Ao
final do primeiro turno das Eleições 2022, em 02 de outubro, há uma nova
configuração do Congresso Nacional brasileiro para os próximos quatro anos.
Assim como ocorreu em 2018, os partidos de centro-direita mantiveram o
predomínio entre os parlamentares eleitos.
Na
Câmara dos Deputados, o PL, partido do presidente e candidato à reeleição, Jair
Bolsonaro, teve a bancada aumentada neste ano: passou de 76 deputados para 99
na próxima legislatura. Na sequência, aparece a federação PT-PCdoB-PV, com 80
deputados eleitos, sendo o PT com 68, PCdoB com 6 e PV com 6.
No
Senado Federal, o cenário é parecido. O partido do atual presidente contará com
uma bancada de 13 senadores para o próximo ano, sendo que oito foram eleitos
neste domingo. O PT de Lula terá nove parlamentares, sendo quatro a iniciar um
novo mandato após o pleito de domingo. Na avaliação do cientista político
Leandro Gabiati, os resultados do primeiro turno deste ano têm reflexos da
reforma eleitoral aprovada em 2017.
“Houve
mudanças na forma de escolha dos deputados, elevando principalmente a cláusula
de barreira. Essa elevação tende a beneficiar partidos médios e grandes e a
prejudicar partidos pequenos. Foi justamente o que aconteceu. Isso explica de
alguma forma o aumento das bancadas de partidos como PL, PP, Republicanos ou
PT”, analisa Gabiati.
Para
Gabiati, o resultado do pleito de 02 de outubro dá continuidade ao que foi
observado em 2018, com predomínio conservador, ainda que a pauta de costumes
tenha ficado de lado por conta de questões econômicas prioritárias e a
pandemia, por exemplo. "Esperávamos era essa continuidade, justamente com
a eleição desses partidos de centro-direita. A tendência era que esses partidos
conseguissem fazer quantidade maior de deputados e senadores”, conclui.
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