a reeleição, virou as costas para a população mais carente, principalmente no tempo da pandemia", a ponto de dizer que "a vida não é prioridade para este governo". Além disso, os bispos denunciam que "o chefe de Governo e seus apoiadores, principalmente políticos e religiosos, abusaram do nome de Deus para legitimar seus atos e ainda o usam para fins eleitorais". Algo que eles consideram manipulação religiosa, que "sempre desvirtua os valores do Evangelho e tira o foco dos reais problemas que necessitam ser debatidos e enfrentados em nosso Brasil”.

A carta denuncia as atitudes do atual presidente, que tem como um de seus slogans "Deus acima de tudo", mas os bispos consideram que "esse apelo a Deus é mentiroso", pois está separado do amor ao próximo. Uma forma de entender Deus que vai contra a Bíblia, a Doutrina Social da Igreja e os Mandamentos.

 

Sobre o governo atual, os bispos dizem que "vivemos quatro anos sob o reinado da mentira, do sigilo e das informações falsas", denunciando as contínuas notícias falsas. Recordando a Mensagem ao Povo de Deus da última assembleia do episcopado, eles insistem que "nossa jovem democracia precisa ser protegida", denunciando atos contrários a isso por parte do atual governo.

Diante desta realidade, os cristãos são chamados a avaliar os dois candidatos, fazendo perguntas em relação à saúde, educação, superação da pobreza e cuidados com a Amazônia. Eles também deixam claro que a Igreja escolhe "o lado da justiça e da paz, da verdade e da solidariedade, do amor e da igualdade, da liberdade religiosa e do Estado laico, da inclusão social e do bem viver para todos". Uma posição que "vem da fidelidade ao Evangelho de Jesus, à Doutrina Social da Igreja e ao magistério profético do Papa Francisco".

 

Na mesma linha, a Comissão Pastoral Episcopal de Ação Social e Transformativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil também lançou uma carta, assinada por seu presidente, Dom José Valdeci Mendes, que pretendem ser palavras de ânimo e coragem, chamando a não ter medo. A carta diz acreditar “que cada brasileiro quer o melhor para o Brasil”, fazendo ver a necessidade de “votar conscientes e com liberdade”, defendendo a vida e chamando a combater “tudo o que produz a morte (aborto, armamento, fome, miséria, violência, exclusão)” com políticas públicas de promoção da dignidade humana”.

 

A carta também repudia “a utilização da religião para o estímulo ao ódio, à violência e à divisão das famílias e da sociedade”, afirmando defender “o estado laico e o respeito à liberdade religiosa e de culto”. Igualmente, chamam as tradições religiosas presentes no Brasil a “colaborar na construção de um país mais justo, menos violento e mais solidário”, definindo justiça, paz, fraternidade e compaixão como “os eixos norteadores do bom governo”.

Em um chamado a assumir este Mutirão pela Vida e por democracia, a carta chama a ir ao encontro do povo e “manifestar a alegria de quem luta por dias melhores”, e junto com isso a cuidar “da nossa democracia pelo Voto que garanta o Bem Viver dos Povos”.

 

https://www.ihu.unisinos.br/623322-bispos-do-dialogo-pelo-reino-chamam-a-votar-com-consciencia-e-calma-porque-nao-ha-espaco-para-a-neutralidade-diante-desses-dois-projetos-no-brasil

 

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