sexta-feira, 28 de outubro de 2022

COMEMORAÇÃO DE TODOS OS FIÉIS DEFUNTOS

 

COMEMORAÇÃO DE TODOS OS FIÉIS DEFUNTOS

Irmãos e irmãs, neste dia, a Igreja reza em sufrágio de todos os fiéis defuntos. Vivemos feridos pela morte. Ela nos entristece e frustra nossas expectativas. Mas, como cristãos, não nos iludimos e sabemos que não fomos criados para ela, mas para vida. Por isso, Deus enviou seu Filho, que afirmou: “Eu sou a Ressurreição e a Vida”. Ele morreu de nossa morte para que não morrêssemos sozinhos e para que, morrendo como ele, também ressuscitássemos com Ele. Portanto, para nós, a morte não tem mais a última palavra, pois Cristo nos liberta dela e nos dá a vida para sempre. Neste dia de oração pelos que faleceram, lembremos de nossos parentes e amigos, mas também daqueles que não têm quem reze por eles.

 

ORAÇÃO (Mr, p.693)

 P. Oremos: (silêncio) Ó Deus, escutai com bondade as nossas preces e aumentai a nossa fé no Cristo res- suscitado, para que seja mais viva a nossa esperança na ressurreição dos vossos filhos e filhas. Por nosso Senhor Jesus Cristo vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. T. Amém.

 

LITURGIA DA PALAVRA

 

Anim. Ouçamos a Palavra de Deus, que ilumina nossa vida presente e nos dá a firme certeza da ressurreição.

 

PRIMEIRA LEITURA (Jó 19,1.23-27a | Lec. Dom. p.1200)

 Leitura do Livro de Jó.

Jó tomou a palavra e disse: 23Gostaria que minhas palavras fossem escritas e gravadas numa inscrição 24com ponteiro de ferro e com chumbo, cravadas na rocha para sempre. Eu sei, o meu vingador está vivo e que, por último, se levantará sobre o pó; 26e depois que tiverem destruído esta minha pele, na minha carne, verei a Deus. 27Eu mesmo o verei, meus olhos o contemplarão, e não os olhos de outros. –

Palavra do Senhor. T. Graças a Deus.

 

SALMO 27(26) (Lecionário Dominical p.1211)

 

Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver na terra dos viventes!

1. O Senhor é minha luz e salvação; * de quem eu terei medo? / O Senhor é a proteção da minha vida: * pe- rante quem eu tremerei? 2

2. Ao Senhor eu peço apenas uma coisa, * e é só isto que eu desejo: / habitar no santuário do Senhor * por toda a minha vida;

3. Ó Senhor, ouvi a voz do meu apelo, + atendei por compaixão! * É vossa face que eu procuro. / Não afasteis com ira o vosso servo, * sois vós o meu auxilio! 4. Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver * na terra dos viventes. / Espera no Senhor e tem coragem, * espera no Senhor!

 

SEGUNDA LEITURA (1Cor 15, 20-24a.25-28 | Lec. Dom. p.1233)

 

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios.

 

Irmãos: 20Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram. 21Com efeito, por um homem veio a morte e é também por um homem que vem a ressurreição dos mortos. 22Como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos reviverão. 23Porém, cada qual segundo uma ordem determinada: Em primeiro lugar, Cristo, como primícias; depois, os que pertencem a Cristo, por ocasião da sua vinda. 24aA seguir, será o fim, quando ele entregar a realeza a Deus-Pai. 25Pois é preciso que ele reine até que todos os seus inimigos estejam debaixo dos seus pés. 26O último inimigo a ser destruído será a morte. 27Com efeito, "Deus pôs tudo debaixo dos seus pés". Mas quando ele disser: "Tudo está submetido", é claro que estará excluído dessa submissão aquele que submeteu tudo a Cristo, 28E, quando todas as coisas estiverem submetidas a ele, então o próprio Filho se submeterá àquele que lhe submeteu todas as coisas, para que Deus seja tudo em todos.

- Palavra do Senhor. T. Graças a Deus.

 

 ACLAMAÇÃO (Jo 6,39)

 

 Aleluia, aleluia, aleluia.

 

É esta a vontade de quem me enviou: / que eu não perca nenhum dos que ele me deu, / mas que eu os ressuscite no último dia.

 

EVANGELHO (Jo 11, 17-27 | Lecionário Dominical, p.1250)

 

P. O Senhor esteja convosco. T. Ele está no meio de nós.

P. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.

T. Glória a vós, Senhor.

 

P. 17Quando Jesus chegou, a Betânia, encontrou Lázaro sepultado havia quatro dias. 18Betânia ficava a uns três quilômetros de Jerusalém. 19Muitos judeus tinham vindo à casa de Marta e Maria para as consolar por causa do irmão. 20Quando Marta soube que Jesus tinha chegado, foi ao encontro dele. Maria ficou sentada em casa. 21Então Marta disse a Jesus: "Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. 22Mas mesmo assim, eu sei que o que pedires a Deus, ele to concederá". 23Respondeu-lhe Jesus: "Teu irmão ressuscitará". 24 Disse Marta: "Eu sei que ele ressuscitara na ressurreição, no último dia". 25Então Jesus disse: "Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá. 26 E todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais. 27Crês isto?" Respondeu ela: "Sim, Senhor, eu creio firmemente que tu és o Messias, o Filho de Deus, que devia vir ao mundo".

 

- Palavra da Salvação. T. Glória a vós, Senhor

REFLEXÃO PARA O Dia de Finados – C

“Deus, que ressuscitou Jesus dentre os mortos, também dará vida aos nossos corpos mortais, pelo seu Espírito que habita em nós”(Rm 8,11)

Meus queridos Irmãos,

Celebramos hoje a doce esperança dos cristãos. O “último inimigo é a morte”(Cf. 1Cor 15,26), e a vitória sobre a morte é o critério da esperança de todos os batizados. A morte, do ponto de vista meramente humano, é considerada, de maneira espontânea, como um ponto final, tudo, portanto acabou. Entretanto, para os que crêem em Cristo Ressuscitado, a resposta é totalmente ao contrário: “A vida não é tirada, mas transformada”, conforme anuncia o prefácio da Missa de hoje.  Certeza dos cristãos anunciada e baseada na fé na RESSURREIÇÃO de Jesus Cristo, o Salvador. Se Jesus ressuscitou, também para nós a morte não pode ser o ponto final, mas o início de uma nova jornada, a vida em Deus. Somos unidos com Jesus na vida e somos unidos com Jesus na morte, conforme anuncia o Evangelho. Jesus é a Ressurreição e a Vida: unir-se a Ele significa não morrer, não parar de existir diante de Deus, embora o corpo morra e se decomponha, voltando a ser pó.

Amados e Amadas em Jesus,

O Mistério de Deus é colocado para a nossa reflexão neste dia em que a morte vem ao nosso encontro, como reflexão. Já na Antiga Lei, o autor de Sabedoria observa que as aparências enganam: a justiça dos justos não é um absurdo diante da morte. Pelo contrário, é o começo do “estar na mão de Deus”, que não tem nunca fim, conforme a primeira leitura. Paulo, por conseguinte, descreve a existência cristã como estar já unido com Cristo na Ressurreição, o que é simbolizado pelo batismo, conforme nos ensina a segunda Leitura.

Irmãos e Irmãs,

A comemoração dos fiéis defuntos está muito bem colocada junto à festa de todos os Santos. As duas estão ligadas intimamente pela fé e pela esperança no destino eterno da criatura humana, redimida por Jesus Cristo. Os santos lembram a meta alcançada, onde não precisam mais da fé e da esperança, porque tudo é amor, conforme anuncia São Paulo em Coríntios 13,8.

Hoje é a festa da esperança cristã. Não queiramos ficar tristes. Vamos ficar alegres porque não celebramos a morte, mas a vida eterna, aqueles que já estão juntos de Deus, nos precedendo no diálogo mais íntimo com o Redentor.

Relembremos hoje a Vigília Pascal quando, de velas acessas, simbolizando o próprio Cristo em nosso meio, entoamos o “Exultet”:

“A luz do Rei eterno venceu as trevas do mundo… Cristo libertou-nos da escuridão do pecado e da corrupção do mundo e nos consagrou ao amor do Pai e nos uniu na comunhão dos santos!” E, com estas mesmas velas pascais em punho, renovemos as nossas promessas batismais, isto é, o nosso grande compromisso de caminhar para a santidade nos preparando para a festa do encontro definitivo, que nós não sabemos nem o dia e muito menos a hora. Nos preparemos para este grande encontro sem medo de mudança de vida e de radical conversão.

Meus caros irmãos,

A Luz que acendemos nos velórios para homenagear nossos mortos é a mesma luz de nosso batismo e que relembramos em toda a Vigília Pascal. É o Cristo que caminha na vida e na história nos velando e nos abençoando. Cristo, luz do mundo e salvação dos homens e das mulheres, arrancou-nos das trevas do erro e da condenação, revestiu-nos da gloriosa condição de filhos de Deus, e nos conduz para a luz eterna, onde “já não haverá noite nem necessidade de velas nem mesmo da luz do sol, porque o Senhor Deus nos iluminará e reinaremos pelos séculos dos séculos”(Cf. Ap 22,5).

A morte é um caminho que todos nós teremos que percorrer hoje, amanhã ou algum dia. É uma verdade que ninguém poderá escapar dela. O destino é certo: Cristo conseguiu a vitória sobre a morte e levou a criatura a participar da vida incorruptível e eterna de Deus. Deus que nos dá a vida nos oferece, por conseguinte a morte, nos acolhendo de braços abertos, pelos méritos de nossa caminhada, na comunhão perfeita com ele, a chamada comunhão dos santos.

Tudo pertence a Deus: a vida e a morte, os bens que recebemos e que tivemos a possibilidade de frutificá-los neste mundo. Assim quando chegar o tempo da morte nós somos convidados a exclamar: “Nas tuas mãos, Senhor, me entrego!”(Cf. Lc 23,46). Assim a morte é a ponte entre a bela vida terrena e passageira para a belíssima vida celeste, divina e eterna.

A Comemoração dos fiéis defuntos é toda PASCAL: Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. Assim hoje enfeitamos as sepulturas de nossos entes queridos. Cristo ressuscitou no escuro de uma madrugada, transformando as trevas da morte em luz sem fim, por isso se entoa hoje, ontem e sempre o ALELUIA, RESSUSCITOU VERDADEIRAMENTE O SENHOR JESUS!

Prezados irmãos,

Neste dia em que lembramos daqueles que já partiram para o Pai, a comemoração de Todos os Fiéis Defuntos nos coloca diretamente dentro do mistério pascal: “Nele brilhou para nós a esperança da feliz ressurreição. Para os que crêem em Cristo a vida não é tirada, mas transformada. E, desfeito o nosso corpo mortal, nos é dado, nos céus, um corpo imperecível”. Isso porque, “um por todos, ele aceitou morrer na cruz para nos livrar a todos da morte. Entregou de boa vontade a sua vida, para que pudéssemos viver eternamente”. “Salvos pela morte de vosso Filho, ao vosso chamado, despertaremos para a ressurreição”.

Caros irmãos,

Senhor, quero hoje rezar pedindo à Santíssima Trindade por aqueles que desapareceram no mistério da morte. Dá o descanso àqueles que expiam, luz aos que esperam, paz aos que anseiam pelo teu infinito amor. Descansem em paz: na paz do porto seguro, na paz da meta alcançada, na tua paz, Senhor. Vivam no teu amor aqueles que amaste, aqueles que me amaram. Não esqueças o bem que me fizeram, o bem que fizeram a outros. Esquece tudo o mal que praticaram, risca-o do teu livro. Aos que passaram pela dor, àqueles que parecem ter sido imolados por um iníquo destino, revela, com o teu rosto, os segredos da tua justiça, os mistérios do teu amor. Concede-me aquela vida interior que permite comunicar com o mundo invisível em que se encontram os nossos defuntos: esse mundo fora do tempo e do espaço, esse mundo que não é lugar, mas estado, e mundo que não está longe de mim, mas à minha volta, esse mundo que não é de mortos, mas de vivos. Ámen.

Meus amigos,

A Igreja militante está aqui hoje contemplando a Igreja triunfante do céu e a Igreja padecente. Os santos acabados do céu, ou seja, a Igreja triunfante – e os santos em fase de acabamento, ou seja, as almas do purgatório – são solidários com os que ainda estamos a caminho da santidade, a Igreja militante aqui da terra, deste vale de lágrimas. Esta é a comunhão de todos os santos que celebraremos no próximo domingo e que já celebramos hoje. Temos presentes os que nos precederam, não nos fixando na sua imperfeição, mas no destino glorioso que lhes foi designado por Deus. Assim recordamos os nossos pais, que nos deram a vida e a fé cristã; os nossos irmãos e amigos que lembramos com a grata saudade, por tudo o que bem fizeram pela nossa Igreja e pela nossa sociedade. E pensamos também em todos aqueles que estão ainda a caminho, os que estão lutando lado a lado pela santidade de vida e por um mundo melhor.

Vivamos, pois, neste dia a intensidade do mistério pascal de Cristo, que pelo seu Corpo místico, manifestado na Igreja peregrina, na Igreja padecente e na Igreja triunfante nos chama hoje para a conversão e para a santidade. Que nossos fiéis defuntos, pela misericórdia de Deus, descansem em paz! Amém!

Homilia por: Pe. Wagner Augusto Portugal.

 https://catequizar.com.br/liturgia/dia-de-finados-c/

ORAÇÃO DOS FIÉIS

P. A Cristo que ressuscitou dos mortos e nos deu a firme esperança da salvação, imploremos pelos nossos irmãos e irmãs falecidos.

Rezemos: T. Descanso eterno dai-lhes, Senhor

1. Aos que passaram por grandes provações:

2. Aos que serviram a Igreja com seus dons e carismas:

3. Aos que se entregaram ao serviço discreto do Amor:

4. Aos que tiveram a graça da consagração religiosa:

5. Aos que foram ministros e dispensadores dos sacramentos:

6. Aos que nos ajudaram a construir esta comunidade:

7. Aos que foram vítimas da violência:

8. Aos nossos familiares, amigos e benfeitores:

9. Aos que morreram após longa enfermidade. (Outras intenções da comunidade)

P. Tudo isso, vos pedimos, ó Pai, por Cristo nosso Senhor. T. Amém

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